A Cura Emocional da Gestação à Juventude
Antes de começarmos a segunda sessão desta manhã, eu quero enfatizar a importância dacanção e da música na vida das pessoas. Desde o meu envolvimento inicial com a renovação, eu fui sempre convencido de que a música é uma grande forma de evangelização. E o papa presente - Bento XVI - tem repetido a mesma coisa: para que usamos a música para evangelizar.
Por: Pe. Rufus Pereira
Antes de começarmos a segunda sessão desta manhã, eu quero enfatizar a importância dacanção e da música na vida das pessoas. Desde o meu envolvimento inicial com a renovação, eu fui sempre convencido de que a música é uma grande forma de evangelização. E o papa presente - Bento XVI - tem repetido a mesma coisa: para que usamos a música para evangelizar.
E
você sabe o que diz o livro do apocalipse: o que faremos no céu?
Às
vezes as pessoas pensam: “o que é que a gente vai ficar fazendo no céu? Vai ser
tão chato...”
E
uma das coisas que o livro do apocalipse nos revela é que uma das coisas que
nós estaremos fazendo no céu será cantar e louvar. Então no paraíso nós teremos
um grupo de oração sem fim, um grupo de oração carismática sem fim. (aplausos)
Então, se eu for passar a eternidade num grupo de oração cantando e louvando ao Senhor,
então nós temos que nos preparar fazendo a lição de casa aqui na Terra. Então
cada grupo de oração é como uma pequena amostra do que teremos no paraíso. E é
tão importante ter um grupo de música de cantores tão bons como nós temos aqui,
então nós vamos aplaudir os nossos músicos. (aplausos)
Por
muitos anos quando começamos a renovação carismática eu conduzia os grupos de
oração com a minha sanfona. Portanto, antes da pregação eu mesmo conduzia as
pessoas no louvor cantando e tocando a minha sanfona. Mas depois que chegaram
os teclados eletrônicos eu parei de levar a minha sanfona no grupo de oração. (risos
da platéia)
A segunda doença emocional: o sentimento de
inferioridade
[Nota
do editor da transcrição: a primeira doença emocional é o sentimento de ser
rejeitado pelas pessoas de quem supomos ter o direito de sermos amados. Segundo
o Padre Rufus, Jesus sofreu muito mais pelo sentimento de rejeição dos seus, principalmente quando crucificado, do
que pela dor da crucificação. O sofrimento moral da humilhação de ser
crucificado, nu, abandonado pelos seus apóstolos, negado por outros e até mesmo traído por um
deles]
Para
continuar então o que nós dissemos hoje de manhã, o segundo estágio da nossa
vida que precisa de cura interior, a segunda área que precisamos de cura é
quando temos os nossos sentimentos de inferioridade.
É
a segunda doença emocional que todos nós temos.
E
isso é por causa de comparação que às vezes são feitas conosco pelos nossos
pais, quando ouvimos as pessoas dizer você não é "tão bela", ou "forte" ou "bonito" como seu irmão ou sua irmã. E a pessoa pode desenvolver um grande sentimento de
inferioridade por causa disso.
E
o que é que a bíblia diz? Na bíblia existe uma resposta para cada problema que
nós temos. Quando nós temos sentimentos de rejeição, quando sentimos que
ninguém nos ama... quantas vezes eu vi isso, sendo dito por jovens dizendo “ninguém
me ama”.
Nós
tivemos, como ontem, a palavra de Deus a partir da bíblia, quando Deus mesmo de
diz: “pode a mãe esquecer o seu filho?” Mas mesmo que ela esquecesse Deus disse:
“eu nunca, nunca me esquecerei [de você], eu estou sempre pensando em você, você está
sempre nos meus pensamentos”
Não
existe outra religião que diz isso exceto o Cristianismo. Aplauda o Senhor por
isso. (aplausos)
E
também nós podemos ser feridos com sentimentos de inferioridade, como quando
nós mesmos acabamos nos comparando com outras pessoas. Lembre-se do que Deus diz,
quando lemos no primeiro capítulo de Genesis algo que está ali que deveria
fazer com que nós não tivermos nenhum sentimento de inferioridade, quando
lemos que Deus nos fez à sua imagem e semelhança, portanto nós somos reflexo do
próprio Deus. Somos como que réplicas do próprio Deus. Como podemos ter
sentimentos de inferioridade, Se somos como Deus?
