Jesus
Acolhe As Criancinhas
Por Pe. Rufus Pereira
Bem, hoje, como me disseram, é o
início da primavera. Mas, no hemisfério norte, a Índia no caso, é o início do
inverno. Então, enquanto no hemisfério norte nós estamos nos preparando para o
frio que está chegando, aqui, no hemisfério sul, as pessoas estão esperando
pelo sol, pelo calor do sol.
E na tradição cristã a primavera é
sempre associada com a ressurreição. E nesses dois dias que estaremos juntos,
nós estaremos celebrando a primavera do Cristianismo. Muito embora exista uma
diferença entre o exato momento, o tempo certo das estações do ano do
hemisfério norte para o hemisfério sul, mas tempo e lugar não é tão importante quanto
a eternidade.
Eu gostaria de começar essa
primeira fala contando a vocês a respeito de um incidente, para nos tornar
conscientes de que Jesus veio nos tirar da situação de frio e da aridez para o
aconchego do calor da esperança.
Retiro em
Goa.
Eu estava dando um retiro em Goa,
uma ex-colônia de Portugal. Era na paróquia, na igreja do Espírito Santo. As
noites eram direcionadas para as palestras. E as manhãs eram reservadas para
aconselhamento e para aqueles que quisessem orações, ou até mesmo para as
confissões.
E à medida que eu estava terminando
os trabalhos junto com a pessoa que estava comigo, e estava aguardando a
próxima pessoa que iria entrar na minha sala, de repente, houve uma comoção na
porta e eu vi três líderes da renovação carismática trazendo uma jovem para
dentro da sala. Na verdade eles não estavam trazendo, mas quase arrastando para
dentro da sala.
E essa garota estava chorando,
gritando muito. “Deixem-me! Quero ir embora! Eu quero ir para lá!” e ela ficava
apontando para uma certa direção. Ela dizia “eu quero ir para lá” e aí eu
perguntei a uma das pessoas “para aonde ela quer ir?” e eles me disseram que
ela estava apontando para o cemitério.
E aí eles disseram o que havia
acontecido. Eles estavam indo para a igreja, para me ajudar no aconselhamento
de pessoas e, quando eles estavam passando pelo cemitério, eles viram essa
moça, dentro do cemitério, com uma lâmina na sua mão, quase pronta para cortar
os seus pulsos. E eles conseguiram parar, interromper, não permitir que ela
fizesse aquilo.
E aí a trouxeram para mim. E aí eu
a segurei pelas mãos e perguntei para ela “por que é que você quer se matar?”
Mas ela não respondeu nada. Mas eu insisti perguntando aquela pergunta. E aí,
finalmente, ela começou a desfolhear a sua história.
Ela tinha entre 12 a 13
anos de idade e aí ela me disse como, há dois anos antes, ela havia aparecido
para as provas finais do seu colégio de internato. E ela havia sido reprovada.
E tinha que repetir o ano.
Um ano depois ela apareceu
novamente para fazer as provas daquele mesmo período que é o oitavo período do
sistema e, mais uma vez, ela foi reprovada. E teve que repetir o ano de novo.
E esse ano ela simplesmente não
apareceu para poder fazer as provas e sabia que, portanto, tinha se dado mal
novamente. E sabia que estava mais uma vez, pela terceira vez, fracassando. E
teria que, novamente, repetir as suas aulas daquele ano, de novo para a
vergonha, diante de todos os seus colegas da turma.
O Fardo da
Sensação de Fracasso.
E, nesse momento, eu resolvi dar
uma ordem. Muitas vezes um dos grandes problemas que pequenos jovens passam é
esse de um sentido de uma sensação de fracasso, que pode trazer humilhação para
a vida dele, que pode trazer a frustração para os seus corações.
Aqui então, nós tínhamos uma menina
que tinha sofrido três vezes o fracasso. E já que eu tinha sido diretor de
quatro grandes escolas em Bombaim, eu sabia muito bem o que é que aquela moça
estava passando.
Para tornar isso ainda pior, o seu
irmão mais velho, que era uma figura de pai para ela, disse para ela: “se você
fracassar uma terceira vez, eu não quero nem ver a sua cara. Você pode muito
bem sair e se matar.”
