Maria Presença que Liberta
(28) (2008/set/28)
Nas leituras da missa de
hoje [sobre publicanos e prostitutas precederem os fariseus no reino de Deus] nós
temos um louvor a Jesus Cristo por São Paulo, quando ele diz que em nome de
Jesus cada joelho tem que se dobrar e toda a língua tem que professar que
somente Jesus, somente Jesus é o Senhor.
O cristão, como eu disse
antes, é aquele que acredita no seu coração e professa com a sua boca que Jesus
é seu Senhor, e Jesus tem que ser o Senhor do mundo inteiro.
Jesus não veio para os
santos e para os bonzinhos, Jesus veio para os pecadores, para os doentes e
para os oprimidos. Então o cristianismo supera todas religiões do mundo em
todos os aspectos. Hoje nesta missa, ao chegarmos a conclusão do nosso
encontro, eu queria terminar com uma experiência que eu tive em 1999.
A oração no mar da Galiléia
No ano de 1997, o ano de
Jesus Cristo, havia uma peregrinação internacional à Terra Santa. E eu fui
convidado a conduzir uma oração de cura no mar da Galiléia. Não somente estava
um presente cerca de e 2000 pessoas no mundo inteiro mas também pessoas de
vilas pequenas de toda a vizinhança.
E depois daquela reunião,
eu fui convidado pelo presidente da Renovação do Haiti, que eu pudesse ir ao
seu país para fazer lá a mesma oração que tinha feito no mar da Galiléia.
A mesma oração [de
libertação] pela terra, pela igreja e pelo povo do Haiti.
E eu disse para mim mesmo “será
que ele sabe que Bombaim é bem longe do Haiti?”
O convite ao Haiti era sério
Eu nem levei aquele
convite muito a sério. No ano seguinte, era o ano do Espírito Santo, 1998. Então
eu recebi uma carta me lembrando daquele convite que havia sido feito.
Então eu comecei a levar
aquele convite mais a sério.
Depois de algum tempo eu
recebi uma programação: eu tinha que fazer somente uma oração na noite de
sábado, era o mês de abril, na capital do Haiti. E eu perguntei “você não quer
que eu dê algo, um retiro, alguma palestra?
E ele disse “não, o senhor tem que vir fazer somente essa oração”. E eu
me perguntei “eu vou de Bombaim lá longe para o Haiti somente para uma oração?” e ele disse que sim.
Então eu voei para o Haiti
através de Londres e em Londres as pessoas estavam perguntando: “onde é o
Haiti?”. Nos Estados Unidos não havia visto para o Haiti.
Finalmente que nosso avião
aterrissou na capital Porto Príncipe no Haiti e não havia ninguém no aeroporto.
E eu pensei “nossa, eu dei
mancada, gastei todo o dinheiro para a tarifa de avião” e então uma senhora
veio até mim e ela perguntou “o senhor é o padre Rufus?” eu disse “sim” e eu
perguntei “quem é você?” Ela me respondeu que era a esposa do primeiro-ministro
do Haiti, do país. Então eu pensei “eu estava em boas mãos”.
Então ela me levou para o
capitólio e então no caminho ela foi me falando do seu país. Até hoje aquele
país é um dos países mais pobres do mundo, com mais violência do que em
qualquer outro lugar, um país envolto em todas as práticas do Vudu. O Vudu foi
tomado como a religião oficial do país. E ali é o lar e a sede do mestre de
Vudu do mundo inteiro. E eu pensei “meu Deus aonde eu fui aterrissar?” E ela me
levou para a missa que estaria sendo celebrada pelo arcebispo do país.
Depois da comunhão, o
arcebispo me pediu para que eu fizesse uma oração de cura e libertação pelo
povo, pela terra, e pelo Haiti como um todo.
Então eu comecei a
entender aquela solicitação.
Na manhã seguinte, a
esposa do primeiro ministro me levou para um monte mais alto do Haiti, onde se tem
uma vista total da capital. E ela me disse então “agora eu quero que o senhor
faça uma oração da cura e libertação do da terra, do povo e da igreja do Haiti”.