E
isso está na bíblia exatamente no primeiro capítulo do primeiro livro.
A terceira doença emocional: sentimento de
culpa
E
também podemos ser feridos pelo sentimentos de culpa, especialmente quando a gente
sente que Deus vai nos punir porque não fizemos o bem na nossa vida. Quando eu
olho para minha vida passada e vejo quantos erros que eu cometi, eu sinto que
Deus vai me punir, que eu serei mandado para o inferno, e a carga e o peso da
culpa podem ser um peso terrível. E isso, com freqüência, atingem padres,
religiosos, freiras, porque eles sentem que não conseguiram atingir o padrão de
Deus.
E
sabemos o que a bíblia diz: que mesmo sabendo que satanás está nos acusando dia
e noite perante Deus, nós temos a linda a promessa de São Paulo, que nosso
senhor Jesus Cristo diz: nós não temos nenhuma condenação.
Jesus não veio para nos condenar, mas para perdoar e salvar. E isto é cristianismo: nós temos um Deus que nos ama tanto! Isto é cristianismo! Nós temos um Deus que nos ama tanto que, como ele diz na profecia de Jeremias capítulo 31 versículo 34, não esqueça esse versículo, veja o que Deus disse, somente uma frase: "eu perdoarei os pecados dos meus filhos". Deus nos olha como crianças e as crianças cometem erros, mas o Pai continua amando aquela criança e as crianças acreditam e tem esperança no amor do pai. E por isso Deus diz: “eu vou perdoar os pecados dos meus filhos”. Nos olhos de Deus nós não somos adultos, mas somos crianças e “eu vou perdoar os pecados dos meus filhos e não mais me lembrarei do que fizeram”. Quando Deus perdoa, ele também esquece. Amém (aplausos)
Jesus não veio para nos condenar, mas para perdoar e salvar. E isto é cristianismo: nós temos um Deus que nos ama tanto! Isto é cristianismo! Nós temos um Deus que nos ama tanto que, como ele diz na profecia de Jeremias capítulo 31 versículo 34, não esqueça esse versículo, veja o que Deus disse, somente uma frase: "eu perdoarei os pecados dos meus filhos". Deus nos olha como crianças e as crianças cometem erros, mas o Pai continua amando aquela criança e as crianças acreditam e tem esperança no amor do pai. E por isso Deus diz: “eu vou perdoar os pecados dos meus filhos”. Nos olhos de Deus nós não somos adultos, mas somos crianças e “eu vou perdoar os pecados dos meus filhos e não mais me lembrarei do que fizeram”. Quando Deus perdoa, ele também esquece. Amém (aplausos)
Essa
senhora aqui do Paraguai está sempre aplaudindo mais forte do que todos. (aplausos)
Você [dirigindo-se à senhora] pode dizer ao seu presidente que eu ouvi dizer
que ele não está muito bem de saúde e que eu estou rezando por ele. (aplausos) E
à medida que eu dou esta pregação eu queria que vocês também rezassem pelo
presidente do Paraguai, que também rezem também pela Érika, que é a minha
secretária, que poderia estar nos ajudando aqui, mas ela não pôde vir aqui, e rezarem
também por esses dois ou três casos difíceis que estão sendo tratados [sobre tratamentos dados na Canção Nova, quando Pe. Rufus atende casos difíceis de possessão e opressão].
Quarta doença emocional: o medo
E
temos também o problema da doença emocional do medo. Todos nós temos medo,
alguns tem pequenos medos, alguns tem grandes medos. E às vezes a gente coloca
medo nas outras pessoas. Às vezes os filhos têm medo dos pais, especialmente do
pai, e o que é que a bíblia diz?
É
muito importante que sempre que Deus se revela ao seu povo, com freqüência as
suas primeiras palavras são “não tenha medo", "nada temais”.
Deus
também deu esta mensagem para o anjo Gabriel para que trouxesse Maria “não
temais”. É o que Jesus disse aos seus apóstolos: “não tenha mais medo”. Porque
não pode existir na mesma pessoa medo e fé, porque se a pessoa tem medo, então
é sinal que a pessoa não tem muita fé, mas se você tem uma fé forte, você não
vai ter medo de nada.
