Maria, a Mulher da Cruz.
Por Padre Rufus Pereira.
Ontem, na festa da exaltação da santa cruz, vimos como Jesus nasceu para morrer; para morrer na cruz, porque dessa forma traria salvação e plenitude de vida para o homem.
Hoje celebramos
a festa das dores de Nossa Senhora, uma mulher que nasceu para o sofrimento,
para sofrer; por isso que o título de Maria como Nossa Senhora das Dores é
muito apropriado. Se Jesus é um homem compassivo, Maria também é uma mulher
compassiva.
Quando lemos os
evangelhos podemos ver que, do princípio ao fim, Maria passou por todos os
sofrimentos que uma mulher pode passar. Como São Paulo diz, ela completou com
seus próprios sofrimentos aquilo que faltou no sofrimento de Cristo. Como São
Paulo também viveu, ele disse que nós também temos um grande papel a realizar
com relação ao sofrimento de cristo. Da mesma maneira, Deus também enviou o
anjo Gabriel a Maria para dizer, para anunciar que ela seria mãe do Seu único
filho.
E, de certa
maneira, Jesus convidou sua mãe, Maria, para completar o que estava faltando
nos seus sofrimentos. Porque Jesus como homem poderia compreender assim o que é
o sofrimento de um homem. Mas ele precisava também de uma mulher que pudesse
sofrer para compreender o que é o sofrimento de uma mulher.
Não quer dizer
que estava faltando alguma coisa no sofrimento de Cristo, é só uma forma de se
colocar diante de nós. Desta maneira Jesus enviou os apóstolos para que eles
pudessem dar frutos e ele disse que sem Ele e a mãe Dele, eles nada poderiam
fazer. Essa também é uma forma muito forte de colocar a cruz. Nós também
teremos condições de dar frutos para o reino de Deus. Isso só poderá acontecer
se nós seguirmos Jesus e tomarmos a nossa cruz.
Nós, de alguma
maneira, através de nossos sofrimentos, estamos completando aquilo que falta no
sofrimento da Igreja, do corpo e na cabeça da igreja. E, por isso, eu quero
dizer para vocês, e é por isso que eu digo para vocês, eu quero frisar isso,
que Jesus covidou Maria para fazer parte do sofrimento, não porque faltava, mas
para que pudesse ter idéia do sofrimento que é próprio para a mulher.
As Três Marias
Por isso que
Maria é a Mulher da Palavra.
Maria é mulher
da palavra, é mulher do Espírito [Santo].
Mas certamente,
Maria é a mulher da cruz.
Vocês podem ou
não aceitar o que eu estou dizendo, mas eu tenho certeza que isso tem uma base
sólida, se você faz uma leitura apropriada dos evangelhos.
Maria teve um
papel triplo para realizar:
1.
Ela foi a mulher da palavra, por isso que Isabel pôde
falar para ela: “Bem aventurada sejas tu, não porque esta carregando no ventre
o filho de Deus, mas porque tu acreditaste na palavra,” Por isso que Maria pôde
dizer nas Bodas de Canaã, “fazei tudo que meu filho disser para vocês fazerem.”
De acordo com os evangelhos, Maria falou muito pouco, mas uma das coisas mais
bonitas que ela falou foi isso: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Porque ela
fez o que o Senhor pediu que ela fizesse e ela trouxe a salvação ao mundo.
2.
Maria é a mulher do Espírito, de várias formas vemos
Maria interagindo e comunicando o Espírito para outras pessoas. Ela mencionou
quando o Espírito Santo, da sala superior desceu e foi derramado sobre os
apóstolos.
3.
Hoje eu quero apresentar Maria para vocês, com um
terceiro título: “A Mulher da Cruz”, a mulher com um coração piedoso, um
coração chagado.
Como se a vida
de Maria [tivesse] começado no templo, quando ela veio apresentar Jesus ao
templo, então naquele momento foi profetizado que uma chaga feriria o seu
coração. A vida de Maria nos evangelhos finaliza no capítulo 19 de São João,
como quando lemos que Maria ficou de pé diante da cruz, e vemos então naquela
profecia que a mesma flecha que atingiria o coração de Jesus feriria o coração
dela, também feriu o coração de Jesus.