Eu compreendi ainda mais
aquela solicitação. Eu estava hospedado na casa do primeiro-ministro e a
convenção começou na sexta-feira.
A convenção: 60 mil pessoas
Acontecia nos jardins da
escola católica local e havia presentes 60.000 pessoas, a maioria de jovens e
crianças. Não havia cadeiras, o pessoal sentava na grama. E a convenção começou
e aí então chegou o sábado à tarde, a hora da oração de cura, então o padre
trouxe o santíssimo sacramento para aquele lugar todo.
É um dos maiores
ostensórios que eu já vi. E colocou aquele ostensório naquele enorme altar, com
os bispos do país e o núncio apostólico sentado ali atrás.
Então eu comecei aquela
oração. Pode imaginar o quanto eu coloquei a minha fé e todo meu coração
naquela oração, conhecendo o estado daquele país, daquele povo? Num ponto nós
re-dedicamos toda aquela terra a Jesus, terra que estava entregue ao vodu.
Depois dessa poderosa oração eu fui lá atrás para me juntar aos bispos e o povo
ficou ali adorando Jesus no santíssimo sacramento, sentindo todos os efeitos
benéficos daquela oração de cura e libertação. E, de repente, observei algo.
A árvore que brilhava, as pessoas viam uma figura
Eu percebi que as pessoas
não estavam mais, de repente, olhando para o santíssimo sacramento à frente,
mas olhavam um pouco à direita, na minha esquerda. E eu ficava imaginando o que
estaria acontecendo. Então, o presidente da renovação carismática do país subiu
ao palco e me disse, ele disse que as pessoas estão dizendo que viram uma luz
naquela árvore. E eles estão dizendo que naquela luz eles estão vendo Maria, a
mãe de Jesus.
É claro que eu não queria
acreditar naquilo, eu não sou muito de acreditar em aparições e aí eu me
recusei a ficar olhando para árvore e eu fiquei olhando para baixo. E eu disse “Maria,
eu vejo você no céu, eu não quero ver você aqui na terra não”.
Então eu estava olhando
para baixo. Quando olhei de leve para o pé daquela árvore, eu não pude
acreditar naquilo que eu estava vendo. No pé daquela árvore havia flashes de
luz naquela árvore o tempo todo como se fossem raios. E eu pensei “alguma coisa
está acontecendo”.
A cura de uma menina cega
Então o líder da renovação
veio ao palco e ele falou “padre, eu acho que é autêntico, porque uma senhora
veio a mim com uma criança, uma criança que tinha 5 anos, cega de nascença, e a
mulher correu com essa criança em direção árvore e, de repente, a criança
disse: mamãe ali está Maria, na árvore. Recuperou a vista”. (aplausos)
E eu disse “preciso me
encontrar com a essa criança, eu preciso encontrar para crer”.
E essa mãe trouxe essa
criança para o palco e, na presença dos bispos do país, ela me mostrou a
criança para mim, a criança levantou seus braços para mim e olhou para mim e
sorriu. E eu percebi que ela tinha recuperado realmente a vista.
Quando estive nas aparições
de Medjudjgorie, você vê que aqueles visionários ficavam olhando para Maria, os
rostos, as faces deles fixas em admiração. Mas o que houve naquele dia não eram
seis pessoas olhando admiradas. Não eram 60. Não eram 600. Não eram 6.000. Mas
eram 60.000 pessoas olhando para Maria que tinha aparecido. Então, não pôde
continuar o meu encontro, Maria interrompeu. (risos e aplausos)
E no resto do tempo o pessoal
ficou ali de pé, olhando naquela direção.