Deus
é um Deus que não nos quer vivendo com medos. Mesmo se a gente estiver longe dele e ele está esperando que voltemos. Ele
está nos esperando [para] receber com seu abraço de amor. E o sinal visível na
história do filho pródigo, é sacramento da reconciliação.
E
eu vou dar um ou dois exemplos de como Deus quer que nós sejamos libertos de
todo tipo de medo.
Medo do outro
Eu
estava dando um retiro para uma comunidade de irmãs. E todas irmãs vinham até
mim para receber aconselhamento. E qual era o problema delas? Eu estou contando
essa história especialmente para as irmãzinhas que estão por aí, mas também
para todos nós.
Então, esse retiro eu estava dando para uma comunidade de irmãs. E à medida que [as irmãs] uma a
uma vieram até mim para aconselhamento, todas elas tinham um problema em comum:
elas tinham muito medo da madre superiora. E eu pensei: “espero que a madre
superiora venha também se aconselhar comigo pelo menos até o final do retiro”.
E no último dia ela veio até mim para receber
aconselhamento. E qual era o programa dela? Ela me contou o problema dela: que ela tinha
um grande medo de todas as irmãzinhas. (risos e aplausos na platéia)
Imaginem
essa comunidade, as irmãs com medo da madre superiora e a superiora com medo
das irmãs...
Quem
está feliz? Satanás está feliz! Ele está colocando medo em cada um de nós,
estamos fazendo o trabalho dele, estamos idolatrando ele. E Deus não quer que
nós vivamos com medo. Por isso esse é o quarto problema emocional, peso
emocional que todos nós temos.
Agora
continuando o que eu comecei esta manhã sobre como encontrar as causas-raiz, as
causas profundas, eu disse que as causas de raiz podem estar nos quatro estágios
da nossa vida. E dei um exemplo de como o medo pode chegar até nós quando
estamos ainda no ventre de nossa mãe.
Medo no ventre de uma mãe no Japão
É
bom que as mães que estão grávidas, cada dia coloquem a sua mão sobre o seu ventre
e reze pelo seu filho que está no ventre. Com freqüência o medo pode acontecer
quando a mãe teve desejo de abortar.
Quando
eu estava dando um retiro para os bispos e padres do Japão, eu visitei as irmãs
de madre Teresa, que estavam conduzindo uma casa para mães solteiras. E a madre
superiora me disse que houve uma mulher que foi admitida na casa e que queria
ter abortado seu filho. E as madres convenceram ela que permitisse que a
criança nascesse, que elas cuidariam do bebê, adotariam o bebê.
Então
ela estava hospedada na casa para mães solteiras e as irmãs me
contaram que ela era um problema para todos. Para as outras internas e para as
irmãs também. E elas disseram “padre queremos que o senhor reze somente por ela”.
E
então eu rezei por ela ali no convento, por ela e pelo bebê, e depois eu fui
para tomar um almoço com as irmãs. E depois do almoço eu voltei para aquele
local e a mulher ainda estava lá. E eu disse para ela: “mas eu já rezei por
você”. Aí ela disse: “mas padre, no momento em que o senhor rezou por mim e
pelo bebê que estava no meu ventre, o bebê está o tempo todo chutando”.
Normalmente os filhos chutam as suas mães depois de nascer. Esse é um caso em
que o bebê estava chutando a mãe antes de nascer, então o que fazer? E eu disse
para a mãe, para essa senhora:
-
Você sabe por que o seu filho está te chutando? Por que você quis abortá-lo,
você quis matá-lo. Ele está com raiva de você, ele está chutando você.
Eu
disse para ela:
-
Agora você peça perdão para o seu filho que está no seu ventre.
E
ela fez uma linda oração, conversando com aquele bebe que antes tinha querido
matar. E ela começou a dizer:
-
Meu filho me perdoe, eu pensei errado, eu te amo.
Então
eu perguntei para ela:
-
Então como você se sente?
E
ela disse:
-
Padre, o bebê está dormindo agora, o bebê está dormindo. (aplausos)
Com
freqüência os milagres não são milagres físicos, mas são milhares de profundas
curas emocionais.
