Ministério de Jesus (cura e libertação)
Ao continuarmos
mais este dia no nosso encontro, eu gostaria de continuar para concluir aquilo
que estava falando sobre cura interior. Antes que eu comece a falar sobre a
outra parte desse ministério que chamamos de libertação.
Novamente quero
reafirmar que a cura física nesse ministério é a parte menos importante. Eu sei
que há casos de pessoas com doenças físicas que são mesmo somente doenças
físicas.
E, nos dias de
hoje, nós temos doenças e enfermidades que não são conhecidas, que não existe
cura. Como esta manhã, eu me deparei com um caso que para mim, foi um grande
choque porque é um caso terrível. Uma doença de paralisia terrível. O pior é
que os médicos não têm solução, não têm cura disponível. Eles sabem apenas qual
é o tipo de doença e as prováveis razões. Conhecem a doença mas não têm
solução. E isto tem acontecido mais e mais no mundo inteiro. Mas parece que
acontece mais em alguns países, como por exemplo o Brasil.
O meu ministério
me colocou em contato com pessoas com todos os tipos de doença, dia após dia,
nos últimos 35 anos. E para mim é terrível deparar-me com casos com pessoas
doentes onde não há solução e não há explicação. Mas mesmo diante de tudo isto,
ainda afirmo que a parte física das doenças ainda é a parte menos importante.
Que a parte mais importante da doença é aquela que afeta nossas emoções, nossa
alma, nosso coração.
Como cuidar de uma doença emocional,
espiritual?
E como estava
começando a dizer ontem, como é que a gente sabe que a gente tem uma doença
emocional, e como é que a gente sabe cuidar disso? Quero resumir novamente para
fixar o processo todo de cura interior. Porque quando você lê os evangelhos,
você vai ver que Jesus convidou aqueles que viessem a ele, aqueles que tivessem
seu coração quebrado e seu coração ferido.
E São Paulo
mesmo nos diz que Deus nos quer perfeitos. E Deus nos quer curar não
parcialmente, mas totalmente. E não apenas superficialmente, mas profundamente.
E a partir da experiência da ciência moderna, nós percebemos que muitas vezes,
a origem dos nossos problemas estão profundamente no nosso inconsciente.Por
causa de experiências dolorosas que tivemos, que podem até ter terminado, mas
que seus efeitos permanecem em nós.
O primeiro passo no processo de cura interior
Então nós
dissemos que o primeiro passo do processo de cura interior é descobrir se nós
realmente precisamos de cura interior. E você só vai saber disso se você olhar
para si mesmo, se você observar. E observar os sintomas do seu problema, e os
sintomas são o primeiro passo para saber se nós verdadeiramente precisamos ou
não de cura interior. E isso nos conduz a refletirmos em toda nossa vida
passada. E para observar quais os problemas que ainda permanecem conosco.
E como eu disse
ontem, os nossos principais problemas se referem a nossos relacionamentos com
as pessoas. Quando nos sentimos rejeitados, especialmente por aqueles de quem
esperávamos receber amor. E nosso exemplo maior é o próprio Jesus que na cruz
reza: “Meu Pai, meu Pai, por que me abandonaste?”. E vem à minha mente o caso
que me foi trazido para mim num dia anterior e ontem. A pessoa sofrendo por
tantos anos! Como é que a igreja, os padres, a renovação carismática não pôde
ajudar essa jovem menina? Será que satanás tem mais força do que Jesus?
Por isso que eu
pedi ontem à noite que esses casos fossem trazidos aqui para frente porque eles
precisam de mais oração do que os demais. Quantas vezes nós lemos no evangelho
a compaixão de Jesus pelo novo. Como Jesus chorou sobre Jerusalém. Como Jesus
chorou quando o seu amigo Lázaro morreu.
O segundo problema
que nós temos é o sentimento de inferioridade. Especialmente porque ficamos
guardando a falta que faz do amor daqueles que nós desejávamos ser amados. E
essas lembranças são como espinhos fincados no nosso coração.
E em terceiro
lugar, os nossos problemas podem estar associados aos sentimentos de culpa.
Quando a gente sente que nem mesmo Deus poderá nos amar por causa das nossas
falhas.
E em quarto lugar,
como eu disse, a nossa necessidade de cura interior por causa dos nossos
sentimentos de medo que temos desde a nossa infância.