As Dores de Maria
A primeira dor,
o primeiro sofrimento pelo qual Maria passou, foi quando José descobriu que
Maria estava grávida. O que Maria poderia dizer para ele? Vocês podem imaginar
o sofrimento pelo qual Maria passou, de se tornar suspeita diante do homem que
ela amava e que também a amava. Imagine a situação, também de São José.
E dessa maneira
a gente pode ver por quanto sofrimento as mulheres passam, especialmente no
casamento. É um sofrimento duplo porque o marido não confia nela, o marido que
ela ama. Sofrimento por ter causado essa suspeita no marido que amava e que
também ele a amava. Por quanto tempo Maria passou por esse sofrimento
específico eu não sei. Até que um anjo aparecesse para São José e dissesse
“tome Maria por sua esposa porque aquele que ela concebeu, concebeu do Espírito
Santo”
Um outro
sofrimento de Maria como mulher: quando não achou nenhum lugar para dar a luz
ao seu filho. Alguma mulher aqui deu a luz ao seu filho num estábulo? Ninguém
aqui? Nenhuma mulher? Eu conheço uma mulher que deu a luz ao filho num
estábulo, porque não havia nenhum outro lugar, e essa mulher foi Maria. O
sofrimento de não ter um lar, o sofrimento de não ter um teto é um sofrimento
muito grande. Não havia lugar para ela, não havia nenhum lugar para ela,
finalmente.
Depois também
passou pelo sofrimento do filho ser ameaçado, de ser morto pelo rei Herodes.
Uma mulher cujo filho está morto sofre, mas ela sabe que nada pode ser feito. A
mãe que tem um filho sofrendo por qualquer doença que seja, sofre bastante. Mas
a mulher, por exemplo, cujo filho é seqüestrado, ela não sabe se ele está vivo
ou morto, é um sofrimento imenso de incerteza. Foi por isso que Maria passou
quando Jesus se perdeu e foi encontrado no tempo. Vocês podem imaginar durante
aqueles três dias o sofrimento de Maria? Poderia estar pensando o que ela
responderia ao Senhor, por não ter cuidado bem do filho Dele.
O sofrimento de
uma mãe por ver o filho em perigo, por qualquer, um ataque, uma situação, uma
armadilha do inimigo. O sofrimento de uma mulher por ter confiado seu filho ou
sua filha a uma pessoa que abusou sexualmente da criança.
Maria passou por
todo sofrimento que todas as mulheres passam durante o tempo da infância de seu
filho. Não esquecendo a viagem às pressas ao Egito. Para nós parece um evento,
um acontecimento muito interessante, pode ter certeza que foi uma experiência
difícil e dolorosa para Maria. E durante toda a vida de Jesus, Maria sofreu
muito quando várias pessoas vinham até ela e diziam, reclamavam de Jesus: “você
não vê que seu filho não está respeitando as leis?”
Provavelmente
Maria ouvia isso dia após dia. E, acima de tudo, quando Jesus foi condenado à
morte, Maria com Jesus caminhando até a cruz. E o evangelho nos fala que lá aos
pés da cruz, Maria estava como a mãe de Jesus. E Maria viu que a mesma flecha
que ultrapassou o seu coração, feriu seu coração, agora feria o coração de
Jesus.
Como costumamos ver Maria?
Costumamos ver
Maria como alguém a quem nos dirigimos, para que ela atenda a nossa prece. E na
devoção a Maria, o papa nos diz nesta encíclica de devoção a Maria, que a gente
não olhe para ela apenas como uma intercessora. Mas que oremos para ela como um
modelo a ser imitado, não como a mulher da palavra, que baseou sua vida inteira
na palavra. Não somente como a mulher do Espírito, deixando sua vida inteira,
vivendo sob a ação do Espírito Santo, mas olhar para ela como a Mulher da Cruz,
como alguém que nos lembra que nós precisamos fazer o que Jesus pediu que
fizéssemos. Se alguém quer ser o meu discípulo, essa pessoa tem que aceitar
toda a rejeição que vai sofrer no mundo, prepare-se para enfrentar todas as
dores e dificuldades, e assim imitaremos Jesus no calvário, a caminho da cruz.