Na manhã seguinte era
domingo, último dia da convenção. E o programa começou e eu comecei a minha
última pregação. Novamente, o que é que aconteceu? De repente todo mundo de
novo olhando em direção a aquela árvore, e eu só parei a minha pregação. E eu
pensei “Maria está interrompendo a minha palestra de novo”. (risos da platéia)
Aí eu pensei “ela pode
aparecer aos sábados que é o dia dela, mas domingo? É o dia do Senhor!” Então,
alguém veio me dizer “padre, hoje é o domingo da divina misericórdia”. Como se
Maria estivesse aparecendo para revelar a divina misericórdia de seu filho
Jesus. Então os bispos de lá começaram a convidar para as suas dioceses,
esperando que nos encontros que eu fizesse nas outras dioceses, Maria também
aparecesse.
Mas eu tive que voltar
para Bombaim.
A caminho do aeroporto, eu
disse “eu gostaria de ver o local onde aconteceu” e eu ficava pensando “como é
que aquilo poderia ter acontecido?”
E então elas me levaram
para lá. Eu perguntei “onde está a árvore que brilhava em raios, em que Maria
apareceu?” E elas me levaram a aquela árvore. E ela estava branca. “Todas as
árvores têm o tronco marrom, como é que ela se tornou branca?”
Ela disse que as pessoas
levaram todas as folhas e as cascas da árvore como souvenir. (risos da platéia,
o padre e o tradutor parecem se divertir)
“Você também queria levar
um pedacinho da árvore como lembrança?” (o tradutor se diverte)
Eu não acreditava tanto em
suvenires mas “eu quero levar um pedacinho sim”. (o tradutor novamente se
diverte)
Então aonde eu vou, eu
levo esse pedacinho da árvore.
Por que Maria aparece tanto?
Então uma pergunta veio à
minha mente. Porque é que Maria está aparecendo aqui e acolá, em vários
lugares? E então, de repente, veio em minha mente a história da visitação de
Maria. Especialmente, quando Maria entra no quarto de Isabel, não somente é
sozinha, mas com Jesus em seu ventre. E o que Isabel diz? Como pode ser a mãe
do meu Senhor vir a mim visitar a minha casa?
O que Maria fez então? O
que Maria fez logo em seguida, logo em seguida, que Jesus foi concebido em seu
ventre pelo poder do Espírito Santo, a Maria também está fazendo hoje.
Não somente entrando uma
casa como a de Isabel, Zacarias e João, mas visitando tantos países do mundo.
Em Lurdes por exemplo, em Fátima por exemplo, em Guadalupe por exemplo ou Haiti
por exemplo.
Ela está fazendo
exatamente o que ela fez na bíblia.
Na nossa mente só pode vir
a mesma admiração que veio no coração de Isabel. Como é possível a mãe do meu
senhor vir me visitar?
E a resposta é óbvia:
Maria não é somente a mãe de Jesus mas a mãe da igreja, sua mãe e minha mãe. E
eu tenho visto isto acontecer novamente, novamente. Sempre que eu rezo por
alguém por cura e libertação, sempre termino dizendo “pela intercessão de Maria”.
O menino da testa
Eu percebi isso mais ainda
quando estava dando um encontro no sul da Índia, para as irmãs da nossa
congregação religiosa. As irmãs daquela congregação, mas também as professoras
da escola, estavam fazendo também aquele retiro. E havia uma professora que
veio falar comigo, e ela me contou seu problema. O seu marido, que era um
grande professor na escola jesuíta, tinha estendido a sua permanência e não
tinha sido pago por sua permanência e perdeu três meses de seu pagamento.
Então ele ficou muito
rancoroso contra igreja, contra a igreja, contra os professores jesuítas e ele
perturbava essa mulher.
E ela veio ao retiro só
para rezar pelo seu marido. Quando ele ouviu que Jesus pode curar qualquer
pessoa de qualquer problema que a pessoa tem, no dia seguinte ela veio a mim
novamente.
E ela disse “padre, eu
estou com uma dor terrível no ombro”.
E depois do encontro eu
estou indo para um centro de cura, onde eles dão medicina natural para curar as
coisas. Claro que eu rezei por ela e no dia seguinte ela veio de novo. E ela
disse “padre, aquela dor desapareceu e minha fé em Jesus aumentou”.