Por isso na
noite passada eu os conduzi numa oração de cura interior bem clara apesar de
ser resumida. E depois nós falamos da importância não somente de encontrar nossos
problemas, mas de encontrar a causa de nossos problemas. A menos que você traga
a causa de seus problemas à luz de Jesus através de um padre ou de um ministro
de oração, nada pode acontecer.
Para dar um
exemplo, não estou quebrando nenhum segredo, como um caso, um dos casos que nos
foi trazido de uma pessoa que tinha dores muito estranhas por dez anos. E a
minha primeira reação, como é que uma pessoa pode suportar viver com tanta dor?
Onde estão os
padres? Onde estão os exorcistas? Onde estão aqueles que são da renovação, que
deveriam estar no ministério da cura? Quando esses casos chegam até mim, meu
desejo é resolver o caso antes de ir embora. Portanto eu rezo por ninguém
normalmente mais do que uma vez. E eu sei que Jesus tem tanta força que uma oração
vai ser suficiente. (aplausos)
Todas essas
histórias que eu conto para vocês são histórias de casos que eu rezei apenas
uma vez e muitas vezes só por cinco minutos. Mas o pior neste caso que tenho
tratado esses dias é que a família não consegue dizer qual a causa do problema.
A gente tem que ficar puxando deles. Parece que não há nem interesse no próprio
caso. E a menos que eu encontre pela luz do Espírito Santo, esta é a razão e a
causa do prolema, a gente leva o caso a sério e então a gente reza. Aqueles que
estiveram lá vão dizer para vocês que a gente rezou por um período curto e que
muitos casos se resolveram.
Eu queria
inclusive que os casos que passaram por mim me dissessem como estão se sentindo
no dia de hoje. Ou pelo menos que deixem com os organizadores o seu e-mail,
porque eu preciso saber que o caso está totalmente resolvido. Porque foi assim
que Jesus fez e eu quero ser como ele, terminar os casos (aplausos). E não
deixar pendências para o próximo encontro que tivermos. Por isso que achamos
extremamente importante encontrar a causa, aquilo que chamamos causa-raiz de
seu problema, de sua doença ou seja lá o que for. E em segundo eu disse “não é
só isso, encontrar o problema e a causa do problema”, mas também para remover
os bloqueios daquele problema.
A remoção dos bloqueios para a cura
interior
E como eu disse:
o primeiro bloqueio para a sua cura é a falta de perdão para as pessoas que te
feriram. E Jesus leva isso muito a sério. E Ele diz quando você reza todos os
dias, e igreja leva isso muito a sério, na Eucaristia diária, quando ele nos
convida que a gente perdoe as pessoas que nos feriram, Jesus diz “quando você
pede perdão a Deus, certifique-se de que você está perdoando quem te ofendeu”.
Em São Mateus,
esta frase do Pai-Nosso é a mais importante porque Ele a repete novamente.
Quando se diz “Pai, perdoa-nos assim como nós perdoamos”. E o segundo bloqueio
para a nossa cura é a nossa falta de arrependimento pelo mal que nós fizemos.
Não é suficiente
perdoar as pessoas, mas também precisamos ser perdoados por Deus. Eu tenho
tantas histórias que eu já lhes contei, onde apenas uma confissão proporcionou
uma cura completa. E como a santa missa e o sacramento da confissão são os dois
dos grandes dons do Espírito Santo como eu tenho lhes dito.
Por isso que
quando as pessoas me procuram para confissão, depois de lhes dar a absolvição,
que é a cura espiritual, então eu faço uma oração por eles por uma cura
emocional e depois uma oração por uma cura física e depois uma oração por
libertação. Para que a cura total aconteça. E aí eles não precisam voltar para
confissão para mim porque tudo fica resolvido. O lindo sacramento da confissão
é o sacramento da cura total, começando pela cura espiritual.
Então nos anos
passados, quando eu dava este encontro para grupos menores, eu levava isso tão
a sério que eu exigia que todos viessem a mim nem que durasse a noite inteira
para se confessar. E também que viessem para receber aconselhamento pessoal e
aí as coisas acontecem. E nós temos que levar muito a sério aquilo que Deus diz
na bíblia. E o outro bloqueio é a falta de renúncia aos nossos envolvimentos
com falsas religiões. Novamente como um dos casos que nós tivemos ontem.
