Este é o Meu Filho Amado.
Por Padre Rufus Pereira
Queridos irmãos
e irmãs em nosso Senhor Jesus Cristo, depois da pequena introdução
que nós demos ontem, tanto para o grupo de intercessores e dando a homilia da
missa ontem, eu conduzi vocês numa oração depois da sagrada eucaristia.
Nossa Fé é
Baseada Naquilo que Deus Fala Conosco.
Começando o dia
de hoje do nosso retiro, eu queria começar trazendo a atenção de vocês que
nossa fé é baseada naquilo que Deus fala conosco.
Já nos
primeiros dias Deus falou ao povo de Israel através dos grandes profetas do
Antigo Testamento: Abraão, Moisés, Davi e também através dos profetas Jeremias
e Isaías.
E tudo aquilo
que Deus falava com os líderes profetas do Antigo Testamento foi escrito. E é
aquilo que nós chamamos de Antigo Testamento.
Qual o Lugar do
Antigo Testamento na Nossa Fé?
E é bom que a
gente saiba qual é o lugar do Antigo Testamento na nossa fé.
Certa vez um
jovem, que havia entrado na nossa fé através da renovação chegou até a mim com
a sua bíblia e dizendo: “agora eu sei o que é a palavra de Deus”. Quando eu
abri a bíblia eu percebi que ele tinha tirado as páginas do Antigo Testamento.
E isto não é correto. O Antigo Testamento é palavra de Deus para nós também,
hoje.
Portanto nós
devemos evitar dois extremos: aqueles que desprezam e consideram o testamento,
o Antigo Testamento, apenas como história e outros que, como cristãos de outras
denominações, muitos dos quais se referem às passagens do Antigo Testamento
muito mais do que o Novo Testamento.
A atitude
correta é a atitude da Igreja Católica, onde aquele belo documento sobre a
revelação divina, chamado Dei Verbum (Palavra de Deus), lá
está neste documento, no segundo capítulo, que o Antigo Testamento é uma
preparação para o Novo Testamento. Portanto, o Antigo Testamento tem que ter um
lugar correto na nossa fé.
Então você tem
o Novo Testamento, que consiste nos quatro evangelhos e nas cartas. E as cartas
são um importante testemunho para a fé na Igreja primitiva, que são, na
verdade, uma continuação da mensagem básica do evangelho. Temos que colocá-las
no lugar correto e na perspectiva correta. São muito importantes, mas
obviamente, são uma continuação da mensagem do evangelho.
Qual a Parte
Mais Importante da Bíblia?
Os quatro
evangelhos que são a parte mais importante da bíblia.
Talvez você não
tenha tempo de ler os livros mais importantes do Antigo Testamento.
Talvez você não
tenha tempo de ler as belas cartas do Novo Testamento. Mesmo lendo apenas os
evangelhos a nossa fé pode crescer.
Mas você pode
dizer: "mas são quatro evangelhos, eu não vou ter tempo de ler os quatro
evangelhos. Qual então eu devo ler?" Talvez o evangelho de Mateus seja
longo demais, talvez Marcos seja curto demais, o evangelho de São João talvez
seja um pouco difícil, então tente ler Lucas.
De certa
maneira, o evangelho de Lucas é o evangelho do terceiro milênio. E juntamente
com os Atos dos Apóstolos, que também foi escrito por Lucas, nós temos o
coração da mensagem bíblica.
Portanto, a
primeira coisa que eu gostaria de dizer a vocês hoje, mesmo que você não tenha
tempo de ler a bíblia inteira de capa a capa, você vai ser capaz de viver a fé
em realidade lendo somente esses dois pequenos livros: o evangelho de Lucas,
que é também chamado de o “evangelho do Espírito Santo”, e também o evangelho
da nossa luta contra o espírito do mal, é o “evangelho de Maria”, é o “evangelho
das mulheres”, é o “evangelho dos pecadores”. Então, nos vários títulos que nós
poderíamos dar ao evangelho de Lucas, como sendo o livro mais importante da
bíblia.
E depois a
gente chega nos atos, que dá uma continuidade do evangelho. Então, esta é a
primeira coisa que eu queria dizer a vocês, porque nossa fé precisa estar
baseada na palavra de Deus. (aplausos.)
Eu só Leio a
Bíblia.
Desde quando eu
entrei na Renovação Carismática, eu parei de ler outros livros, mas não imitem
o meu mau exemplo, porque agora o único livro que eu realmente leio é a Bíblia.
Eu não leio nem mesmo que eu escrevo. (aplausos.)