O terceiro estágio da vida: infância
[o
primeiro estágio é a vida intra-uterina e o segundo o momento do nascimento,
visto em outras palestras. Esta palestra é uma continuação]
O
terceiro estágio da vida em que precisamos de cura interior é o tempo da nossa
infância, da nossa juventude. O período em que mais somos impregnados na nossa
vida é quando somos crianças pequenas, [quando] somos abertos a todo tipo de influência
de fora, na nossa inocência. E podemos absorver tanto boas experiências como,
infelizmente, também más experiências.
Por isso é importante que os
pais cuidem das crianças quando são pequenas e quando estão na infância.
É quando damos retiro para
casais, uma das coisas que eu digo aos casais que são pais de crianças ou de
jovens, é que é muito importante que vocês cuidem dos seus filhos da mesma
maneira que José e Maria cuidaram de Jesus. Deus é que te colocou nesse
encargo de ser pai, e eu digo a eles duas coisas que eu aprendi da minha
própria mãe.
Primeiro cuidado: obter a confiança dos filhos
Primeiro, obtenham a confiança
dos seus filhos de modo que eles te falem tudo. Se eles disserem algo e vocês
ficarem bravos com eles, eles não vão mais contar as coisas e isso pode ser
perigoso para eles.
Se eles fazem alguma coisa
errada não simplesmente briguem, mas expliquem com cuidado. Eu estou me
dirigindo aos pais, ou seja, que é importante que vocês obtenham dos filhos uma
confiança tal que eles possam contar tudo a vocês. E essa é a melhor cura
interior que vocês podem dar para eles.
Segundo cuidado: estar presente em todas as situações
A segunda coisa que a minha mãe
costumava fazer, a minha mãe estava sempre presente em todos as situações. Ela
às vezes não nos deixava nem mesmo ser cuidadas pelo tio, pela tia ou pelo avô.
Ela estava presente ou não estava muito longe. Ela não nos confiava a ninguém.
Nesses dias de hoje nós vemos
tanta coisa ruim sendo feita com crianças, uma epidemia do abuso sexual de
crianças. Assim eu percebo o quanto minha mãe foi sábia. Não confie seus filhos
a ninguém, sempre mantenha os olhos neles e que eles não fiquem muito longe de
vocês. (aplausos)
Por isso que eu não tive
problema nenhum na minha infância.
Terceiro cuidado: com as comidas e bebidas – abençoe-as antes de
consumir
E em terceira eu também digo
aos pais: “tenha cuidado com aquilo que seu filho come”.
Minha mãe não nos deixava comer
nada nem que fosse dado por nossos tios ou nossos parentes mais distantes se
ela não estivesse por perto. Ela sabia tudo o que a gente comia.
E eu vejo como tudo isso é
importante. Porque quantos casos eu tenho visto aqui no Brasil e em vários
lugares, de tanto mal feito às pessoas por coisas que foram dados por tios ou
parentes ou por alguém para uma pessoa comer ou beber.
Eu não estou dizendo para você desconfiar
de tudo mundo, mas para ficar alerta. Para que os seus filhos não passem por
essas experiências, por sofrimentos que tantos estão passando.
E ela sempre nos disse quando
éramos crianças, “nunca beba ou tome nada sem antes abençoar ou dizer uma
oração breve antes de comer”.
E agora eu vejo o quanto essa a
orientação era sábia.
Então vocês devem dizer aos
seus filhos para nunca comer ou beber nada sem antes abençoar ou dizer uma ação
de graças.
Eu tenho visto tanto mal sendo
feito no Brasil desta maneira, como a história que eu contei para vocês esta
manhã.
A terceira época da nossa vida
que precisa de cura interior é nossa infância e adolescência e juventude,
quando a criança é como um pano absorvente que absorve todo tipo de influência
tanto boa como má.
Para dar um exemplo, uma das
grandes dores que uma criança pode passar é a perda dos pais. Quando a criança,
por exemplo, perdeu a mãe, quando era muito jovem, muito pequena. A perda pessoal
pode ser um peso terrível e somente uma oração de cura pode curar essa pessoas,
ou talvez o pai morreu quando a criança era muito pequena e ficou sem o amor do
pai.