O Fardo da
Rejeição, Recriminação.
E esse é um segundo tipo de fardo
que um jovem pode sofrer, quando eles esperam algum tipo de conforto nos seus
fracassos e nas suas falhas, especialmente dos seus pais ou da própria família,
e acabam recebendo o contrário.
E ali estava um irmão, que era como
um pai para ela, dizendo essas palavras: “se você fracassar uma terceira vez eu
não quero nem ver a sua cara”.
Isso é como uma rejeição. E pior
ainda, o que ele disse para ela: “você pode muito bem de sair e se matar.”
Isso é como uma maldição.
E, lamentavelmente, isso é tão
comum entre as famílias. Nós podemos fazer a situação ainda pior através do
nosso não entendimento da necessidade de confortar aqueles que precisam.
E aí, o que é que eu podia fazer? É
muito difícil conseguir falar com crianças e principalmente pré-adolescentes.
Porque diferentemente de adultos, pré- adolescentes, às vezes, não entendem o
que se fala para eles.
E, de repente, eu fui inspirado
pelo Espírito Santo, para falar para ela dessa forma, eu disse para ela: “bem,
você vai fracassar uma terceira vez. E eu quero que você louve a Deus por estar
fracassando uma terceira vez”.
Obviamente ela não faria isso. Ela
deve ter ficado ainda mais perturbada que eu falei isso para ela. Mas quando
ela viu que eu estava falando com autoridade, quando eu disse para ela: “eu não
estou falando para você agora não como um padre, que diria para você ter coisas
santas ou coisas sobre a religião, mas como um ex-diretor de escola, como um
educador. E eu quero dizer para você que passar na oitava série não é a coisa mais
importante da vida”.
Crianças que ouvem aos adultos, se
o adulto fala para a criança com amor e com autoridade, e ela sabia que eu
estava conversando com ela com muita compaixão, e também viu que eu estava
falando com ela com autoridade. E, portanto quando eu disse para ela: “eu quero
que agora você louve a Deus por estar fracassando uma terceira vez, porque
passar na oitava série não é a coisa mais importante da vida”.
Levou um tempinho até que ela
decidisse fazer aquilo que eu estava pedindo que ela fizesse. E aí ela começou
a louvar a Deus espontaneamente, que ela iria fracassar a terceira vez.
Depois disso, ela sentou-se e aí eu
disse: “eu quero te dar um copo de água como um sinal que o Espírito Santo vai
trazer uma completa cura na sua vida.”
Eu abençoei a água e ela pulou para
pegar um copo de água e ela começou a beber naquele copo de água avidamente.
Ela devia estar com muita sede. Depois de tomar um ou dois goles ela colocou o
copo de água para o lado e dizendo: “eu não quero essa água, é água suja!”
E aí eu virei para os líderes
carismáticos que estavam lá: “façam-na beber essa água”.
E aí eles colocaram o copo de água
na boca dela e forçaram-na a beber aquele copo de água. E aí ela começou a
beber naquele copo de água avidamente. E aí, então, ela ficou calma.
E aí eu disse para eles: “agora
vocês podem ir embora”, mas ela não se levantava.
Eu disse para ela: “eu tenho que
ver outras pessoas”.
Ela se levantou, mas continuou ali,
de pé.
E eu falei para ela: “você tem que
sair da sala para que outras pessoas possam entrar.” Mas ela não saía.
E aí eu perguntei para ela: “o que
mais você quer?” e ela disse “eu quero chorar”.
E aí eu disse: “então, chora”. E aí
ela caiu sobre o meu colo e começou a chorar tão alto, como o que tem
acontecido durante toda esta semana aqui na Canção Nova, que os padres da
paróquia vieram para a minha sala, para descobrir o que é que estava
acontecendo. Por que é que eu estava fazendo aquela garota chorar tanto?
E aí, depois de chorar, ela ficou
mais quieta, mais em paz, e aí saiu.
O
Testemunho.
