059 Jesus Acolhe as Criancinhas


Jesus Acolhe As Criancinhas
Por Pe. Rufus Pereira
Bem, hoje, como me disseram, é o início da primavera. Mas, no hemisfério norte, a Índia no caso, é o início do inverno. Então, enquanto no hemisfério norte nós estamos nos preparando para o frio que está chegando, aqui, no hemisfério sul, as pessoas estão esperando pelo sol, pelo calor do sol.
E na tradição cristã a primavera é sempre associada com a ressurreição. E nesses dois dias que estaremos juntos, nós estaremos celebrando a primavera do Cristianismo. Muito embora exista uma diferença entre o exato momento, o tempo certo das estações do ano do hemisfério norte para o hemisfério sul, mas tempo e lugar não é tão importante quanto a eternidade.
Eu gostaria de começar essa primeira fala contando a vocês a respeito de um incidente, para nos tornar conscientes de que Jesus veio nos tirar da situação de frio e da aridez para o aconchego do calor da esperança.

Retiro em Goa.
Eu estava dando um retiro em Goa, uma ex-colônia de Portugal. Era na paróquia, na igreja do Espírito Santo. As noites eram direcionadas para as palestras. E as manhãs eram reservadas para aconselhamento e para aqueles que quisessem orações, ou até mesmo para as confissões.
E à medida que eu estava terminando os trabalhos junto com a pessoa que estava comigo, e estava aguardando a próxima pessoa que iria entrar na minha sala, de repente, houve uma comoção na porta e eu vi três líderes da renovação carismática trazendo uma jovem para dentro da sala. Na verdade eles não estavam trazendo, mas quase arrastando para dentro da sala.
E essa garota estava chorando, gritando muito. “Deixem-me! Quero ir embora! Eu quero ir para lá!” e ela ficava apontando para uma certa direção. Ela dizia “eu quero ir para lá” e aí eu perguntei a uma das pessoas “para aonde ela quer ir?” e eles me disseram que ela estava apontando para o cemitério.
E aí eles disseram o que havia acontecido. Eles estavam indo para a igreja, para me ajudar no aconselhamento de pessoas e, quando eles estavam passando pelo cemitério, eles viram essa moça, dentro do cemitério, com uma lâmina na sua mão, quase pronta para cortar os seus pulsos. E eles conseguiram parar, interromper, não permitir que ela fizesse aquilo.
E aí a trouxeram para mim. E aí eu a segurei pelas mãos e perguntei para ela “por que é que você quer se matar?” Mas ela não respondeu nada. Mas eu insisti perguntando aquela pergunta. E aí, finalmente, ela começou a desfolhear a sua história.
Ela tinha entre 12 a 13 anos de idade e aí ela me disse como, há dois anos antes, ela havia aparecido para as provas finais do seu colégio de internato. E ela havia sido reprovada. E tinha que repetir o ano.
Um ano depois ela apareceu novamente para fazer as provas daquele mesmo período que é o oitavo período do sistema e, mais uma vez, ela foi reprovada. E teve que repetir o ano de novo.
E esse ano ela simplesmente não apareceu para poder fazer as provas e sabia que, portanto, tinha se dado mal novamente. E sabia que estava mais uma vez, pela terceira vez, fracassando. E teria que, novamente, repetir as suas aulas daquele ano, de novo para a vergonha, diante de todos os seus colegas da turma.
O Fardo da Sensação de Fracasso.
E, nesse momento, eu resolvi dar uma ordem. Muitas vezes um dos grandes problemas que pequenos jovens passam é esse de um sentido de uma sensação de fracasso, que pode trazer humilhação para a vida dele, que pode trazer a frustração para os seus corações.
Aqui então, nós tínhamos uma menina que tinha sofrido três vezes o fracasso. E já que eu tinha sido diretor de quatro grandes escolas em Bombaim, eu sabia muito bem o que é que aquela moça estava passando.
Para tornar isso ainda pior, o seu irmão mais velho, que era uma figura de pai para ela, disse para ela: “se você fracassar uma terceira vez, eu não quero nem ver a sua cara. Você pode muito bem sair e se matar.”
O Fardo da Rejeição, Recriminação.
E esse é um segundo tipo de fardo que um jovem pode sofrer, quando eles esperam algum tipo de conforto nos seus fracassos e nas suas falhas, especialmente dos seus pais ou da própria família, e acabam recebendo o contrário.
E ali estava um irmão, que era como um pai para ela, dizendo essas palavras: “se você fracassar uma terceira vez eu não quero nem ver a sua cara”.
Isso é como uma rejeição. E pior ainda, o que ele disse para ela: “você pode muito bem de sair e se matar.”
Isso é como uma maldição.