A importância de descobrir a causa-raiz
Com freqüência
as pessoas tem vergonha de falar de seu envolvimento porque acham que a gente
vai ter uma opinião ruim sobre eles. Então eles preferem um bom conceito de si
mesmos do que ser curados. E ontem então eu insisti várias vezes que essa
deveria ser a causa-raiz. Somente quando eles são forçados a me dizer a verdade
é que então eu rezo. E a cura acontece, depois de dez anos de dores. Sinto
muito por essas pessoas (aplausos).
Jesus não
permitia que as pessoas doentes fossem embora sem ser curadas. Eu acredito que
todas as pessoas que chegam a igreja, até o padre ou até ao grupo de oração,
precisam voltar para casa totalmente curadas.
O ministério de
cura não é uma brincadeira, não é ficar brincando com as pessoas. A vida da
pessoa, o futuro da pessoa depende disso. E somente então, depois desses passos
é que a gente pode rezar pela pessoa.
E as pessoas que
estavam acompanhando comigo ontem, perceberam que eu rezo brevemente. E como é
que eu sei se a pessoa está curada? Porque elas saem felizes depois de me
abraçarem e de me beijar. Então eu sei que estão curadas. Amém (aplausos).
O ministério
da libertação
A outra parte
desse lindo ministério de Jesus é o ministério da libertação. Isto é tão
importante, que eu esperava ter falado sobre isto ontem, quando todas as
pessoas estavam [parte da platéia teve que se retirar].
Porque o que
mais o Brasil precisa, mais do que qualquer outro país, é saber a respeito do
ministério da libertação. Porque Jesus disse que estes são os dois ministérios
da igreja, porque “são os dois ministérios de Eu mesmo, Jesus”. Porque. eu
repito, o início do ministério de Jesus e o início do ministério da igreja são
os mesmos.
De tal forma
Deus amou o mundo que Ele nos enviou seu filho Jesus. Para que aqueles que Nele
crerem, não morram, não sejam sobrecarregados, não fiquem doentes, mas tenham a
própria vida de Deus. E quando Jesus começou seu ministério, foi isso que Ele
fez.
Foi isso que São
Pedro disse daquele centurião romano chamado Cornélius. Nos Atos dos Apóstolos
10-38. Não esqueça esse versículo. Veja o que Pedro falou a aquela família de
pagãos. Em uma frase ele falou sobre o ministério todo de Jesus. Com freqüência
damos longos sermões, falamos demais e não se tira nada de importante daquilo.
Pedro disse uma frase. E ali ele disse tudo que poderia ser dito a respeito de
Jesus. E tudo aquilo que poderia ser dito a respeito do ministério da igreja,
dos padres e da renovação carismática.
Veja o que Pedro
disse a eles. “Jesus foi a toda parte, a toda parte”. Não somente em Bombaim,
mas também na Canção Nova. Jesus foi a toda parte. Fazendo o que? Fazendo o
bem! E é tudo. Jesus não foi a toda parte fazendo o mal, como Hitler, ou
Stálin. Jesus foi a toda a parte fazendo o bem. E o que estou fazendo é o bem
ou o mal? (a platéia responde “o bem” e aplaude).
Em duas palavras
Pedro nos dá todo o ministério de Jesus. Jesus foi a toda parte fazendo o bem.
E que bem é esse? São Pedro diz: curando todo o povo. Curando a todos. Não
somente falando e falando por horas, mas fazendo. Fazendo o quê? Não
construindo grandes igrejas ou fundando grandes escolas, mas curando as
pessoas. Não é lindo isso? Foi o que Jesus fez. (aplausos)
Curando. Quem?
Curando todos aqueles que estavam sob o poder de satanás. Esse é o ministério
de Jesus. E Jesus levou a sério o seu ministério. (aplausos)
Curando todos
não somente aqueles que estavam nos hospitais ou nas enfermarias, mas curando
todos os que estavam sob o poder de satanás. E por que? Como Ele pôde fazer
isso? Você sabe a razão? Muito simples. Falamos sobre isso durante os últimos
dois, três dias. E São Pedro diz de maneira tão bela. Jesus veio foi a toda
parte curando a todos que estavam sob o domínio de satanás. Porque Deus estava
com Ele! Deus estava com Ele! Aplaudam o Senhor por isso (aplausos
prolongados).