Naquela noite, quando eu estava
celebrando a cerimônia numa praça pública em frente à igreja, ela veio para o
palco para me dizer que ela gostaria de dar o testemunho daquilo que Deus havia
feito na vida dela. E ela disse três coisas:
Número um, de que na hora que eu
estava rezando por ela, ela percebeu, chegou a perceber que ela e a família
dela estavam envolvidas com prática de ocultismo. A sua mãe havia levado-a para
todos os templos, tinha-a levado para todos os feiticeiros porque ela estava
sempre fracassando nas suas aulas. E aí ela percebeu que ela e a mãe dela
tinham feito a coisa errada. E aí renunciou às práticas de ocultismo que a sua
família havia feito.
E em segundo lugar, enquanto ela
estava chorando, todo o seu ódio que estava em seu coração pelo seu irmão
desapareceu e ela se preencheu com um grande amor novamente pelo seu irmão.
E em terceiro lugar, quando ela
saiu da minha sala, novamente ela sentiu sede e ela encheu um copo de água e
queria voltar para mim para eu abençoar aquele copo de água que ela tinha
enchido novamente. Mas como já tinha uma pessoa dentro da sala, aí ela se virou
para o céu e disse “Jesus, abençoe esta água” e quando ela bebeu aquela água,
estava até muito mais doce que do que a água que eu havia abençoado.
E aí, ela soube, ela soube que o
Senhor havia completado o trabalho de cura e libertação na vida dela. Vamos
bater palmas pelo que o Senhor fez para ela. (aplausos.)
Um Momento
de Vida Difícil: a Pré-Adolescência.
Eu comecei contando essa história
porque há um momento na nossa vida que é um momento difícil. Quando nós somos
muito pequenos falamos todos os nossos problemas para o nosso papai e para a
nossa mamãe. Mas quando nós somos grandes, pensamos que podemos lidar com os
problemas por nós mesmos. Mas quando nós somos crianças crescidas ou
pré-adolescentes, sabemos que nós não somos mais crianças, mas ainda não somos
adultos.
E aí nós não sabemos o que fazer. E
é nesse momento da vida que nós precisamos mais da ajuda dos pais.
De outra maneira, o pré-adolescente
vai aos seus melhores amigos buscando ajuda. Ou se baseia naquilo que ele vê na
televisão ou na Internet. E às vezes se encaminham para o caminho errado.
Jesus Abençoava
as Criancinhas.
Uma das histórias mais bonitas da
bíblia é quando as mães levavam os seus filhos para Jesus para que Jesus os
abençoasse.
E os apóstolos ficavam chateados,
meio com raiva, e tentavam impedir que as mães levassem os seus filhos até
Jesus. E o que é que Jesus fazia?
É uma das poucas vezes que nós lemos
na bíblia que Jesus ficava com raiva, com raiva dos seus próprios apóstolos. E
aí virava se para eles e falava: “não impeça que as crianças cheguem até mim”.
Isso é uma das coisas mais bonitas que Jesus falou, “permitam que as
criancinhas venham até mim”.
E aí ele deu as razões. Por que?
Para que os adultos pertencessem ao Reino de Deus...
Nenhuma outra religião, de uma
certa forma, falou tal frase.
E Jesus completa a frase, que “... o
Reino de Deus pertence às crianças”.
E quando Jesus tentava definir o que
era o céu e o que era o inferno, ele usava o exemplo de crianças.
Por exemplo, para nos dizer o que
um pecado é, é isso que ele falava: “qualquer um que escandalize um desses
pequenos e, principalmente, alguém que venha a falar coisas para ele, ou conduzir
uma criança a pecar, seria o melhor atar um nó ao seu pescoço, um peso bem
pesado ao seu pescoço e se jogasse nas profundezas do mar“.
Crimes
Contra Crianças: Fazê-las Pecar.
Para a bíblia um dos maiores
pecados é fazer com que uma criança peque.
Em primeiro lugar o pecado destrói
vidas até mesmo antes do nascimento de uma criança. O pecado do aborto. E eu
posso falar para vocês muitas histórias de como o aborto tem uma influência
muito negativa sobre famílias no mundo inteiro.