E, lamentavelmente, isso é tão comum entre as famílias. Nós podemos fazer a situação ainda pior através do nosso não entendimento da necessidade de confortar aqueles que precisam.
E aí, o que é que eu podia fazer? É muito difícil conseguir falar com crianças e principalmente pré-adolescentes. Porque diferentemente de adultos, pré- adolescentes, às vezes, não entendem o que se fala para eles.
E, de repente, eu fui inspirado pelo Espírito Santo, para falar para ela dessa forma, eu disse para ela: “bem, você vai fracassar uma terceira vez. E eu quero que você louve a Deus por estar fracassando uma terceira vez”.
Obviamente ela não faria isso. Ela deve ter ficado ainda mais perturbada que eu falei isso para ela. Mas quando ela viu que eu estava falando com autoridade, quando eu disse para ela: “eu não estou falando para você agora não como um padre, que diria para você ter coisas santas ou coisas sobre a religião, mas como um ex-diretor de escola, como um educador. E eu quero dizer para você que passar na oitava série não é a coisa mais importante da vida”.
Crianças que ouvem aos adultos, se o adulto fala para a criança com amor e com autoridade, e ela sabia que eu estava conversando com ela com muita compaixão, e também viu que eu estava falando com ela com autoridade. E, portanto quando eu disse para ela: “eu quero que agora você louve a Deus por estar fracassando uma terceira vez, porque passar na oitava série não é a coisa mais importante da vida”.
Levou um tempinho até que ela decidisse fazer aquilo que eu estava pedindo que ela fizesse. E aí ela começou a louvar a Deus espontaneamente, que ela iria fracassar a terceira vez.
Depois disso, ela sentou-se e aí eu disse: “eu quero te dar um copo de água como um sinal que o Espírito Santo vai trazer uma completa cura na sua vida.”
Eu abençoei a água e ela pulou para pegar um copo de água e ela começou a beber naquele copo de água avidamente. Ela devia estar com muita sede. Depois de tomar um ou dois goles ela colocou o copo de água para o lado e dizendo: “eu não quero essa água, é água suja!”
E aí eu virei para os líderes carismáticos que estavam lá: “façam-na beber essa água”.
E aí eles colocaram o copo de água na boca dela e forçaram-na a beber aquele copo de água. E aí ela começou a beber naquele copo de água avidamente. E aí, então, ela ficou calma.
E aí eu disse para eles: “agora vocês podem ir embora”, mas ela não se levantava.
Eu disse para ela: “eu tenho que ver outras pessoas”.
Ela se levantou, mas continuou ali, de pé.
E eu falei para ela: “você tem que sair da sala para que outras pessoas possam entrar.” Mas ela não saía.
E aí eu perguntei para ela: “o que mais você quer?” e ela disse “eu quero chorar”.
E aí eu disse: “então, chora”. E aí ela caiu sobre o meu colo e começou a chorar tão alto, como o que tem acontecido durante toda esta semana aqui na Canção Nova, que os padres da paróquia vieram para a minha sala, para descobrir o que é que estava acontecendo. Por que é que eu estava fazendo aquela garota chorar tanto?
E aí, depois de chorar, ela ficou mais quieta, mais em paz, e aí saiu.
O Testemunho.
Naquela noite, quando eu estava celebrando a cerimônia numa praça pública em frente à igreja, ela veio para o palco para me dizer que ela gostaria de dar o testemunho daquilo que Deus havia feito na vida dela. E ela disse três coisas:
Número um, de que na hora que eu estava rezando por ela, ela percebeu, chegou a perceber que ela e a família dela estavam envolvidas com prática de ocultismo. A sua mãe havia levado-a para todos os templos, tinha-a levado para todos os feiticeiros porque ela estava sempre fracassando nas suas aulas. E aí ela percebeu que ela e a mãe dela tinham feito a coisa errada. E aí renunciou às práticas de ocultismo que a sua família havia feito.
E em segundo lugar, enquanto ela estava chorando, todo o seu ódio que estava em seu coração pelo seu irmão desapareceu e ela se preencheu com um grande amor novamente pelo seu irmão.
E em terceiro lugar, quando ela saiu da minha sala, novamente ela sentiu sede e ela encheu um copo de água e queria voltar para mim para eu abençoar aquele copo de água que ela tinha enchido novamente. Mas como já tinha uma pessoa dentro da sala, aí ela se virou para o céu e disse “Jesus, abençoe esta água” e quando ela bebeu aquela água, estava até muito mais doce que do que a água que eu havia abençoado.
E aí, ela soube, ela soube que o Senhor havia completado o trabalho de cura e libertação na vida dela. Vamos bater palmas pelo que o Senhor fez para ela. (aplausos.)

