064 Libertação de Casais e Alcoolismo

Libertação de casais e alcoolismo 


Nós lemos em muitos lugares do Evangelho como o Senhor traz soluções para todo tipo de problema dos homens. Aqui mesmo no Brasil, lembro-me da primeira vez que vim e fiquei na casa de um dos líderes da Renovação Carismática Católica (RCC) e aconteceu de ele me contar que o filho dele estava perturbado e nunca saia do quarto. Não era uma razão tão severa como falei para vocês daquele jovem da Uganda.


Ele estava me falando que, imediatamente, depois de eu ter feito uma oração pelo seu filho, ele deixou de ficar sozinho dentro do quarto e passou a viver uma vida normal. Ou seja, mesmo nas pequenas coisas, o poder divino de Jesus, mesmo nos casos em que parece não haver nenhuma solução para a medicina. Apesar de todos os médicos serem de fato dons para nós, há muitas situações em que não há uma solução médica.

Há muitos dias atrás, um líder de grupo de oração em Bombaim me pediu para rezar por uma menina que estava havia três semanas na área psiquiátrica do hospital. Eu disse: "Se ela puder participar de um retiro conosco poderá ajudá-la bastante”. Para minha surpresa, ela veio me ver na manhã seguinte, num encontro, e me disse que havia sido enviada pelo coordenador do grupo de oração. Fiquei sabendo que aquele coordenador era tão zeloso, que foi até aquela clínica psiquiátrica e perguntou aos médicos se eles permitiriam que aquela moça fizesse um retiro de três dias. Os médicos disseram que se ela saísse, eles não a admitiriam novamente no hospital. A moça ouviu isso, tomou a decisão por ela mesma e foi ao retiro. Fiquei com raiva dela porque ela foi ao meu escritório e não ao local do retiro, que só começaria à noite, e ainda era de manhã, e ela havia se desligado do programa do hospital. Eu disse a ela que não me responsabilizaria por ela. O retiro começou à noite e vi que ela não estava. O coordenador me disse que eu a magoei tanto que ela não queria mais ir ao retiro. Eu disse a ele que eu precisava ter dito a ela aquilo porque ela não poderia ter se desligado do tratamento no hospital.



Duas semanas depois, uma jovem veio até mim na fila de confissão, e percebi que era a mesma jovem. Ela escreveu a confissão e disse: "Padre, eu te odeio porque o senhor me tratou muito mal. Eu não queria fazer qualquer retiro com o senhor e vim aqui por engano. Mas o que eu ouvi tocou tanto a minha vida que eu acredito que o Senhor quis que realmente eu viesse a esse retiro”.

Aquele retiro mudou tanto a vida dela que ela começou um grupo de oração dentro da casa dela. Até hoje ela continua evangelizando. Ela casou e eu fui o celebrante do casamento dela. Ela teve três filhos. Ela diz que o nome da família dela é "Jesus". J" é a primeira letra do nome do marido dela que é "John" (João). "E" é a letra do primeiro nome do filho dela. "S" é a primeira letra do nome da filha. "U" é do nome do terceiro filho. "S" é a primeira letra do nome dela.

Os médicos diziam que ela sempre precisaria de tratamento psiquiátrico e agora estava ali com a família, todos cheios do Espírito Santo. Quando se vai à casa dessa família, e eu fui lá, parece-se que está na casa de Jesus. E é assim que toda família cristã deve ser.
Um dos piores momentos que as famílias enfrentam são problemas muito comuns. Quando a filha parece estar apaixonada por uma pessoa que não parece ser muito boa, e a menina não consegue perceber isso de modo algum.

Uma família veio me ver. Eu conhecia o marido e a mulher muito bem. Eles haviam sido meus "pupilos" havia muito tempo. E eles me disseram:"Padre, ela está apaixonada por um rapaz que não é cristão, não é a pessoa certa para ela, é mau caráter e pertence a gangues. E acreditamos que ele tenha lançado certo tipo de magia nela". Eu perguntei a essa moça: "O que você gostaria de dizer?”. Ela disse: "Padre, eu o amo e vou me casar só se for com ele”. Eu disse a ela: "Vou dar um retiro para jovens na semana que vem. Você quer ir a este retiro?" Eu pensei que ela fosse dizer "não", mas eu estava rezando e para minha grande surpresa ela disse "sim".

No retiro, enquanto eu estava falando estava rezando por ela. Imediatamente, após essa palestra ela foi ao quarto de uma amiga, começou a chorar e disse: "Agora, meus olhos estão abertos. Eu não amo aquele rapaz". O feitiço que aquele rapaz tinha lançado sobre ela estava quebrado.
Mas ele não desistiu. Ele vinha para a casa de retiro todos os dias para se encontrar com ela. Mas a gente trancava as portas e ninguém conseguia sair ou entrar. Mas ele começou a ligar e ninguém atendia ao telefone. No final do retiro, eu a enviei para outra cidade para um grupo de oração que eu conhecia para que ela pudesse crescer espiritualmente e não ser ameaçada pelo rapaz. Hoje ela é uma evangelizadora de jovens.

O Senhor pode também trabalhar em outras áreas da nossa vida, nas quais a pessoa podia acreditar que nunca houvesse solução. Um dos maiores problemas no mundo é o alcoolismo. E pessoas vêm sempre para ver o que pode ser feito. E a maneira mais natural é rezar por elas, mas há também maneiras estranhas que o Senhor usa para curar.

Vocês querem conhecer duas maneiras estranhas? Desde que vocês não tentem fazer por vocês mesmos o que vou dizer.