E, no último dia, ela veio
mais uma vez, e ela disse “padre, posso trazer o meu filho?”¿ Ele só tem dez
anos”, e eu disse “qual problema dele?” e ela disse “ele tem um padrão de
comportamento estranho. Ele fica batendo na sua testa continuamente, aonde que ele
vê luz, ele bate na sua testa”. Eu disse “não tem nada errado com isso”. Mas
ela disse “não, é uma doença”.
Eu perguntei: “quando foi
que começou?” E ela disse “quando ele estava no jardim da infância, sem querer,
a professora do jardim de infância bateu na sua testa e daquele dia em diante é
que ele começou a desenvolver esse padrão de comportamento estranho”.
Se ele tinha que olhar
para a luz, ele ficava batendo na testa.
Se ele ia jogar críquete,
que é um jogo, ele tinha que olhar para a bola que estava subindo e via a luz
do sol. Ele ia jogar o bastão e ele ficava batendo na testa.
As pessoas achavam que ele
estava ficando louco, tiraram ele da escola, as pessoas achavam que ele estava
ficando doido e ele tinha que ser colocado num quarto escuro, toda vez que ele
se expunha repentinamente a luz, ele começava a bater na testa.
Você pode imaginar como
isso era terrível para a família. Levaram ele para todos médicos, todos
psiquiatras, e nada poderia ser feito. Ele tinha que ser mantido em casa, num
quarto escuro, na maioria do tempo. Então ela disse “padre posso trazer o meu
filho para receber a oração?”
O que é que eu poderia
dizer? E eu me lembrei que quando eu entrei naquele convento havia uma estátua
de Nossa Senhora. Era uma estátua de Maria, Nossa Senhora das Dores.
Então havia uma estátua da
mãe das Sete Dores e eu percebi que ali estava uma outra mãe, também como Maria,
cheia de dores. Só uma mãe que tem um filho com problemas que sabe o que é essa
dor. Quando eu olho para uma mãe que tem um filho com problemas mentais, vejo o
quanto de amor que ela tem por eles e eu imagino que só Deus pode dar esse
amor.
Por isso eu tenho uma
grande admiração a todas as mães que tenham filhos com deficiência, com algum
tipo de retardamento mental.
E foi isso que eu vi
quando eu entrei naquele convento, porque a congregação era a congregação das
irmãs da Mãe das Dores.
Eu disse também “você pode
trazer o seu filho quando retiro tiver terminado, ou pelo menos quando tiver
terminado a última sessão”.
No dia seguinte, então, o
pai veio com o filho, quando estava para terminar o retiro. Então eu pensei se:
nós poderíamos pedir para as irmãs rezarem por ele, porque quando muitos louvam as coisas que acontecem a cura
acontece. Mas primeiro deixei-me verificar se o que foi dito sobre esse menino
é verdade.
Então eu fui com ele para
fora e olhei para aquele jovem. E havia um grande calo na sua testa. Você pode
imaginar quantas milhares de vezes ele tinha se ferido na testa e que tinha um
calo enorme, um calombo. E no momento que ele chegou na luz do sol, ele começou
a bater na sua testa.
E eu pensei “por que é que
ele está fazendo isso?”
E ele disse “eu não sei,
mas agora me sinto bem”.
Então eu peguei sua cabeça
e eu dirigi sua cabeça para o sol e ele novamente começou a bater na sua testa.
Então eu percebi que
realmente ele tinha um grande problema. Eu não vou levá-lo aonde estão as irmãs
para que rezem por ele, porque, se não acontecer nada, elas vão perder a fé e
vão desacreditar tudo o que aprenderam no retiro.
Então eu só disse a elas
rezarem intercedendo enquanto eu rezava pelo garoto.
Então, ali na capela, onde
estava dando retiro, eu encontrei um outro quadro de Maria. E qual era o título
daquele quadro? Maria, mãe das misericórdias. Maria é mãe das dores e ela leva
nossas dores ao seu coração, mas ela também é a mãe da misericórdia. Por isso
que rezamos aquela oração, Salve Rainha, mãe da misericórdia.....