Um Momento de Vida Difícil: a Pré-Adolescência.
Eu comecei contando essa história porque há um momento na nossa vida que é um momento difícil. Quando nós somos muito pequenos falamos todos os nossos problemas para o nosso papai e para a nossa mamãe. Mas quando nós somos grandes, pensamos que podemos lidar com os problemas por nós mesmos. Mas quando nós somos crianças crescidas ou pré-adolescentes, sabemos que nós não somos mais crianças, mas ainda não somos adultos.
E aí nós não sabemos o que fazer. E é nesse momento da vida que nós precisamos mais da ajuda dos pais.
De outra maneira, o pré-adolescente vai aos seus melhores amigos buscando ajuda. Ou se baseia naquilo que ele vê na televisão ou na Internet. E às vezes se encaminham para o caminho errado.

Jesus Abençoava as Criancinhas.
Uma das histórias mais bonitas da bíblia é quando as mães levavam os seus filhos para Jesus para que Jesus os abençoasse.
E os apóstolos ficavam chateados, meio com raiva, e tentavam impedir que as mães levassem os seus filhos até Jesus. E o que é que Jesus fazia?
É uma das poucas vezes que nós lemos na bíblia que Jesus ficava com raiva, com raiva dos seus próprios apóstolos. E aí virava se para eles e falava: “não impeça que as crianças cheguem até mim”. Isso é uma das coisas mais bonitas que Jesus falou, “permitam que as criancinhas venham até mim”.
E aí ele deu as razões. Por que? Para que os adultos pertencessem ao Reino de Deus...
Nenhuma outra religião, de uma certa forma, falou tal frase.
E Jesus completa a frase, que “... o Reino de Deus pertence às crianças”.
E quando Jesus tentava definir o que era o céu e o que era o inferno, ele usava o exemplo de crianças.
Por exemplo, para nos dizer o que um pecado é, é isso que ele falava: “qualquer um que escandalize um desses pequenos e, principalmente, alguém que venha a falar coisas para ele, ou conduzir uma criança a pecar, seria o melhor atar um nó ao seu pescoço, um peso bem pesado ao seu pescoço e se jogasse nas profundezas do mar“.
Crimes Contra Crianças: Fazê-las Pecar.
Para a bíblia um dos maiores pecados é fazer com que uma criança peque.
Em primeiro lugar o pecado destrói vidas até mesmo antes do nascimento de uma criança. O pecado do aborto. E eu posso falar para vocês muitas histórias de como o aborto tem uma influência muito negativa sobre famílias no mundo inteiro.
Crimes Contra Crianças: Abandoná-las.
O segundo pecado contra crianças é o de abandoná-las quando elas são pequenas. Quando o pai ou a mãe, ou até mesmo ambos, abandonam a criança e deixam aquela criança com seus avós ou mesmo no orfanato, e não percebem o grande malefício que eles estão fazendo.
Porque tal pessoa que sofreu esse tipo de coisa jamais esquecerá essa situação até que morra. Talvez até essa pessoa jamais possa dar o perdão para o que aconteceu às pessoas que estavam envolvidas, até que ele possa participar de um retiro como esse e fazer uma cura interior.
Crimes Contra Crianças: Abuso Sexual.
E a terceira e a pior das coisas possíveis é o abuso sexual de crianças. Precisamente porque um adulto pode tomar a vantagem da inocência de uma pequena criança. É o pecado da decepção. É o pecado de se utilizar da confiança da criança para destruí-la.
Sabemos que satanás tem feito muito trabalho no mundo através do abuso sexual de crianças, que é uma epidemia no mundo.