Às vezes a gente
quer rezar pelas pessoas, mas precisamos saber se Deus está realmente conosco.
Às vezes a gente reza para as pessoas somente por costume ou porque achamos que
precisamos, mas precisamos saber se Jesus está mesmo conosco. Deus estava com
Ele. Por que eu gosto do nome de Jesus, Emanuel, Deus está conosco. Porque Ele
estava com Jesus.
E a última coisa
que São Pedro diz: por que é que Jesus conseguia curar todos esses que estavam
sob o poder de satanás? Como costumo dizer, a cura mais importante que as
pessoas precisam é a libertação do poder de Satanás. Porque Deus estava com
ele, e ele estava repleto do Espírito Santo. Estava cheio do Espírito Santo.
Porque Jesus precisava do Espírito para fazer o que fez (aplausos). Se Jesus
precisava do Espírito para fazer o que fez, quanto mais nós precisamos. Quanto
muito mais nós precisamos do Espírito, para fazer maravilhas em nome de Jesus.
Oração vertical e horizontal – na presença
de Jesus e com a participação da assembléia
Assim como Jesus
chorou sobre Jerusalém eu tinha vontade de chorar ontem pelos casos que eu vi.
E eu disse ontem aos organizadores durante a adoração, que não levassem os
casos para atendimento e os trancassem lá, mas que os trouxessem aqui para
frente. Na presença de Jesus no Santíssimo Sacramento. Onde eles tinham o apoio
de toda a igreja rezando por eles. É assim que Jesus disse que devemos orar.
Verticalmente, sempre nos dirigindo a Ele, e ontem na presença do Santíssimo
Sacramento, e também de maneira horizontal entre uns e outros. Estas são as
duas dimensões da oração efetiva para cura e libertação.
O que, por que e como?
E agora,
começando a falar sobre o ministério da libertação, fomos pedir ao Senhor que
as suas palavras nos convençam o nosso coração sobre a importância de como
devemos fazer. Que não somente rezar e “liberta-nos do mal” como no Pai-Nosso,
mas nós devemos saber como fazer isso. Então em primeiro lugar, então, por que
nós precisamos desse ministério da libertação, para nós e para os outros? Em
segundo lugar, precisamos saber como rezar por libertação e depois em terceiro
lugar, como é que nós sabemos que essa oração de libertação foi respondida.
Primeiro
precisamos saber o que, porque, e como.
A existência comprovadamente bíblica do
demônio
Mas a primeira
coisa que precisamos nos convencer é que o demônio realmente existe. Todos
esses dias tenho dado a vocês as boas notícias, de que Jesus é nosso amigo.
Mas, sinto muito, hoje eu tenho que dar a vocês uma má notícia: de que satanás
é nosso inimigo e que ele não está longe. Ele gosta de me ouvir, mesmo que ele
tenha raiva de mim. Mas de uma certa forma a gente se entende, porque eu não
tenho problemas com ele. (aplausos)
Quando a gente
fala se o demônio existe ou não, é muito fácil ir para os extremos. Ou seja,
dar a ele, o demônio, importância demais, ou no outro extremo, chegar até a
negar a sua existência. Então nós precisamos ficar apenas com aquilo que a
Bíblia diz, de que o demônio verdadeiramente existe.
Como é que a
gente sabe disso? Em primeiro lugar, está dito na Bíblia. Desde o primeiro
livro da bíblia, desde um dos primeiros capítulos de Gênesis, o capítulo 3, até
o último capítulo da bíblia, dos últimos dois, três capítulos, do Apocalipse. E
durante toda Bíblia a gente vê sobre a existência e a influência maligna de
satanás. Mas especialmente quando lemos o evangelho, quando alguns irmãos
padres dizem “ah, eu não acredito no demônio”, eles estão esquecendo o que está
escrito nos evangelhos, desde o primeiro ao último capítulo. Assim como São
Pedro disse nesses Atos dos Apóstolos, que Jesus foi a toda a parte. Ele veio
até o Brasil, fazendo o bem. Que bem? Curando a todos. Quem são todos? Aqueles
que estavam sob o poder de satanás.