(aplausos)
A Freira Ressentida
Eu me lembrei
disso quando uma freira veio me pedir aconselhamento, e ela me disse que quando
ela era freira no convento, a mãe tinha ficado muito doente. Ela estava no
convento, a mãe ficou doente, a [madre] superiora esqueceu de dizer a ela que a
mãe dela estava muito doente. Quando ela recebeu a notícia, foi uma única
notícia de que a mãe dela tinha morrido. Quando ela soube que a superiora tinha
esquecido de dizer que ela esqueceu de dizer que a mãe dela estava doente, ela
ficou furiosa, porque ela amava profundamente a mãe. E ela gostaria de ter
estado no leito de morte da mãe. Então ela foi ao funeral, quando ela chegou ao
funeral, ela chegou mas já tinha acabado.
E aí a raiva, a
amargura contra a superiora e a congregação, cresceu mais ainda. Ela veio então
até mim pedindo oração e aconselhamento. E o que é que eu disse para ela?
“Lembra quando um discípulo disse para Jesus ‘eu quero te seguir’, mas aí essa
pessoa disse ‘mas primeiro tenho que enterrar o meu pai’ e o que é que Jesus
disse? ‘vá e faça isso, mas depois não venha a me seguir’”. Isso era uma dor,
uma decisão que Jesus colocava diante de seus discípulos.
Até isso Jesus
dizia que está lá no momento das despedidas finais de uma pessoa querida
precisava ser colocada em segundo plano. E eu disse para ela que ela tinha
falhado, eu disse que ela tinha falhado nesse momento porque era a chance de
falar para Jesus que Ele era mais importante para ela do que o corpo morto da
mãe dela. É claro que não foi fácil dizer uma coisa dessas para ela (aplausos).
Mas eu disse: “suponha que isso acontecesse comigo”.
Seguindo Jesus "deixarás pai, mãe, irmão e
irmã".
Alguns anos
atrás minha mãe ficou muito doente e eu fiquei pensando se eu ia para a
Inglaterra para um encontro como esse, ou se eu ficava em casa esperando. E aí
fui me aconselhar com os médicos, quanto tempo minha mãe tem, tenho que
esperar, posso ir? E os médicos responderam: “tudo pode acontecer: ela pode
morrer logo, ou pode ainda durar dias, semanas e meses”. Então eu tive que
tomar uma decisão. No dia 4 de julho, no aniversário da consagração da minha
família ao sagrado coração de Jesus, então eu rezei uma missa para minha mãe em
casa. Então eu tive que dizer para ela as más notícias: “mãe, eu tenho que ir
para a Inglaterra” e a mãe disse “Quando? Agora:” e eu disse “Sim” e ela disse
“Oh, meu Deus!”
Porque ela
sempre costumava dizer, ela dizia “Rufus, quando eu estiver no meu leito de
morte, eu quero que você esteja do meu lado”. Que alegria para uma mãe ela ter
um filho padre, estando lá no momento, a última bênção, o último sacramento da
bênção. Eu disse “mãe, não se preocupe, eu volto logo”. E eu quase não consegui
controlar as lágrimas no meu rosto. Eu simplesmente beijei a testa da minha mãe
e eu disse “até logo” e eu fui até o aeroporto. E, no meio do caminho, eu tinha
um desejo de voltar, mas eu prossegui para a Inglaterra, para conduzir um
estudo, um encontro sobre estudo bíblico para o país inteiro, e era sobre o
evangelho de São João. E foi um retiro, sobre a bíblia, sobre o evangelho de
São João, e era o último dia.
Estava ensinando
para eles sobre o evangelho de São João, o capítulo 19, o evangelho de hoje,
quando Jesus vira para Maria e diz “mulher, eis aí seu filho” e se vira para
João e diz “João, eis aí a sua mãe”. E, no fim daquela leitura, daquela
palestra, recebi uma ligação. “a sua mãe está muito mal e quer te ver”.