Caso: o Desaparecimento de Crianças na Índia.
Uma das piores coisas que aconteceu na Índia há alguns meses atrás, eu fico até com vergonha de falar para vocês sobre isso.
Foi quando eles descobriram que muitas crianças na capital, Nova Déli, estavam desaparecendo. Mas a polícia não percebeu, não deu muita importância a isso. Até que, um dia, descobriram o corpo de uma criança em uma vala. E aí, quando a polícia foi investigar, encontrou os corpos de muitas crianças, perto da casa de um dos homens mais ricos de Nova Déli.
E aí descobriram como é que as crianças estavam sendo levadas para essa casa e não depois eram mais vistas. E os pais tentavam achar as crianças e não conseguiam achá-las. E, nessa casa, as crianças estavam sendo assassinadas.
Há três dias atrás eu vi um programa na Internet, aqui nesta cidade, lá do meu quarto, as últimas notícias a respeito desse incidente. Que o principal funcionário, que era como um confidente desse homem muito rico,  costumava levar as criancinhas para aquela casa e aí:
1.  Número um, abusava das crianças, sexualmente.
2.  Número dois, matava as crianças.
3.  Número três, comia da carne delas.
Dá para acreditar que uma coisa dessa natureza aconteça nos dias de hoje?
E para aqueles que dizem que satanás não existe, essa é uma prova de que satanás realmente existe, de fato.

Como Entrar no Céu?
Por outro lado, quando Jesus queria nos dizer como era o Céu, ou como é o Céu, ou o que precisava ser feito para entrar no Céu, o que é que ele fazia? Ele pegava uma criancinha, colocava na frente dos apóstolos, e dizia para eles: “a menos que vocês acolham o Reino de Deus como uma criança, você não poderá entrar no Reino de Deus”
E por quê? Quais são as qualidades de qualquer criança?
1.  Número um, é a Inocência. A criança não vê o mal em canto algum, a criança não deseja o mal para nada.
2.  Número dois, a criança confia, confia em todo mundo. Infelizmente, muitas vezes pode acabar confiando nas pessoas erradas.
E, portanto, é por isso que Jesus falava: “se quiser entrar no Céu, você tem que ter a mesma inocência e confiança que uma criança tem”.
E aí Jesus dá um passo a mais, quando ele diz: “a menos que você se torne como uma criancinha, você não poderá entrar no Céu.”
Então, para entrar no Céu, o que é que você precisa fazer? Tornar-se uma criancinha e ir para o jardim de infância? Não, não vão para o jardim de infância, mas tornem-se criancinhas no coração.
Mas, se você lê a bíblia na versão original, em grego, a palavra que diz: “a menos que você se transforme numa criancinha” significa exatamente isso que o Sérgio [tradutor] disse. A menos que você se transforme... o que é, na verdade dizer, você tem que se  mudar completamente, deixar de ser um adulto e começar a ser uma criança.
E é por isso que quando Jesus veio a este mundo, ele não veio como um adulto, ele nem veio como um jovem, ele veio como uma criança. E, até mesmo, na verdade, Jesus veio como um feto.
E Jesus, a partir do seu próprio exemplo, disse-nos que nós teríamos que ser como ele, uma criancinha. E, por fim, o que é que Jesus dizia quando falava a seus apóstolos a respeito de Deus?
Ele dizia “eu te agradeço, Deus, meu pai, que tenhas escondido todas essas coisas daqueles que se intitulam espertos, inteligentes e sábios, e tenha revelado estas coisas para as criancinhas, porque era isso mesmo que você queria.”
Portanto, o Cristianismo é a religião das criancinhas.
O cristianismo é a religião para as crianças.
Porque Deus, Jesus, tornou-se uma criança para que nós também pudéssemos nos tornar crianças, crianças de Deus, nosso pai. Batam palmas para Deus por essa revelação. (aplausos.)
Agora eu gostaria de terminar falando para vocês duas histórias. Uma é uma história triste e ruim, a outra é uma história bonita e linda.