Quando eu olhei para
aquele quadro, eu disse a Maria “eu entrego este menina a você, você é mulher e
mãe”. “Você pode imaginar pelo que está passando essa mãe, de ter um filho como
este”. Então eu o levei para um lugar silencioso, o pai e a mãe estavam juntos,
e uma das duas irmãs estavam juntas.
Então eu pus a minha mão
sobre a sua cabeça que eu ungido com o óleo, eu orei por ele.
E eu perguntei “o que você
está sentido?” e ele me respondeu “eu estou me sentindo muito desconfortável,
estou sentindo dores”. Rezei novamente por ele, e eu perguntei “e agora o que é
que você está sentindo?” Ele disse “estou me sentido muito bem”. Então rezei mais uma vez, a terceira vez, e
perguntei “o que você está sentindo?” e ele disse “estou me sentindo muito,
muito leve”.
Antes ele dizia que estava
sentindo muito pesado. Eu tinha tanta confiança que Maria, mãe da misericórdia,
estaria ouvindo a oração desta mãe com as suas dores, que eu o levei e
novamente para a luz do sol e nada aconteceu.
Eu peguei seu rosto e eu
fiz ele olhar para o sol diretamente. Não aconteceu nada. Estava completa e
totalmente curado. (aplausos)
Não é ainda o final da
história. Um ano mais tarde eu estava de passagem por aquela cidade e a família
veio se encontrar comigo na estação de trem. E eu estava a pensando o que teria
acontecido com aquele menino e eu perguntei “onde está o seu filho?”. E ela
disse “este é meu filho”. Eu olhei para ele e não havia mais aquele calombo na
sua testa. “Você é o mesmo menino?” disse, e ele disse “sim”. Não havia mais
sinal nenhum na sua testa. Obrigado, louve-se o Senhor por isso. (aplausos)
Aqueles pais dele se
tornaram grandes evangelizadores daquela cidade e eu fiquei sabendo depois, ele
voltou a escola, tomando sempre o primeiro lugar na escola, tornou-se
esportista campeão da escola e foi um estudante fora do comum até o final do
ano.
É o que Jesus faz.
Anos mais tarde, quando eu
fui a um outro lugar no norte da Índia, onde os salesianos têm uma faculdade de
teologia, onde eu sou um professor visitante, um jovem veio me ver. Ele disse “o
senhor não me reconhecem, padre?” E eu disse “não”. “Eu era aquele rapaz com
aquele calombo na testa”.
E ele estava ali fazendo
seu doutorado em física nuclear ou algo assim. E ali, olhando para ele, eu
percebi o tanto que Maria tinha feito por ele e por sua família.
O dom do Espírito Santo dado por Maria para a Igreja
Por isso, Maria dá o
grande dom do Espírito Santo também para a igreja. Ela não é somente uma intercessora
nossa, mas uma mãe, uma mãe em que nós nos dirigindo em oração.
Ela é, acima de tudo para
nós, um modelo.
A mulher que traz a
palavra de Deus.
A mulher do Espírito
Santo.
A mulher presente na cruz.
E, acima de tudo, ela é
para nós presença, uma lembrança do que Jesus foi para nós.
Como é que começa e termina
o evangelho de São João? Começa com y casamento em Canaã, no capítulo 2 e que
nós vemos lá? Só uma frase simples: “Maria estava lá”.
A mãe de Jesus, estava lá.
E no capítulo 19, que de uma certa forma conclui o evangelho de São João, o que
é que nós vamos lá, quando Jesus está pendurado na cruz? A mãe de Jesus estava
lá.
O evangelho de São João
começa com Maria e termina com Maria,
como mãe de Jesus e depois como mãe do corpo de Jesus, a sua igreja.
Portanto, Maria é um sinal
do que deve ser cada cristão.
Em primeiro lugar ela é a
mulher da palavra.