Então aquele que
nega a existência do demônio, ele é um ateu que não acredita em Deus. Eu sei
que muita gente vai dizer que esses textos deveriam ser interpretados de outra
maneira. Que não deveríamos interpretar esses textos de maneira literal. Mas
esta não é uma maneira honesta de interpretar. Quando alguém faz um processo
contra mim, eu levo literalmente aquele texto, aquele processo. Quando alguma
coisa não serve para mim, ... eu vou corrigir que eu traduzi errado:. Quando
alguém, um texto serve para mim, eu devo levar em consideração o texto
literalmente. Quando não serve para mim, então devo considerá-lo mais ou menos,
é isso que eles fazem. Então o ensinamento da igreja nesses vinte séculos é
muito claro: de que o demônio verdadeiramente existe. E o ensinamento dos
últimos papas, até o presente papa é muito, muito claro.
Peguem por
exemplo Paulo IV. Falando na audiência geral de quarta-feira, em Costel
Gandolfo, que é a residência, em 1972, novembro, ele deu uma audiência, ele
falou e ele começou aquela palestra fazendo uma pergunta. Qual a pergunta que
ele fez? Qual é a maior necessidade da igreja hoje? Então ele ficou esperando
uma resposta. Ninguém deu resposta alguma.
Então o papa
disse “Eu vou dizer a resposta. E não pensem que a minha resposta é simplória,
é tola ou supersticiosa. Mas esta é a minha resposta” – disse o papa, como papa
– “a grande necessidade da igreja hoje, e a grande necessidade da igreja no
Brasil, e a grande necessidade da igreja em São Paulo, e da igreja em Cachoeira
Paulista, e da Canção Nova, é saber como se proteger e como se defender contra
aquele mal que a bíblia chama de “demônio”, que chamado satanás”. Esta é a
resposta do papa. (aplausos)
Não é o padre
Rufus que está dizendo, é o papa.
A grande necessidade da igreja
A grande
necessidade da igreja hoje, a grande necessidade de todos nós reunidos esta
manhã, é saber como nos proteger e nos defender contra aquele mal que a bíblia
chama satanás. Lembrando que o nome
correto de satanás é “o inimigo”. Satanás é um nome hebraico aramaico. O
demônio é um nome grego. Mas o nome correto dessa pessoa é “o inimigo”. E a
igreja nos diz que nós temos somente um inimigo. E esse inimigo não é Hitler,
não é Stalin, não é a minha sogra (risos e aplausos), e não é o padre da minha
paróquia (aplausos) mas é satanás.
A razão pela
qual eu creio que satanás existe não é somente porque a bíblia diz, ou porque a
igreja ensina, ou porque o papa disse. É por causa do meu ministério sacerdotal
e carismático. Por todos esses anos no meu ministério, desde o dia que entrei
para a renovação carismática, eu tenho visto nos casos que vêm no meu ministério,
casos nos quais não existe explicação, exceto a explicação clara de que o
demônio está possuindo aquela pessoa.
Estava tão
evidente ontem aqui. Especialmente num caso. E segundo, a razão eu creio que o
demônio existe é que todos esses anos do meu ministério sacerdotal, eu descobri
que não há solução, mesmo quando rezamos pela cura, mesmo pelo meu ministério
sacerdotal regular, mesmo com a cura psicológica, dos psiquiatras, muitas vezes
não há solução a não ser através da oração e do ministério de libertação. Amém?
(aplausos)
O pior caso em 35 anos
Nesses dias me
foi trazido um caso, que o caso, o pior caso que eu já tive nos últimos 35 anos
do meu ministério. Se eu até então não acreditava na existência do demônio,
passei a crer na existência a partir desse caso, passaria a crer. Eu gostaria
que todos vocês tivessem visto, para que acreditassem que verdadeiramente o
demônio existe. E em segundo, eu fui confrontado com a realidade que apesar de
todos os esforços e de oração para aquela pessoa pela cura e libertação, nós
falhamos. A igreja falhou. Ela é para ficar assim, possuída a vida inteira?
Cadê a igreja? Cadê os padres? Cadê a renovação carismática?