Caso: a Jovem da Inglaterra – história triste.
Quando eu estava na Inglaterra, uma jovem veio me ver, para que eu pudesse rezar por ela, por uma grande mágoa que ela tinha recebido.
De quem? Do próprio pai.
Uma das maiores dores que as pessoas acabam tendo no mundo geralmente vêm dos próprios pais. Em especial do pai. E, portanto, Jesus disse: “a menos que vocês, que são pais, tornem-se como Deus-pai, não chamem a si mesmos de ‘pai’”.
Essa é uma das tantas milhares de histórias tristes que eu poderia contar para vocês. Nesses dias mesmo eu ouvi histórias similares.
Então, essa moça me veio falar a respeito de uma história triste e dolorosa que ela havia experimentado com seu próprio pai. Geralmente as pessoas narram que é uma das maiores dores que elas experimentam.
Infelizmente, quando ela era criança, o pai dela abusava dela sexualmente.
Mesmo como uma pré-adolescente e jovem, provavelmente num estado de embriaguez, e já que ele era supostamente um bom católico, o que significaria? Ele falava para ela ir para o altar da família ajoelhar-se e pedir perdão a Deus, pelo pecado dela. Imagine só!
Às vezes, quando o tempo passa, a gente nem consegue acreditar que essas coisas acontecem. Mas os pecados que ouço em todas essas histórias, o que é que eu posso fazer?
Normalmente as pessoas me contam essas histórias porque eles acham que é a última esperança. Um pai, violentando a sua filha e depois dizer para a filha “você cometeu um pecado, vá pedir perdão a Deus”...