Crimes
Contra Crianças: Abandoná-las.
O segundo pecado contra crianças é
o de abandoná-las quando elas são pequenas. Quando o pai ou a mãe, ou até mesmo
ambos, abandonam a criança e deixam aquela criança com seus avós ou mesmo no
orfanato, e não percebem o grande malefício que eles estão fazendo.
Porque tal pessoa que sofreu esse
tipo de coisa jamais esquecerá essa situação até que morra. Talvez até essa
pessoa jamais possa dar o perdão para o que aconteceu às pessoas que estavam
envolvidas, até que ele possa participar de um retiro como esse e fazer uma
cura interior.
Crimes
Contra Crianças: Abuso Sexual.
E a terceira e a pior das coisas
possíveis é o abuso sexual de crianças. Precisamente porque um adulto pode
tomar a vantagem da inocência de uma pequena criança. É o pecado da decepção. É
o pecado de se utilizar da confiança da criança para destruí-la.
Sabemos que satanás tem feito muito
trabalho no mundo através do abuso sexual de crianças, que é uma epidemia no
mundo.
Caso: o
Desaparecimento de Crianças na Índia.
Uma das piores coisas que aconteceu
na Índia há alguns meses atrás, eu fico até com vergonha de falar para vocês
sobre isso.
Foi quando eles descobriram que
muitas crianças na capital, Nova Déli, estavam desaparecendo. Mas a polícia não
percebeu, não deu muita importância a isso. Até que, um dia, descobriram o
corpo de uma criança em uma vala. E aí, quando a polícia foi investigar,
encontrou os corpos de muitas crianças, perto da casa de um dos homens mais
ricos de Nova Déli.
E aí descobriram como é que as
crianças estavam sendo levadas para essa casa e não depois eram mais vistas. E
os pais tentavam achar as crianças e não conseguiam achá-las. E, nessa casa, as
crianças estavam sendo assassinadas.
Há três dias atrás eu vi um
programa na Internet, aqui nesta cidade, lá do meu quarto, as últimas notícias
a respeito desse incidente. Que o principal funcionário, que era como um
confidente desse homem muito rico, costumava
levar as criancinhas para aquela casa e aí:
1.
Número um, abusava das crianças, sexualmente.
2.
Número dois, matava as crianças.
3.
Número três, comia da carne delas.
Dá para acreditar que uma coisa
dessa natureza aconteça nos dias de hoje?
E para aqueles que dizem que
satanás não existe, essa é uma prova de que satanás realmente existe, de fato.
Como Entrar
no Céu?
Por outro lado, quando Jesus queria
nos dizer como era o Céu, ou como é o Céu, ou o que precisava ser feito para
entrar no Céu, o que é que ele fazia? Ele pegava uma criancinha, colocava na
frente dos apóstolos, e dizia para eles: “a menos que vocês acolham o Reino de
Deus como uma criança, você não poderá entrar no Reino de Deus”
E por quê? Quais são as qualidades
de qualquer criança?
1.
Número um, é a Inocência. A criança não vê o mal em
canto algum, a criança não deseja o mal para nada.
2.
Número dois, a criança confia, confia em todo mundo.
Infelizmente, muitas vezes pode acabar confiando nas pessoas erradas.
E, portanto, é por isso que Jesus
falava: “se quiser entrar no Céu, você tem que ter a mesma inocência e
confiança que uma criança tem”.
E aí Jesus dá um passo a mais,
quando ele diz: “a menos que você se torne como uma criancinha, você não poderá
entrar no Céu.”
Então, para entrar no Céu, o que é
que você precisa fazer? Tornar-se uma criancinha e ir para o jardim de
infância? Não, não vão para o jardim de infância, mas tornem-se criancinhas no
coração.
Mas, se você lê a bíblia na versão
original, em grego, a palavra que diz: “a menos que você se transforme numa
criancinha” significa exatamente isso que o Sérgio [tradutor] disse. A menos
que você se transforme... o que
é, na verdade dizer, você tem que se mudar completamente, deixar de ser
um adulto e começar a ser uma criança.