Com freqüência tenho visto esse
fenômeno principalmente acontecendo na Inglaterra, da criança que tem somente o
pai ou a mãe e hoje tem se tornado mais uma regra do que exceção. Quantas
crianças estão vivendo somente com um dos pais? A mãe ou pai foi viver com outra família ou com outro homem ou
com outra mulher e o prejuízo naquela criança é irreparável. Por que?
Todo menino precisa de uma mãe e toda a menina precisa de um pai
E é isso que estou querendo
dizer para vocês, a partir da minha experiência de mais de 35 anos [atendendo as pessoas, jovens ou adultos] digo: todo o
menino precisa de uma mãe e toda menina precisa de um pai.
Cada um precisa do pai e da mãe
e qualquer outra coisa que vem diferente disso não é de Deus, é do demônio.
(aplausos)
Ou talvez às vezes o pai está
ausente ou está trabalhando no exterior, e o pai acaba sendo como que um
estranho. Um jovem me disse que estava obtendo um emprego, ele era meu paroquiano
em Bombaim, e ele iria conseguir esse emprego com um grande salário e de me
perguntou o que ele deveria fazer.
Eu falei: “você tem duas
escolhas: vá para outro país atrás de um grande salário ou permaneça em Bombaim
com salário menor, com emprego mais simples”, mas mais perto da família. E no
dia seguinte ele me disse que tomou a decisão, ele disse: “meus filhos são mais
importantes do que o dinheiro” e eles são uma família feliz agora. (aplausos)
Ou pode ser que o pai seja
violento ou alcoólatra. Em todos os países que tenho estado no mundo, a maior
dor que os filhos tem sofrido, incluindo o Brasil, é ter um pai que é violento
e alcoólatra. E os filhos vivem sob o medo, e isto é o maior prejuízo ocasionado
aos filhos no mundo inteiro. E infelizmente hoje o pai que é alcoólatra é mais
regra do que exceção.
E se torna pior quando o pai decide
deixar a família por causa de que outra mulher. A gente não fala sobre esses
problemas para todos e às vezes só vem para a gente conhecer o problema numa confissão ou numa abertura de
coração. O sofrimento que essa criança tem é terrível.
E também o sofrimento pode
acontecer quando essa criança é abusada sexualmente por um estranho ou por um
membro da família, ou pior ainda, por uma pessoa constituída de autoridade como
um professor, um médico, um tio ou um padre, e até pior, pelo seu próprio pai.
Esse prejuízo pode destruir a vida da pessoa para sempre.
Isso, com freqüência, leva a
pessoa a hábitos compulsivos, como talvez a masturbação, e isso leva às vezes a
mulher a ter medo do homem, a ter aversão ao sexo, mesmo que sejam casados. O
casamento é somente para manter a aparência, não estão vivendo de uma forma
agradável o casamento. E eles não vou dizer esses problemas para ninguém, às
vezes nem mesmo para o padre na confissão, mas para quando vêm para fazer um
retiro de cura interior com a gente, vão deixar esse problema vir à tona.
Por isso nós precisamos de cura,
do momento em que nascemos até o momento que entramos na juventude. Quantos
jovens têm me dito quando pergunto “qual é seu problema e porque você quer que
eu reze” eles me dizem duas coisas: “Eu não tenho amigos, eu não tenho amigos” (uma
mulher grita no fundo)
E nós podemos às vezes rir de
uma a situação dessas, mas se a pessoa não tem amigos ela está sofrendo.
Ou talvez o jovem [tenha] muito
medo, tem medo de fazer exames, tem medo das pessoas que exercem a autoridade,
vivem a sua infância e adolescência no medo. E não vão contar isso a ninguém. E
só vão dizer quando participam de um encontro como esse e tem esperança e vêem nessa esperança a
solução de seus problemas. Então esse é o terceiro estágio que precisa de cura,
que como eu vou dizer também amanhã, também precisa de libertação.
Caso: o menino da lanterna
Eu estava dando um encontro
numa antiga colônia portuguesa na Índia, eu estava falando em inglês e eu
estava sendo traduzido para o português, porque todas aquelas pessoas conheciam
português, não conheciam o inglês.