Caso: o Menino Endiabrado.
E agora, uma história bonita.
Eu estava dando um retiro para as freiras de uma certa congregação. E depois do retiro eles me pediram que eu conduzisse uma cerimônia de cura.
Por acaso era exatamente a época da festa da Sagrada Família, um dia muito bom para se ter uma cerimônia de cura. E portanto eu fiz a cerimônia.
As pessoas se aproximavam uma após a outra e eu perguntava a elas “o que é que você quer?” e aí as pessoas diziam o que elas queriam: talvez uma cura física, talvez o emprego, talvez passar nas provas.
E aí uma mãe chegou com um filho, o seu filho, talvez com uns nove, dez anos de idade.
E aí eu perguntei para aquela mãe: “o que é que você quer que eu reze para o seu filho?”
E ela disse: “padre, eu gostaria que o senhor rezasse para que ele se tornasse um bom menino, porque ele é um diabinho.”
E aí eu olhei para o rapaz para ver se tinha algum rabo ou algum chifre e eu não podia ver rabo algum e não consegui ver nenhum chifre.
É aí eu perguntei para a mãe: “porque é que você o chama de diabinho?”  
“Ah, porque... porque ele não fica junto com a gente na hora que a gente reza o terço. Na verdade, quando a gente começa a rezar o terço, ele apaga as velas, ele bate nas imagens e nunca se junta à família nos momentos de oração.
“Quando ele fica nervoso ele fica tão forte que nem três homens conseguem segurar. Normalmente ele acaba saindo de casa, correndo.
E volta para casa depois de dois ou três dias. A gente fica tão apreensiva que não sabemos aonde ele vai parar.”
E aí ela me disse “padre, reze por ele, porque ele é um diabinho.”
E aí eu coloquei as minhas mãos sobre a cabeça dele, rezei por ele e aí eu disse: “bom, agora eu tenho certeza que ele vai se tornar um bom menino.”
E aí eu percebi, eu percebi que a sua mão direita estava entortada e fraca. De alguma forma, deformada.
E aí eu perguntei para ela: “porque é que seu filho é assim?”
E ela me disse: “ele tem sido assim desde o seu nascimento. E, portanto, ele nunca usa a sua mão direita. Ele escreve com a mão esquerda, ele jogar críquete com a sua mão esquerda, até come com a mão esquerda”.
E aí eu disse para ela: “eu esperava que você me pedisse para eu rezar pela cura da mão direita dele”.
E ela disse: “não, reze para ele, para que ele fique um bom menino. Porque ele é um diabinho”.
E aí eu disse para ela então: “eu já rezei para que ele se torne um bom menino. Agora eu gostaria de rezar pela cura da mão direita dele.”
E quando eu estava rezando pela sua mão, eu me lembrei da história de Jesus acolhendo as criancinhas, mesmo que os apóstolos quisessem afastá-las.
E eu disse:
“Jesus, o que você fez pelas crianças, na sua época, faça por essa criança aqui e agora, acolha-o, coloque as tuas mãos sobre ele e cure-o, Senhor”.
E enquanto eu estava rezando pela mão do menino, ele viu aquela imagem de Jesus acolhendo-o, colocando-o no seu colo, abraçando-o, beijando-o, e colocando a sua mão sobre ele. Rezando por ele.
De repente eu comecei a ver o braço e a mão dele ficar reta e bem formada. Quando eu olhei então, finalmente, para a sua mão com mais atenção, a sua mão estava completamente curada e liberta daquilo. Uma salva de palmas para o Senhor. (aplausos.)
Como sempre, esse não é o final da história. No dia seguinte, a mãe veio com seu filho e ela me disse o que tinha acontecido. Quando eles voltaram para casa e o garoto, ele próprio, lembrou à família que era hora de rezar o terço. (aplausos.)
Ele próprio acendeu as velas, ajeitou as imagens do altar, e começou o terço ele mesmo. Ele se transformou. E aí, naquela manhã, ele mesmo que estava pedindo à mãe que o levasse para a igreja.
E ficou lá na capela por uma hora e aí, quando ela se aproximou de mim, e sussurrou no meu ouvido: “Ontem, quando nós voltamos para casa, o meu filho me disse que quando o senhor estava rezando por ele, ele viu Jesus aparecer para ele e falar para ele: “agora que a sua mãe te trouxe até o padre para fazer de você um bom menino, eu não farei de você apenas um bom menino, mas curarei a tua mão”.
E foi isso que eu vi na minha frente acontecer. Agora vocês podem bater palmas. (aplausos.)

Conclusão.
É por isso que Jesus diz “buscai o Reino de Deus e tudo o mais lhe será dado.” A mãe não veio em busca da cura da mão o menino. Ela só veio para que o menino se transformasse em um bom menino. E aí o Senhor completou a cura sem mesmo que isso fosse pedido. Uma cura completa.
E é por isso que lemos na bíblia que “a menos que nos tornemos como criancinhas, não poderemos entrar no Reino de Deus.”
E o pai disse, e Jesus falou o que o Pai disse: “eu te agradeço Senhor, meu Pai, de ter escondido essas coisas daqueles que se acham sábios e inteligentes e tenha revelado-as para as criancinhas. Porque a eles pertence o Reino de Deus”. Amém. (aplausos.) 

2007 (2a. temporada)
  1. Alegria Cristã - 21/09/2007 - 20h00
  2. Jesus Acolhe as Criancinhas - 22/09/2007 - 09h00 <== você está aqui.
  3. Jesus Cura as Crianças - 22/09/2007 - 11h15
  4. Jovens em Busca da Felicidade - 22/09/2007 - 14h00
  5. Jejum e Oração - 22/09/2007 - 16h30
  6. Cura e Libertação da Árvore Familiar - 23/09/2007 - 09h00
  7. Libertação de Casais e Alcoolismo - 23/09/2007 - 11h15
  8. Como se Tornar um Evangelizador - 23/09/2007 - 15h00

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