Na verdade, somente quatro
vezes nós lemos sobre Maria nos evangelhos. Quatro vezes, ou é dito algo sobre
ela ou ela diz algo.
Primeira vez é quando
Maria diz ao anjo Gabriel “seja feita segundo a vossa palavra”. Ela não diz “ah,
eu sou obrigada a fazer a sua vontade”, ela diz “não, eu quero fazer a sua
vontade, exatamente como ela foi dita”.
Desde o início do
evangelho Maria é a mulher da palavra. “Seja feita em mim conforme a sua
palavra”. Lucas 1,38 é assim que deve responder cada discípulo de Jesus
Segundo, quando Maria
entra na casa de Isabel, Isabel já havia dito “você é bem aventurada porque é a
mãe do meu Senhor”. Mas logo ela muda, e Isabel diz: “Maria, você é abençoada
ainda mais, porque acreditou na palavra do Senhor. Porque acreditou na palavra
do Senhor”.
E terceiro, no evangelho
de São Lucas capítulo 8, quando o pai e a mãe de Jesus vem buscar procurando
por ele, es dizem para ele sua mãe e seus irmãos estão procurando por você,
Jesus diz algo muito dramático, ele se volta aos seus discípulos “vocês são tão
preciosos para mim quanto é a minha mãe, porque assim como minha mãe ouve a
palavra de Deus, vocês estão aqui ouvindo a palavra de Deus proferida pela
minha boca. Quem é minha mãe, meus irmãos e minhas irmãs? Vocês são! Se você
ouvir a palavra de Deus e obedecê-la”. Jesus estava lá dando uma grande honra a
sua mãe, que os discípulos deveriam imitá-la, sendo homens e mulheres de
palavra. Lucas capítulo 11. Depois que Jesus os ensinou como rezar, como nós
precisamos do Espírito Santo para vencer as batalhas, nós vemos nos versículos
27 e 28, uma mulher na multidão estava tão entusiasmada com o que Jesus disse,
ninguém tinha falado ainda sobre o Espírito Santo e o espírito mau daquele
jeito. Nunca ninguém tinha dito que o nosso sinal para vencer o espírito do mal
era sermos reflexo do Espírito Santo. E a mulher gritou: “bem aventurada a mãe
sua, a sua mãe. Bem-aventurado o ventre que te concedeu. Bem-aventurado os
seios que te amamentaram. Sua mãe deve realmente ser muito bem-aventurada por
ter você como filho”. O que é que Jesus disse? “Eu é que sou bem-aventurado
porque tenho uma mãe como ela”. Bem=aventurados aqueles que ouvem a palavra de
Deus e aguardam no coração. Portanto, quem a Maria? A Maria é a mulher da
palavra.
Eu não posso entender
quando alguém, por exemplo, tem uma devoção Maria é não lê a bíblia todos dias.
Segundo, Maria é a mulher
do Espírito, sempre que Maria é mencionada de alguma forma também é mencionado o
Espírito Santo. Quando o anjo Gabriel apareceu a Maria e anunciou que ela seria
a mãe do Messias, o que é que o anjo disse a Maria? “o Espírito Santo descerá sobre vós. Você
será tão cheia do Espírito Santo que o que será concebida em seu ventre é fruto
do Espírito Santo”.
É porque ela estava repleta
do Espírito Santo que ela concedeu Jesus. Mais tarde, quando Maria entra na
casa Isabel, o que é que Isabel diz? “A
sua presença em minha casa, a sua simples palavra de cumprimento, fizeram algo ao
meu filho no meu ventre. O filho que está em meu ventre está dançando de
alegria”. E o evangelho nos diz que naquele momento João Batista foi repleto do
Espírito Santo. O que é que aconteceu com Isabel? Ela também ficou cheia do
Espírito Santo. E o que aconteceu com Zacarias? Ele também ficou com o Espírito
Santo. E o que aconteceu com Simeão? Ele também ficou cheio do Espírito Santo.