O inimigo e a batalha espiritual
Portanto nós não
estamos tratando com um inimigo de carne e osso, como disse São Paulo. Vou
terminar com esse poderoso ensinamento de São Paulo, na carta aos Efésios, veja
o que São Paulo diz, no último capítulo dessa carta, capítulo 6, onde ele fala
da batalha espiritual, na qual a igreja está participando. E o que nós temos
testemunhado nos dias de hoje é uma batalha espiritual.
O que temos
visto nesses três ou quatro dias é uma verdadeira batalha espiritual. São
Paulo, o grande apóstolo diz assim: “nós não estamos tratando com inimigos de
carne e osso. Nossos inimigos não são seres humanos”. Nosso inimigo não é o rei
Herodes, e o Hitler ou Stálin. Mas estamos confrontando as forças das trevas,
que estão nos ares: as forças do mal. Nos lugares mais altos.
Estamos lidando
com inimigos sobrenaturais. Então São Paulo diz que a nossa batalha é uma
batalha espiritual. Porque a nossa batalha é uma batalha espiritual, nós
precisamos de armas espirituais.
As Cinco Armas de São Paulo
E São Paulo
menciona cinco armas para nos proteger. O capacete da salvação, o escudo da
justiça, a couraça da justiça e o escudo da fé, e precisamos de uma arma para
atacar e destruir o inimigo. E esta arma é a palavra de Deus. A palavra de
Deus. (aplausos)
O demônio existe mas não é a causa
de todos os nossos males
Mas no outro
lado, nós também não devemos ir ao outro extremo. O extremo de ver o demônio em
todas as situações, como às vezes as pessoas simples fazem. E também como
alguns carismáticos mais entusiasmados fazem. Culpando tudo no demônio. E às
vezes as pessoas ficam com medo porque acham que o demônio está muito perto.
Assim como a criança que diz “o demônio está debaixo da minha cama”.
Então ficam com
medo que o demônio está em volta deles. E vêem a ação do demônio em qualquer
coisa que acontece. Tem medo de andar de carro porque acham que o demônio vai
fazer um acidente. Então toda a pessoa que chega até eles, eles pedem que reze
por libertação.
Então esse é um
extremo. Um extremo é dizer que o demônio não existe e o outro extremo é dizer
que o demônio está no controle de tudo. A atitude correta é sempre o
equilíbrio. E a melhor maneira de ler isso que São Pedro disse, o primeiro
papa, e São Pedro sabe disso, porque ele mesmo foi tentado por satanás, negou a
Jesus e quando ele disse para Jesus “não fica falando de morrer na cruz” o que
é que Jesus disse a Pedro? “Vade retro satanás” porque satanás estava usando
Pedro para convencer a Jesus a não morrer por nós. Então veja o que Pedro diz,
e esta é a minha última palavra esta manhã, antes que vocês saiam para o
intervalo.
O que São Pedro diz?
Pedro diz “o
nosso inimigo”, o nosso inimigo, não é Hitler, não é a sogra. Você sabia que
Pedro tinha problema com a sua sogra? Então ele pediu que Jesus rezasse pela
sogra dele, então se você tiver problema com a sua sogra, pode trazer a sua
sogra nos intervalos (risos e aplausos), então Pedro diz “nosso inimigo é o
demônio que está como um leão, rosnando, buscando quem é que ele possa devorar
e comer”.
E eis o que
Pedro diz “o demônio é como um leão que fica indo por toda a parte, tentando
destruir cada pessoa que crê em Jesus.” Então São Pedro diz o que devemos
fazer: “sede vigilantes, não durma, porque o demônio não dorme”. Mas às vezes a
gente vê a igreja dormindo. Seja vigilantes, mantenha os olhos bem abertos
porque satanás tem os seus olhos bem abertos. Talvez porque ele não tenha
pálpebras, eu não sei. Mas ele diz “sede vigilantes mas sede sóbrios, sede
tranqüilos, não tenhas medo”, fiquem numa boa como o padre Rufus. (aplausos)
Foi o que Pedro
disse. Só temos um inimigo, e a única maneira de lidar como ele é colocar toda
sua confiança em Jesus. Não ter medo mas ouvir aquilo que Jesus nos diz na
próxima palestra. Como lidar com o inimigo? Quer saber? (“sim” a platéia
responde) então, até depois do intervalo, amém (aplausos)
2011
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