Felizmente foi a tempo, eu pude terminar aquele retiro sobre a bíblia, estava
preparado para pegar o próximo vôo para Bombaim e a única oração que eu fiz foi
essa: “Senhor, não tenho Te pedido nada durante todos esses anos. Eu só Te peço
um favor: fazei com que minha mãe viva até eu chegar”. “será uma grande alegria
para ela receber os últimos sacramentos, a extrema unção, vai ser uma alegria
para mim, Senhor, estar ao leito de morte da minha mãe e a ver subir para o
céu”
E aí veio uma
segunda ligação telefônica, de que a minha mãe tinha morrido e eu fiquei com
muita raiva de Deus. “Senhor, eu só pedi um único favor, durante todos estes
anos! Eu não Te pedi nem ouro nem prata, ou qualquer coisa material. Eu só te
pedi a graça, a alegria de estar ao leito de morte da minha mãe, para que ela
pudesse estar feliz de me ver, seu filho padre, dando a ela os últimos
sacramentos”.
E então, naquele
momento, aquele sentimento de tristeza e de raiva, ao mesmo tempo, o Senhor, eu
tive o sentimento do Senhor falando comigo, através de palavras muito especiais
do evangelho, quando Jesus diz: “se algum de vocês ama mais o seu pai, o seu
irmão, a sua mãe, sua irmã, não é digno de ser meu discípulo”. E eu sabia que
naquele momento eu estava sendo testado pelo Senhor. Para saber ele estava me
testando para ver se eu estava vivendo aquilo que eu pregava.
O Segredo do Sucesso da Pregações do Padre
Rufus
E eu disse a
mesma coisa para aquela freira, porque eu aceitava aquilo, naquele momento
aceitei isso no meu coração e eu disse de coração: “muito obrigado,Senhor ”
quando eu cheguei a Bombaim eu fui à minha casa, e lá estava minha mãe morta, e
a minha irmã me dizia: “durante os últimos dias, ela já inconsciente, ela fazia
esse movimento, como se estivesse rezando o terço” e ela costumava dizer quando
eu ia vê-la em casa “Rufus eu não tenho mais nada que fazer agora, eu passo o
tempo todo em oração, quando eu às vezes estou rezando na varanda, eu rezo o
terço na varanda, na cozinha, um terço na sala, um terço no quarto” e então
quando eu vi a minha mãe morta, então eu pude compreender que ela passou todos
os anos da vida dela orando por mim.
Eu compreendi
então que todo o sucesso das minhas pregações, eu devia não às minhas
pregações, mas às orações que minha mãe havia feito por mim. (aplausos)
E é como se
Jesus tivesse me dizendo algo muito bonito. Todos os dias, no final do terço em
família, nós nunca perdemos um terço em família. Nós sempre, em casa, orávamos
e rezávamos o terço diante do altar que havia em nossa casa. Ela fazia essa
oração “Jesus, Maria e José: socorram-me na minha última agonia”. “Jesus, Maria
e José: que eu possa morrer na sua companhia sagrada”
E Jesus estava
me dizendo, quando me lembrava daquilo “Rufus, não tinha necessidade nenhuma de
você estar aqui, porque quando sua mãe estava morrendo, Eu estava lá, Maria
estava lá, José estava lá.”(aplausos)
Maria é a mulher
da cruz.
Haiti
Eu quero
terminar contando algo que aconteceu no Haiti, um país ao norte da América
Latina. Para mostrar para vocês que Maria é a mulher da palavra, do Espírito e
da cruz, mas Maria também é mãe.