E o que aconteceu com Ana? Ela também ficou cheia do Espírito Santo. Como que
Maria estivesse ocasionado uma epidemia do Espírito Santo, aonde ela foi. (aplausos)
Por onde ela passou, ela
derramou o Espírito Santo que esteve presente também.
Por isso eu não posso
acreditar quando as pessoas dizem que são devotas de Maria e não querem ser batizadas
no Espírito Santo. Por isso nós agradecemos a Deus o dom da renovação
carismática na igreja. (aplausos)
Agradecemos a Deus pelo
dom do nosso atual papa que disse que a igreja precisa ser batizada no Espírito
Santo. Nós precisamos espalhar uma cultura de Pentecostes. E quem começou tudo
isso? Maria começou.
Então quando dizemos o
Ângelus, Maria ficou repleta do Espírito Santo e nasceu Jesus.
E, finalmente, a Maria é a
mãe das dores, a mãe da Cruz. Ali, aos pés da cruz, estava Maria a mãe de
Jesus.
A vida toda de Maria foi
uma vida de sofrimento e de dores, deste momento que ela foi concebida, desde o
momento da concepção de Jesus. José, no início, teve uma desconfiança. E a pior
coisa que um casal pode sofrer é a desconfiança. Especialmente quando Maria
sente a desconfiança do homem que ela amava e que era amada por ele. Como a
coisa se desenvolveu nós não sabemos. Até que o anjo disse a José em sonho,
“não tema receber a Maria e sua criança, porque a criança for concebida no
Espírito Santo”. É como se Jesus tenha querido que Maria participasse junto com
ele no seu sofrimento.
Jesus, sendo o homem, só
pode sofrer o sofrimento de um homem. Jesus precisou de uma mulher como que se
ela participasse do sofrimento de Jesus na forma feminina, para ser uma co-sofredora
com ele. Então o que é que acontece quando Maria vai dar a luz a Jesus? Não
havia lugar para que ela pudesse dar a luz e ela deu a luz a Jesus no estábulo.
Alguém daqui nasceu num estábulo? Alguém? Eu sei de uma pessoa: Jesus.
(aplausos)
E ali, logo depois, a vida
de Jesus foi ameaçada pelo rei Herodes e você pode imaginar o tamanho do
sofrimento que Maria enfrentou. E logo depois Jesus se perde no templo. O
grande sofrimento da mãe não é saber que seu filho morreu, ou que ele está
doente. Mas saber que o filho está perdido, talvez raptado, e ela não sabe se
ele está morto ou vivo.
Maria passou por esse sofrimento
por três dias.
E Maria também foi
refugiada numa terra estrangeira, só aqueles que já foram refugiados entendem o
sofrimento de ser refugiado numa terra estrangeira.
Novamente depois, quando
Jesus é apresentado no templo, o que diz Simeão? Não houve nem parabéns e nem
congratulações. Jesus vai ser um grande homem, mas ele disse “o seu filho vai
ser causa de sofrimento para vocês”. “Uma espada transpassará o seu coração por
causa dele”.
E durante o ministério de
Jesus, as pessoas certamente vinham a Maria dizer: “olha só que o seu filho
está fazendo, ele está quebrando todos os mandamentos da lei judaica.” E Maria
não entendia bem tudo o que estava acontecendo, mas ela conhecia seu filho e
acreditava nele e tinha fé plena nele.
E depois, a caminho da
Cruz, no calvário, você pode imaginar o encontro daquela mãe com filho. Mas, o
clímax, o final era no evangelho de São João capítulo 16. E ali, ao pé da cruz,
estava Maria mãe de Jesus.
Num certo país na Europa,
em todos as igrejas, você tem no altar principal a mesma imagem: Jesus na cruz,
Maria de um lado, João do outro lado e isto o que está em toda igreja daquele país. Como que para dizer, que
o sofrimento final de Jesus e de Maria, quando essa espada transpassa o seu
coração, ela vê essa espada também transpassando o coração de Jesus e dali vêm
água e sangue. E essa é a maior do dor, e ali ela entendeu que ela foi
escolhida para ser a mãe das dores.