Então uma família me pediu que
eu fosse para casa deles para que eu rezasse pelo seu filho. Qual era o
problema com aquele filho? Ele tinha, talvez, onze ou doze anos de idade e eles
me contaram que já faziam dois meses que ele estava na cama, muito doente e os
médicos vinha dia sim e dia não, mas os médicos não conseguiam curá-lo. Não
sabiam nem mesmo as razões da sua doença e ele não estava somente deitado na
sua cama doente, mas estava sentido muito medo.
Por quê? (a mulher continua
gritando ao fundo)
Porque ele estava sempre
deitado na cama com uma lanterna, uma lanterna que ficava todo o tempo acesa, mesmo durante o dia. Já viu alguém dormir durante o dia com uma lanterna acesa?
E é esse tipo de coisas que não acontece em lugar nenhum.
E ali estava aquele jovem
deitado na cama, acordado, mas com a lanterna acesa. E eu disse para a família: “bom,
tragam ele para a igreja” onde estava fazendo o retiro. No último dia do retiro
eles conseguiram trazer o rapaz e aí eu perguntei à família duas coisas. (a
mulher continua gritando no fundo e chorando)
As mesmas perguntas que eu
tenho feito para vocês esta manhã.
- Quando é que começou esse
problema? Quando é que ele ficou tão doente que acabou ficando de cama?
(ouvem-se gritos)
Eles me disseram:
- Já faz muito tempo, cerca de
dois meses atrás.
Eu disse:
- Eu preciso saber o dia exato
que começou e que horas ele caiu na cama e desde então não saiu mais da cama.
E eles disseram:
- Nós não nos lembramos.
Aí então a irmã disse:
- Eu lembro, estou lembrando,
foi num sábado à noite, eu me lembro que meu irmão foi para a cama e ficou na cama desde aquele
momento.
Então eu tinha a resposta para
a minha primeira pergunta, então eu fiz a segunda pergunta.
- Você se lembra de alguma
coisa que possa ter acontecido naquele sábado à noite que possa estar
relacionado, possa ter causado aquele problema?
(os gritos continuam)
E eles disseram:
- Nós não nos lembramos.
Mas aí outra irmãzinha disse:
- Agora eu me lembro. Morreu
uma pessoa na nossa vizinhança e nós todos fomos lá no velório e, aliás fomos
ver a pessoa que tinha morrido que estava a enforcada.
Foi um caso de suicídio.
(os gritos continuam)
Quando eu vejo as pessoas assim
sendo levadas [ajudantes retiram a mulher que está gritando], você então
percebe por que é que Jesus foi a todos os lugares, como são Pedro diz à
família de Cornélius, o centurião, numa frase que Pedro falou do ministério de Jesus.
Dos atos dos apóstolos, capítulo 10, versículo 38. Não esqueçam deste, veja o
que Pedro disse em apenas uma frase: Jesus ficou cheio com o Espírito Santo e
por isso Jesus foi a todos lugares fazendo o bem. (aplausos)
Esse é o nosso Jesus.
Por isso, cheio do Espírito
Santo, Jesus foi a toda a parte fazendo o bem. Esse era o seu ministério, fazer
o bem em toda parte, não fazer o mal, não matar as pessoas, não promovendo o
aborto e outras coisas mais.
E ele foi a toda parte fazendo
o bem, e que bem foi esse? Curando todos
aqueles que estavam sob o poder de satanás. Só isso, somente isso! Curando
todos aqueles que estavam sob o poder de satanás. Eu com freqüência digo aos
padres, nos retiros de padres, que nós estamos fazendo todo o resto menos aquilo
que Jesus fez, ou seja curando as pessoas que estão sob o poder de satanás. (aplausos)
E São Pedro conclui: por que? Porque Deus estava com ele. Deus estava com
ele.
Essa deve ser não somente a
tarefa de Jesus mas a tarefa de cada padre, cada bispo, em qualquer lugar do
mundo.
Então, para continuar a
história, então aquela irmãzinha, a garota, me disse que, há dois meses atrás,
naquela noite de sábado, morreu uma pessoa enforcada e todo mundo foi ver
aquela pessoa ainda pendurada, na cozinha pendurada, enforcada.