Em 1998 houve um
encontro, um programa da renovação carismática católica internacional para a
Terra Santa. Corrigindo, 1997, era o ano de Jesus, o ano do Filho. E a
peregrinação começou com a oração de cura no mar da Galiléia, duas mil pessoas
vinham do mundo inteiro e o Conselho Internacional da Renovação Carismática
pediu que eu conduzisse aquele momento de cura. Imaginem o que eu senti, porque
eu estava fazendo, imaginem o que eu senti, a emoção, porque eu fiz a oração de
dentro de um barco, assim como Jesus fazia no tempo dele. No mar da Galiléia! E
eu disse: “Senhor, como eu posso Te substituir, estar no Teu lugar? Senhor, me
ajude a fazer uma boa oração”
Depois disso,
então, o líder da Renovação Carismática no Haiti disse “eu gostaria que o
senhor fosse ao meu país para fazer essa mesma oração para o meu país”. Eu não
levei a sério o que ele estava dizendo, porque eu pensei “ele não sabe como
bombaim é longe do Haiti.” Mas logo depois eu recebi uma carta [dizendo] não
esqueça da nossa conferência, da nossa convenção, e o senhor vai fazer essa
oração para nós, 1998, em abril. Era a convenção no Haiti, que seria o ano do
Espírito Santo. Então aí, depois disso, eu levei a sério. E eu perguntei “eu
vou ter que fazer alguma fala, fazer alguma pregação?’ então ele respondeu
“não, só quero que o senhor venha para fazer uma oração”
“Eu vou viajar
tão longe para fazer uma oração, uma única oração?” bom, mas de qualquer forma
eu fui. Eu tive que pegar quatro aviões para chegar a Porto Príncipe, que era a
capital do Haiti. Quando eu cheguei ao aeroporto não tinha ninguém esperando.
Então veio uma mulher em minha direção e perguntou:
- O senhor é o
padre Rufus?
- Sim, e quem é
você?
- Eu sou a
esposa do primeiro ministro do Haiti.
E então eu me
senti confortável, eu estava em boas mãos. Ela então me levou à missa que
estava sendo celebrada pelo arcebispo do Haiti, depois então na missa o bispo
pediu que eu fizesse uma oração de libertação pela terra, pelo povo, por eles e
por todas as necessidades do Haiti. No dia seguinte a esposa do primeiro
ministro me levou à montanha mais alta do Haiti.
- Eu quero que o
senhor faça uma oração [de libertação] pelo povo, pela terra e pela Igreja do
Haiti.
E à tarde então
teve a oração que eu deveria fazer. Naquela conferência, naquele congresso,
havia 60 mil pessoas, na maioria jovens e crianças, não havia cadeiras, eles
estavam sentados num gramado. A oração de cura começou com o santíssimo
sacramento passando por toda aquela multidão e depois chegando ao altar. E era
assim, um palco grande como este, mas acho que este é maior que o do Haiti.
Este é o maior palco que eu já vi na minha vida[referindo-se ao palco da Canção
Nova]. (aplausos)
Então o padre
trouxe o santíssimo sacramento, o colocou no altar, era o maior altar que eu já
havia visto, então eu comecei a fazer a oração. “Senhor, se eu vim de tão
longe, de Bombaim até aqui para fazer uma oração, me ajude a fazer uma boa
oração”. Então eu fiz uma oração longa, poderosa, fui para trás do altar, para
sentar os todos os bispos daquele país, que estavam lá naquele momento. O
núncio papal estava lá também.
E repentinamente
eu vi que o povo não estava olhando para nós, mas eu vi que as pessoas não
estavam para frente mas estavam olhando para a esquerda. “O que está
acontecendo?”
Aí o líder da
Renovação Carismática do Haiti e ele me disse:
- O povo está me
dizendo que viu uma luz naquela direção, e aquela luz que eles viram é Maria!
(aplausos)
Nós já vimos a
face dos seis videntes de Medigore [Medjugorje - detalhes em http://www.medjugorjebrasil.com.br]. Quando eles viram a face de Maria, os
rostos ficaram perplexos. Mas eles não estavam em 6 pessoas, e nem 60, nem 6
mil, mas não eram 6 nem 60 nem 600, mas eram 60 mil pessoas olhando para aquela
luz (aplausos)
E eu
particularmente não acredito em visões e eu me recusei a olhar para a árvore de
onde saía a luz. E eu disse: “Maria, eu te verei no céu.” Então eu comecei a
olhar para o pé da árvore, e aí eu vi com os meus próprios olhos, flashes de
luz a cada minuto, por uma hora inteira, quase duas horas, e aí o líder da
renovação veio, e me disse: “uma mulher levou um filho de 5 anos para perto da
árvore. A criança era cega de nascença.” E de repente ela, essa mulher levou o
filho e disse “lá estava Maria, sua mãe”. Eu não acreditei nisso, eu disse:
- Deixa eu ver
essa mulher, esse filho.