O convite de Jesus para Maria ser a mãe da Igreja
Porque, logo antes, Jesus
havia convidado Maria para ser a mãe da igreja e também tinha convidado a
igreja a aceitar a Maria como sua mãe.
A simples palavra de
Jesus, “mulher, eis aí seu filho, filho eis aí a sua mãe”.
Jesus fala poucas
palavras, mas poucas palavras com significado muito grande.
O quadro do sagrado coração de Jesus se coroou de vermelho
Eu queria terminar
contando que aconteceu no dia 27 de julho deste ano.
Nós temos uma igreja em
Bombaim, dedicada à nossa senhora do perpétuo socorro. Inclusive é uma igreja
em Roma onde em Roma eu rezei uma das minhas primeiras missas. (Uma mulher
gritou fundo)
E a devoção ali é tão
grande que até mesmo os hindus vêm todas quartas-feiras para participar da
missa. Há quatro anos começamos a devoção da divina misericórdia e um grande
quadro de Jesus misericordioso foi instalado naquela igreja. O bispo celebrou a
missa mas me convidou para fazer a homilia. E eu falei sobre e a divina
misericórdia. E eu falei que o primeiro lugar onde nós tivermos o nosso primeiro
encontro sobre cura e libertação, tinha sido a linda igreja da divina
misericórdia na Inglaterra, que é o santuário nacional da nação polaca.
Conduzida aos padres que
estão associados à ordem da Santa Faustina, foi naquela ocasião a primeira vez que
eu tinha visto o quadro da divina misericórdia. O maior quadro que eu já vi,
desde que o teto até o chão.
E ali nós começamos o
primeiro encontro do ministério de cura e libertação. Eu também falei ao povo
sobre o Haiti, então aquele quadro foi abençoado e o bispo e eu inauguramos
essa devoção.
No dia 27 de julho nesse
ano, que era a festa do nossa senhora do perpétuo socorro, o cardeal arcebispo
celebrou a missa e depois quando terminou, naquela noite eu tinha que voar para
a Europa para um encontro com os exorcistas da Europa.
E quando eu estava para
deixar, partir para a Europa, chegaram as notícias, em Bombaim, de que aquela
imagem da divina misericórdia estava sangrando no coração.
Eu não gosto de acreditar
nesses tipos de fenômenos, mas eu disse “eu prefiro dar uma olhada. Porque se chegar
na Europa o pessoal vai perguntar se eu vi e se eu disser que não vai ficar
chato”.
Então, a caminho do
aeroporto, eu fui àquela igreja. Já milhares de pessoas estavam se reunindo, a
polícia já estava trancando as portas. Eu disse ao policial “eu estou indo para
Roma. E o papa vai querer saber o que é que e está acontecendo aqui, é melhor
você abrir e deixar eu ver”.
Então eu entrei assim (acha
graça) eu tirei até uma foto e não pôde crer nos meus olhos. Eu não quero dizer
que o coração estava sangrando, mas realmente toda a parte do coração estava em
um vermelho de sangue. Eu até tirei uma foto de mim mesmo com o quatro.
E essas memórias sobre
essa devoção vieram a mim quando estava dando o sermão. E aconteceu justamente
na igreja de Maria que nos ajuda sempre, então, na minha oração de hoje, é de
que Maria esteja sempre ao seu lado.
Votos finais
Que Maria esteja com cada
esposo e esposa, com os pais e os filhos, chamando você a olhar para o sagrado
coração de Jesus, o coração que foi partido de amor por nós. Sabendo que ela é
a mãe da misericórdia, e o pai do céu é o pai das misericórdias, e Jesus é o
filho, a divina misericórdia em pessoa, todos estão esperando que nós voltamos
a ele, porque nos prometeu grande curas. Assim como era o tema deste encontro, “venham
a mim todos vós que estão pesados, com os fardos pesados, e eu vou libertá-los
e curá-los, porque eu vim para curar os corações quebrados, e para emfaixar as
suas feridas”. Amém. (aplausos)
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