Então eu olhei para aquele
garoto e eu perguntei para ele:
E ele disse:
- Sim.
- E o que aconteceu? -
perguntei.
- Eu fiquei com medo. Eu fiquei
com medo...
E aí ele foi para a cama e
ficou ali na cama por dois meses. E agora eu sabia quando aconteceu, sabia a
causa do seu medo e o que fez com que ele ficasse na cama por mais dois meses e
nenhum médico ou psiquiatra poderia curá-lo. Então eu fiz uma oração, uma
oração curta, de uma só frase. Eu não tenho tempo de fazer a oração de duas
frases.
- Senhor Jesus - eu disse -
volta por favor na vida deste jovem e liberta-o do medo que entrou em seu
coração quando ele viu aquela pessoa enforcada.
E eu rezei pela cura interior:
- Liberta-o do medo que entrou
no seu coração quando ele viu aquele corpo pendurado e liberta-o - e agora fiz
uma coração de libertação - e liberta-o do espírito do mal do suicídio que pôde
entrar nele neste momento.
Uma oração de uma frase. Eu não
tenho tempo de fazer orações muito longas e Deus não tem tempo de ficar ouvindo
orações muito longas. (aplausos)
Qual foi o resultado? O menino ficou tão curado que ele nunca mais
voltou a ficar doente e não voltou para a cama exceto de noite e não precisou
mais da lanterna acesa. Agora aplauda o Senhor. (aplausos)
O Senhor nos chama, tanto
padres, como leigos a não fazer coisas muito grandes mas coisas muito pequenas
como essas, e ajudar pessoas que tenham pequenos problemas mas que tenham problemas que afetem demais as
suas vidas.
Quarto estágio da vida: juventude
E, finalmente, o último período
da nossa vida que precisa de cura interior é o período da nossa juventude,
especialmente no campo da nossa sexualidade, especialmente na área das nossas
frustrações, quando eu não consigo fazer o que me é solicitado fazer, ou um
emprego, quando não consigo ter um emprego que gostaria de ter, quando eu sinto
que tomei uma decisão errada no meu estudo ou no meu estado presente de vida,
ou talvez eu casei com alguém que agora eu percebo que não deveria ter casado.
E o Senhor pode trazer cura
nesse importante estágio da nossa vida, nossa juventude e no nosso estado de
vida presente.
Então eu quero terminar então com
uma última história para ilustrar o quanto isso é importante. Isso vai ilustrar
tanto a questão da cura interior quanto da libertação porque ambas caminham
juntas.
Um caso de libertação das drogas
Estava dando um retiro na minha
paróquia lá em Bombaim, eu estava pregando um sermão, uma homilia, e depois
disso eu fui para a sacristia e um jovem queria encontrar-se comigo. Ele se
apresentou e ele me contou de qual família ele vinha: uma das famílias mais
importantes católicas de Bombaim. Seu tio era um padre, o seu pai era
responsável pela sociedade São Vicente de Paula e seu irmão mais velho era
presidente do conselho paroquial.
Mas, infelizmente, ele era tido
como a ovelha negra da família, e ele me disse que tinha se tornado um viciado
em drogas, então ele me disse porque é que ele veio me ver. Eu costumava vê-lo, às vezes, nas missas no domingo, ficando do lado de fora da igreja e quando eu
começava a pregação ele pegava o seu cigarro para fumar lá fora e olhar para
mim.
E eu então ficava me
perguntando "por que é que ele veio?". Então ele me disse que ele estava voltando
à cidade depois de tomar uma dose de heroína e, quando ele estava chegando a
sua casa, que fica perto da nossa paróquia, o táxi parou em frente à porta da
paróquia, sem razão alguma. O motor do carro parou.
Agora, olhando, eu sei que foi
Deus que fez isso.
Enquanto ele estava pagando
táxi, sem querer ele ouviu através do sistema de alto-falantes as palavras do
pregador, que era eu que estava pregando, e ele ouviu essas palavras:
“Não existe problema algum que Deus não possa resolver na vida da pessoa, se a pessoa entregar esse problema a Deus"
Foi o que ele ouviu. (aplausos)
Então eu disse para ele, e ele
então me disse essas palavras e ouvindo essas palavras ele entrou na igreja,
pela primeira vez, depois de muitos anos, e ficou lá atrás. E depois que
terminou a missa, ele veio se encontrar comigo na sacristia e ele disse:
- Padre é verdade isso que o
senhor disse? Que não existe problema que
a gente tenha que Deus não possa tirar da gente se a gente se entregar para o Senhor?