E é por isso que quando Jesus veio
a este mundo, ele não veio como um adulto, ele nem veio como um jovem, ele veio
como uma criança. E, até mesmo, na verdade, Jesus veio como um feto.
E Jesus, a partir do seu próprio
exemplo, disse-nos que nós teríamos que ser como ele, uma criancinha. E, por
fim, o que é que Jesus dizia quando falava a seus apóstolos a respeito de Deus?
Ele dizia “eu te agradeço, Deus,
meu pai, que tenhas escondido todas essas coisas daqueles que se intitulam
espertos, inteligentes e sábios, e tenha revelado estas coisas para as
criancinhas, porque era isso mesmo que você queria.”
Portanto, o Cristianismo é a religião
das criancinhas.
O cristianismo é a religião para as
crianças.
Porque Deus, Jesus, tornou-se uma
criança para que nós também pudéssemos nos tornar crianças, crianças de Deus,
nosso pai. Batam palmas para Deus por essa revelação. (aplausos.)
Agora eu gostaria de terminar
falando para vocês duas histórias. Uma é uma história triste e ruim, a outra é
uma história bonita e linda.
Caso: a
Jovem da Inglaterra – história triste.
Quando eu estava na Inglaterra, uma
jovem veio me ver, para que eu pudesse rezar por ela, por uma grande mágoa que
ela tinha recebido.
De quem? Do próprio pai.
Uma das maiores dores que as
pessoas acabam tendo no mundo geralmente vêm dos próprios pais. Em especial do
pai. E, portanto, Jesus disse: “a menos que vocês, que são pais, tornem-se como
Deus-pai, não chamem a si mesmos de ‘pai’”.
Essa é uma das tantas milhares de
histórias tristes que eu poderia contar para vocês. Nesses dias mesmo eu ouvi
histórias similares.
Então, essa moça me veio falar a
respeito de uma história triste e dolorosa que ela havia experimentado com seu
próprio pai. Geralmente as pessoas narram que é uma das maiores dores que elas
experimentam.
Infelizmente, quando ela era
criança, o pai dela abusava dela sexualmente.
Mesmo como uma pré-adolescente e
jovem, provavelmente num estado de embriaguez, e já que ele era supostamente um
bom católico, o que significaria? Ele falava para ela ir para o altar da
família ajoelhar-se e pedir perdão a Deus, pelo pecado dela. Imagine só!
Às vezes, quando o tempo passa, a
gente nem consegue acreditar que essas coisas acontecem. Mas os pecados que
ouço em todas essas histórias, o que é que eu posso fazer?
Normalmente as pessoas me contam
essas histórias porque eles acham que é a última esperança. Um pai, violentando
a sua filha e depois dizer para a filha “você cometeu um pecado, vá pedir
perdão a Deus”...
Caso: o
Menino Endiabrado.
E agora, uma história bonita.
Eu estava dando um retiro para as
freiras de uma certa congregação. E depois do retiro eles me pediram que eu
conduzisse uma cerimônia de cura.
Por acaso era exatamente a época da
festa da Sagrada Família, um dia muito bom para se ter uma cerimônia de cura. E
portanto eu fiz a cerimônia.
As pessoas se aproximavam uma após
a outra e eu perguntava a elas “o que é que você quer?” e aí as pessoas diziam
o que elas queriam: talvez uma cura física, talvez o emprego, talvez passar nas
provas.
E aí uma mãe chegou com um filho, o
seu filho, talvez com uns nove, dez anos de idade.
E aí eu perguntei para aquela mãe:
“o que é que você quer que eu reze para o seu filho?”
E ela disse: “padre, eu gostaria
que o senhor rezasse para que ele se tornasse um bom menino, porque ele é um
diabinho.”
E aí eu olhei para o rapaz para ver
se tinha algum rabo ou algum chifre e eu não podia ver rabo algum e não
consegui ver nenhum chifre.
É aí eu perguntei para a mãe:
“porque é que você o chama de diabinho?”
“Ah, porque... porque ele não fica
junto com a gente na hora que a gente reza o terço. Na verdade, quando a gente
começa a rezar o terço, ele apaga as velas, ele bate nas imagens e nunca se
junta à família nos momentos de oração.