E eles subiram
no palco e assim que a criança me viu elevou os braços e começou a louvar o
Senhor. E aí eu compreendi que era verdade, é claro que naquela noite assim eu
terminei a minha palestra, porque todo mundo estava olhando para Maria e não
estavam me ouvindo.
No dia seguinte,
era domingo, eu dei a minha palestra final. No meio da palestra, outra vez as
pessoas começaram a olhar para aquela árvore. Eu disse “Senhor, tudo bem,
sábado é um dia dedicado a Maria, hoje é domingo. Hoje é seu dia, Senhor. Por
que Sua mãe veio num dia dedicado a Ti?” e o líder disse: “Padre, hoje é o dia
da divina misericórdia, o domingo da divina misericórdia” (aplausos)
Como se Maria
quisesse nos dizer “eu não sou somente a mãe das dores, a mãe da cruz, mas eu
sou a mãe da divina misericórdia” (aplausos)
No dia seguinte
eu fui de volta para Bombaim de avião e os bispos todos queriam que eu fosse à
diocese deles para fazer a mesma oração, mas eu disse “eu tenho que voltar para
Bombaim”. E a caminho do aeroporto eu disse à mulher do primeiro ministro: “eu
quero ver aquela árvore, até agora eu não acredito no que aconteceu”.
E quando
chegamos na árvore, ela disse “aquela é a árvore” mas eu disse “ela está toda
branca!” a árvore estava toda desfolhada, as pessoas pegaram, desfolharam a
árvore completamente. E aí ela disse:
- O senhor
gostaria de ter um pedacinho dessa árvore?
E eu disse:
- Mas eu não
acredito muito em relíquias, mas eu quero um pedacinho sim.
Por que Maria Aparece Tanto?
E eu disse “por
que é que Maria apareceu por aqui?” o que é que Isabel disse quando Maria
visitou a sua casa? Como é possível a mãe do meu Salvador entrar na minha casa,
visitar a minha casa?” O que Maria fez na casa de Isabel, João e Zacarias,
Maria está fazendo a mesma coisa hoje, como ela fez naquele momento. Aparecendo
para o povo, falando com eles, falando para eles o mesmo que ela disse em
Canaã:
- fazei tudo o
que o meu filho disser para vocês fazerem.
E nos dizendo
(aplausos), “mesmo com um coração chagado, mesmo sendo a mãe de Jesus, eu quero
que vocês olhem para as palavras que o Papa disse, olhar para Jesus e olhar
para aquele Jesus que foi transpassado.
E quando olhamos
para Jesus transpassado pelas lanças, quando olharmos para ele na cruz, não
vamos esquecer que existem duas pessoas lá. Maria está sempre aos pés da cruz e
João, o discípulo que representa a mim e a vocês, também está lá, diante da
cruz, para nos lembrar que pela sua cruz e ressurreição, nós experimentamos a
vida em plenitude, a salvação em plenitude, amém. (aplausos)
2007 (1a. temporada)
- Jesus o Salvador do Mundo - 14/09/2007 - 20h00
- O Amor do Pai Por Mim - 15/09/2007 - 09h00
- Jesus: o Deus Sempre Conosco - 15/09/2007 - 11h15
- Recebi a Força do Espírito Santo - 15/09/2007 - 14h30
- Maria a Mulher da Cruz - 15/09/2007 - 16h30 <== você está aqui.
- Cura Emocional e Física - 16/09/2007 - 09h00
- Etapas para a Cura Interior - 16/09/2007 - 11h30
- Ovelha Reencontrada - 16/09/2007 - 15h30