Um dia, uma família de quatro irmãos veio me ver. Percebi que eles eram unidos e o um irmão veio do Golfo Pérsico, onde podia beber à vontade. Mas quando chegou em casa começou a beber às 5h da manhã até tarde da noite. Bebia até duas garrafas por dia. Então, eu perguntei e ele: "O que você gostaria que eu fizesse?" Ele me disse que queria um whisky da Escócia. Eu disse a um dos irmãos: "Pega esse copo e traz com água para mim”. O irmão que estava recebendo oração disse que eu estava errado. Eu disse: "Calma". Eu abençoei e dei a ele para que bebesse. Ele bebeu e pediu outro. Peguei outro copo, abençoei e dei a ele. Ele disse: "Nunca tomei um whisky tão bom". E aí eles voltaram para casa e nunca mais entraram em contato comigo. Tenho certeza de que nunca mais ele bebeu wisky depois disso. Muitas vezes, fico me perguntando o que pode ter acontecido. Talvez Deus tenha permitido que eu transformasse a água em whisky. Mas, na verdade, foi a água viva do Espírito Santo que ele bebeu.

O Senhor também pode usar outras maneiras para fazer incríveis milagres em nossas vidas. Sempre olho para meu relógio. Ele me lembra de algo que aconteceu há anos. Jesus está procurando toda brecha possível que Ele possa usar para trazer cura e libertação para nossa vida. Ele pode até usar o relógio. Na minha paróquia, o pior dos alcoólatras era um tipo bandido, de quem as pessoas tinham medo. Um dia, ele veio bem cedo e me pediu dinheiro para tomar bebida. Eu não lhe dei. No dia seguinte, ele retornou bem cedo e me fez uma pergunta estranha. Ele me perguntou: "Padre, o senhor tem relógio?" Eu disse que sim, olhei para meu braço e estava sem o relógio. Ele levantou a mão e me mostrou o relógio na mão. Ele me disse que o viu em cima de minha mesa e o roubou no dia anterior. Ele disse que saiu muito feliz, dizendo: "Agora, posso comprar bebida". Ele foi à melhor casa de bebidas de Bombaim. Ele bebeu, estava chegando o final da noite e o dono do bar perguntou sobre o dinheiro para ele pagar o que estava bebendo. Ele disse que tinha um relógio que pagaria tudo. Ele me disse que todas as vezes que ele tentava pegar o relógio no bolso dele uma mão invisível o impedia e uma voz dizia: "Vá devolver esse relógio ao padre Rufus".
Você pode dizer que ele estava alucinado porque estava bêbado. Não sei disso. Mas só sei que quando ele veio me devolver o relógio, contou-me que todos no bar começaram a ouvir a mesma voz: "Vá devolver esse relógio ao padre Rufus". O dono do bar disse: "Saia deste lugar. Queremos dormir e não conseguimos porque ficamos ouvindo essa voz". Jogaram-no para fora do bar.

Ele andou à noite inteira pala minha paróquia e veio de manhã cedo para meu escritório e me disse: "Padre, reze por mim. Eu quero parar de beber". O maior alcoólatra da paróquia parou de beber. Ele contou para o amigo que disse que também queria receber oração. Rezei. No outro dia, eles trouxeram mais dois. Eu disse para mim mesmo: "Se eles voltarem para a casa deles, eles serão tentados novamente". Tinha um quarto vazio na minha paróquia. Eu pedi ao padre que estava lá se eles poderiam ficar lá. O padre me disse: "Sim, mas é sua responsabilidade". Eu disse: "Não se preocupe".

Eu os coloquei lá, arranjei uns serviços para eles não ficarem desocupados e pedi a um padre que os ficasse observando. De repente, daqueles quatro o número foi para 30. A única paróquia do mundo que tem 30 alcoólatras numa casa.

Mais tarde, tive que deixar aquela paróquia. Aquele grupo cresceu e se tornou um dos maiores grupos de recuperação de alcoólatras do mundo. E tudo começou com o meu relógio.

Eu gostaria de dizer que por um outro lado pode haver coisas que possam nos machucar. Muitas vezes, sem pensar, nós podemos estar utilizando artigos para decoração que podem estar sendo usados para trazer o mal para nossa vida. Gostaria de dizer que há um objeto de decoração com um elefante e um ratinho que é bastante popular na Índia. Uma das minhas alunas na escola de catequese me disse que todos os dias via ratos roendo os pés dela. Eu disse a ela que não via rato algum, mas os colegas disseram que devia haver sim porque havia marcas dos dentes nos pés dela. Eu rezei por ela. Nada mudou. Mesmo que houvesse cortina, os ratos subiam e roíam seus pés. Ela veio uma terceira vez para ser atendida por mim. Eu perguntei ao Senhor o que fazer. Ela tinha um objeto no braço e eu perguntei: "Quem te deu?" Ela disse: "Não sei, padre". Eu fiquei com aquele objeto e daquele dia em diante não houve mais o problema. Aquele objeto, que ela usava nas mãos, tinha a forma da cabeça de dois elefantes, que é muito comumente usado no meu país. E é um símbolo de uma entidade indiana. Perto do elefante há um rato. O mal entrou na vida daquela moça através do objeto.

Muitas pessoas aqui no Brasil utilizam símbolos de outros países aqui. Essas coisas não são tão inocentes como vocês possam imaginar. Posso contar para vocês diversas histórias de diversos tipos.

"Não há outro nome pelo qual possamos ser salvos, a não ser pelo Nome de Jesus. Aqueles que clamarem pelo Nome de Jesus serão salvos".

OUÇA: Padre Jonas reza ao final desta pregação


Transcrição: Maurício Rebouças
Fotos: Natalino Ueda


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(12) 3186-2600 

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Padre Rufus Pereira 


Sacerdote da Arquidiocese de Bombaim (Índia). Vice-presidente da Associação Internacional de Exorcistas.

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23/09/2007 - 11h15