“Quando ele fica nervoso ele fica
tão forte que nem três homens conseguem segurar. Normalmente ele acaba saindo
de casa, correndo.
E volta para casa depois de dois ou
três dias. A gente fica tão apreensiva que não sabemos aonde ele vai parar.”
E aí ela me disse “padre, reze por
ele, porque ele é um diabinho.”
E aí eu coloquei as minhas mãos
sobre a cabeça dele, rezei por ele e aí eu disse: “bom, agora eu tenho certeza
que ele vai se tornar um bom menino.”
E aí eu percebi, eu percebi que a
sua mão direita estava entortada e fraca. De alguma forma, deformada.
E aí eu perguntei para ela: “porque
é que seu filho é assim?”
E ela me disse: “ele tem sido assim
desde o seu nascimento. E, portanto, ele nunca usa a sua mão direita. Ele
escreve com a mão esquerda, ele jogar críquete com a sua mão esquerda, até come
com a mão esquerda”.
E aí eu disse para ela: “eu
esperava que você me pedisse para eu rezar pela cura da mão direita dele”.
E ela disse: “não, reze para ele,
para que ele fique um bom menino. Porque ele é um diabinho”.
E aí eu disse para ela então: “eu
já rezei para que ele se torne um bom menino. Agora eu gostaria de rezar pela
cura da mão direita dele.”
E quando eu estava rezando pela sua
mão, eu me lembrei da história de Jesus acolhendo as criancinhas, mesmo que os
apóstolos quisessem afastá-las.
E eu disse:
“Jesus, o que você fez
pelas crianças, na sua época, faça por essa criança aqui e agora, acolha-o,
coloque as tuas mãos sobre ele e cure-o, Senhor”.
E enquanto eu estava rezando pela
mão do menino, ele viu aquela imagem de Jesus acolhendo-o, colocando-o no seu
colo, abraçando-o, beijando-o, e colocando a sua mão sobre ele. Rezando por
ele.
De repente eu comecei a ver o braço
e a mão dele ficar reta e bem formada. Quando eu olhei então, finalmente, para
a sua mão com mais atenção, a sua mão estava completamente curada e liberta
daquilo. Uma salva de palmas para o Senhor. (aplausos.)
Como sempre, esse não é o final da
história. No dia seguinte, a mãe veio com seu filho e ela me disse o que tinha
acontecido. Quando eles voltaram para casa e o garoto, ele próprio, lembrou à
família que era hora de rezar o terço. (aplausos.)
Ele próprio acendeu as velas,
ajeitou as imagens do altar, e começou o terço ele mesmo. Ele se transformou. E
aí, naquela manhã, ele mesmo que estava pedindo à mãe que o levasse para a
igreja.
E ficou lá na capela por uma hora e
aí, quando ela se aproximou de mim, e sussurrou no meu ouvido: “Ontem, quando
nós voltamos para casa, o meu filho me disse que quando o senhor estava rezando
por ele, ele viu Jesus aparecer para ele e falar para ele: “agora que a sua mãe
te trouxe até o padre para fazer de você um bom menino, eu não farei de você
apenas um bom menino, mas curarei a tua mão”.
E foi isso que eu vi na minha
frente acontecer. Agora vocês podem bater palmas. (aplausos.)
Conclusão.
É por isso que Jesus diz “buscai o
Reino de Deus e tudo o mais lhe será dado.” A mãe não veio em busca da cura da
mão o menino. Ela só veio para que o menino se transformasse em um bom menino.
E aí o Senhor completou a cura sem mesmo que isso fosse pedido. Uma cura
completa.
E é por isso que lemos na bíblia
que “a menos que nos tornemos como criancinhas, não poderemos entrar no Reino
de Deus.”
E o pai disse, e Jesus falou o que
o Pai disse: “eu te agradeço Senhor, meu Pai, de ter escondido essas coisas
daqueles que se acham sábios e inteligentes e tenha revelado-as para as
criancinhas. Porque a eles pertence o Reino de Deus”. Amém. (aplausos.)
2007 (2a. temporada)
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