Eu disse:
- Sim filho, isto é verdade.
E eu perguntei:
- E qual é o seu problema?
E ele me disse:
- Padre, eu sou viciado em
drogas, tenho sido viciado em drogas por dez anos. Já fui, fui hospitalizado
três vezes, já vi três dos meus melhores amigos drogados morrerem no meu colo.
E eu sei que este vai ser o meu fim também.
Então ele clamou para mim:
- Padre, não tem esperança para
mim? (o padre fala alto, como que se estivesse desesperado)
Com certeza eu me lembro bem
daquelas palavras e eu disse para ele:
- Filho, se você fosse a única
pessoa no mundo com um problema como esse, Jesus teria morrido na cruz somente
por você. (aplausos)
Essas palavras tão simples, uma
única frase que havia tocado profundamente o seu coração e ele fez uma
confissão sincera e completa de sua vida.
O ponto de início de uma vida nova é ouvir a palavra de Deus que nos
conduz ao arrependimento.
Eu fui depois convidado a rezar
por alguém numa clínica de tratamento psiquiátrico e eu fui lá e eu percebi
depois que eu tinha sido chamado para rezar justamente por esse jovem. Os pais
não sabiam que esse jovem era viciado. Mas, depois de se encontrar comigo, ele
contou para os pais que o internaram numa clínica psiquiátrica.
Então quando eu fui lá, os seus
pais estavam lá e também a sua namorada estava lá, estavam ao lado dele. Eu
soube depois o que os pais disseram a ele quando souberam do seu vício, o que os
pais disseram a ele quando souberam do seu vício:
- Filho, não se preocupe, nós vamos
estar com você.
Ele ainda chegava a roubar
dinheiro dos pais para as drogas. E eles disseram:
- Nós vamos pagar suas contas,
mas nós queremos ficar ao seu lado.
Daí eu rezei por ele quando ele
se ajoelhou na clínica e quando ele se levantou ele olhou para mim e disse:
- Eu estou curado.
E sabendo como um viciado de
drogas fala sem pensar, eu disse:
- Sim, o Senhor vai curar você,
no seu tempo.
E eu pensava “talvez nunca”.
Mas ele se virou para sua mãe e
falou:
- Mamãe, eu sei que eu estou
curado.
Novamente eu disse, eu gosto
dos de Tomé, eu disse:
- O senhor vai curá-lo no seu
tempo.
“Que talvez seja nunca” pensei...
E Deus me mostrou que estava
errado, que quando eu fui para o meu grupo de oração depois de duas semanas, eu
me surpreendi ao vê-lo na primeira fileira, na primeira fila do grupo de oração,
levantando as mãos louvando ao Senhor. Eu disse:
- Senhor, eu não sei o que o Senhor
fez, mas fez um bom trabalho. (aplausos)
Mas o Senhor fez algum trabalho
bom aqui. E depois daquele grupo de oração ele veio a mim e disse somente duas
palavras: “obrigado padre!”.
Então ele voltou para me ver, para
receber a confissão e para oração e depois um dia disse:
- Padre, os outros viciados de
drogas têm me procurado. E estão me dizendo: “se você, que era o maior viciado
de drogas da Índia conseguiu sair dessa, então tem esperança para nós”.
Então ele perguntou:
- Padre, nós podemos começar alguma
coisa para ajudá-los?
E aí, ajudados por Érika, nós
começamos a primeira casa de reabilitação de viciados em drogas na Índia na Renovação
Carismática. (aplausos)
E três anos atrás celebramos o
jubileu de prata, de 25 anos, que se tornou um centro com agências em toda a
Índia.
Quando eu olho para trás eu
digo para mim mesmo:
“Que o grande milagre pode ser,
uma simples oração de cura interior, de uma simples oração de libertação, se o
pior viciado da Índia pode se tornar o fundador do primeiro Centro de Reabilitação
Católica da Índia!” Amém. (aplausos)
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