Ensaio: Por que Evitar o Ocultismo?

por: Carlos Umdoistres

Hoje gostaria de dividir com você, caro leitor, a opinião acima: Por que Evitar o Ocultismo?

Primeiro: o mundo espiritual existe.
Conforme o impressionante relato da Dra. Gloria Polo, que morreu e foi lhe dada a oportunidade de ver o inferno, os demônios existentes são numerosos. Neste trecho de seu testemunho ela diz que não tinha medo do demônio e não acreditava que o mal existisse. O Pe. Rufus citava muito o Papa Paulo VI, que dizia ser um grande desafio para a Igreja se defender do Mal. 
Medo? Quem disse? Mas vergonhosamente confesso que a única coisa que me mantinha na igreja era o medo do diabo. Quando me diziam que não existe, que luta! E eu dizia: “Bem...Todos vamos para o Céu, não importa como somos.” Então, isso terminou afastando-me de uma vez do Senhor. O pecado não ficou só em mim e começou a piorar ainda mais minha relação com o Senhor. Começo a dizer a todo mundo que os demônios não existem, que são invenção dos padres, que são manipulações.
Os demônios são seres espirituais, anjos caídos, que têm por única finalidade levar os homens ao inferno, destruindo famílias e tentando-nos como tentou a Jesus Cristo, Nosso Senhor. Para isso nos tentam de forma a acentuar em nós o afastamento de Deus e do reino do Céu, muitas vezes se ocultando de nós, fazendo-nos crer que são seres menos perigosos do que realmente são. 

A tentação do saber:
Essa tentação tem por origem a nossa soberba, de acreditarmos em nós mesmos, de sermos auto-suficientes. A Imitação de Cristo é citado o seguinte conselho: 
Ora, que muito é que tu, que és pó e nada, te sujeites a um homem, por amor de Deus, quando eu, o Todo-poderoso e Altíssimo, que criei do nada todas as coisas, me sujeitei humilde ao homem, por amor de ti? Fiz-me o mais humilde e o último de todos para que venças, com a minha humildade, a tua soberba. Aprende, pó, a obedecer; aprende, terra e limo, a humilhar-te e curvar-te aos pés de todos. Aprende a quebrantar tua vontade e a submeter-te a todos em tudo. ( Da obediência e humilde sujeição, a exemplo de Jesus Cristo) 
O querer saber do futuro:
A curiosidade humana não tem fim: muitos se tentam por guiar pela astrologia, búzios, cartomancia, quiromancia, tarô e outras formas de adivinhação do futuro. A ninguém foi dado o dom de prever o futuro senão aos grandes profetas do passado, tendo sido o último deles Jesus. Porque a profetização serviu para anunciar a vinda do Salvador, esse era o plano de Deus para a Paixão de Cristo. Portanto não existem profetas após Jesus, mas discípulos e seguidores, já que "está consumado", segundo as próprias palavras de Jesus ao morrer por nós, que desejamos a salvação, na cruz.

Recorrer às práticas adivinhatórias para saber do futuro é, segundo o padre Rufus, assim como a Igreja, falta de confiança no Senhor. E isso nos afasta de Deus.

Quando nos afastamos de Deus ficamos à mercê da ação das forças do mal, ficamos vulneráveis às forças malignas.


Abrir caminhos:
Um dos argumentos para os que recorrem às forças ocultas é "abrir caminhos" que estão "fechados" para determinado destino da pessoa.

E tem gente que recorre às forças ocultas para "abrir caminhos".

Mas, refletindo bem: quem exatamente é responsável por "fechar caminhos"? Deus? Os nossos anjos? A resposta é simples: os próprios espíritos malignos. Eles querem pedágios.

Então, não faz muito sentido, do ponto de vista lógico, pedir aos responsáveis para "abrir" o que eles mesmos "fecharam". Porque todos eles pertencem ao mesmo time: os que querem nossa perdição, os que querem nossas almas.

Em quem podemos confiar? Num primeiro momento, após a "limpeza", parece haver um alívio, algumas coisas podem até mesmo começar a melhorar. Mas é um alívio temporário. Porque houve consagração à satanás nesse momento, o que afetará até a quarta geração.

Então se forma um círculo vicioso que afetará nossas gerações futuras. Essa é a responsabilidade de cada católico, não deixar o mal se enraizar em nossa árvore familiar, porque nós já somos ancestrais de alguém neste momento: para Deus não existe passado ou futuro, mas somente presente. (ver Gloria Polo, já citado)

Quem pode verdadeiramente nos libertar:
Fazer o bem, curar os de coração ferido, libertar-nos do mal, essa foi a missão dada a Jesus e à Igreja através de seus apóstolos e sacerdotes. Por tradição oral por muitos anos e, depois, por organização e estruturação através da fé e da tecnologia administrativa existente no Império Romano. Essa foi a vontade divina: um reino Eterno que não conhecerá fronteiras. Nem nacionais e nem espirituais.

Jesus pode curar e libertar nossos antepassados. Não existem fronteiras para Ele. Então Ele sabe o que cada um de nossos ancestrais sofreram: basta pedir e Jesus os curará e os libertará.

Atribuição de enfermidades a antepassados:
É necessário, com todo o respeito à religiosidade oriental, considerar que os espíritos sofredores de nossos antepassados podem ser curados e libertados por Jesus, que em sua infinita misericórdia, o verbo se fez carne para salvar o espírito de cada um de nós. Suas graças são infinitas: nós damos a Ele 5 pães e peixes e Ele alimenta 5.000 pessoas com isso. Então existe o perigo de ser manipulação de maus espíritos que se disfarçam em antepassados para que eles possam receber oferendas.

Conclusão:
Terminamos por concluir, dadas às razões apresentadas acima, que devemos evitar ao máximo a busca de contato com o "outro lado", pois se fosse do agrado de Deus todos nós poderíamos ver o nosso futuro. E todos nós poderíamos atravessar as fronteiras o quanto quiséssemos.

Seguro morreu de velho: ao tentar "abrir caminhos", e praticar adivinhações, realmente alguns caminhos podem até se abrir por algum tempo, desde que o pedágio seja pago continuamente. 

Mas quando recorremos ao maior de todos e confiamos na palavra de Deus, não se abrem caminhos, mas o horizonte e o infinito, então não precisamos de caminhos nem de estradas e nem precisamos pagar pedágio. 

Porque ganhamos asas.

Então é isso.

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