Ontem me deram
aqui na Canção Nova um livro "A Coletânea de Palestras" sobre mim. Eu
vi a capa, muito bonita, e eu disse: "muito bom, está bonito", e
deixei de lado.
Mas nós não
podemos deixar o evangelho e a palavra de Deus de lado. Quero repetir
novamente: a nossa vida toda tem que ser baseada na leitura e na meditação da
palavra de Deus e especialmente do evangelho. (aplausos.)
Nós tínhamos
que nos chamar, a nós mesmos, de homens e mulheres da palavra, claro, da
palavra de Deus.
O Evangelho em
Mil Línguas: João 3,16.
A segunda coisa
que eu quero dizer para vocês, como uma introdução, é algo que pode ser que eu
já tenha dito a vocês antes. Eu tenho tentado me esforçar de não repetir a
vocês coisas que eu tenha dito antes. mas, claro, a gente pode ouvir essas
coisas uma segunda e uma terceira vez.
Eu devo ter
contado para vocês como é que eu fui, certa vez, a uma livraria. E ali eu vi um
pequeno livro chamado "O Evangelho em Mil Línguas".
Eu comprei aquele
livro, porque eu imaginava: "como é que pode um livro pequenino conter o
evangelho em 1000 línguas? Ou o evangelho todo em tantas línguas?" e
quando eu abri aquele livro eu percebi que era somente um versículo da Bíblia
traduzido em mais de 1000 línguas.
Então eu fiquei
imaginando: "que palavra são estas, que são tão importantes, que podem ser
comparadas para ser chamadas, somente aquelas palavras, de evangelho”?
E, para minha
surpresa, meu prazer e para a minha surpresa, eu percebi que era aquele versículo,
que para muitas pessoas é o versículo favorito do evangelho.
João, capítulo
3, versículo 16. "Deus tanto amou o mundo que deu ao mundo seu único filho
Jesus, para que aqueles que crerem nele não pereçam, mas tenham a vida
eterna".
Mesmo se você
não ler a Bíblia inteira, leia este versículo e traga-o no coração. E permita
que esse versículo influencie a sua vida. É um testemunho real do amor de Deus.
João, capítulo
3, versículo 16.
E eu quero
refletir com vocês um pouco sobre esse versículo. Porque ali está o resumo da
nossa fé católica, e é o resumo da nossa fé cristã e é um resumo da Renovação
Carismática.
Ali nesse
versículo São ditas seis coisas, e não esqueçam essas coisas que eu vou partilhar
agora com vocês de maneira muito breve.
Cristianismo: a
Religião do Amor
Número um, quem é este
que nos ama? Deus tanto nos amou... esta é a base da nossa fé cristã católica
carismática. O amor de Deus. Para nós, Deus é um Deus de amor. Claro, é um Deus
todo-poderoso, presente em toda parte, que sabe todas as coisas, mas para nós a
coisa mais importante é: "Deus me ama ". Por isso que esses
versículos me fazem proclamar, aonde quer que eu vá, que o cristianismo é a
religião do amor.
Quando a gente
olha para o mundo ao nosso redor, o que nós vemos? O que nós lemos nos jornais?
Nós lemos sobre destruição, assassinatos, calamidades, estado de guerra, só
lemos más notícias.
E a má notícia
é que existe muito ódio no mundo. Pessoas que dizem que matar o outro é um
sinal da sua fé em Deus. Até glorificando pessoas que se mataram a si
mesmas para matar outras pessoas, inclusive crianças.
Para nós o
sinal da fé e o sinal do cristianismo são os nossos mártires que se deixaram
morrer em nome da vida de outros. Na nossa fé não cabem suicidas, homens-bomba.
(aplausos.)
Eu repito, na
nossa fé cristã, não tem lugar para homens-bomba.
Ao contrário,
nós temos mártires que se sacrificam na nossa fé. Nenhuma outra religião tem
tantos mártires como nós mesmos, mesmo nos últimos anos, no meu país, na Índia.
Portanto nós temos que agradecer à nossa fé cristã, nós temos um Deus que é
amor.
Mesmo que eu
tivesse que passar os dois ou três dias falando somente sobre isso, sobre o
Deus-amor seria o suficiente.
Deus Tanto nos
Amou.
Mas vamos andar
um pouquinho mais e refletir o que significa quando João diz: "Deus tanto
nos amou". É bom repetir nessa primeira palestra porque é que nós
entendemos que Deus é amor.
Porque ele nos
criou a partir do nada. Nós não éramos nada. Nós éramos o nada. E ele nos
criou.
Segundo, ele
nos criou a partir do seu amor. Não existe outra explicação. Quando você olha
para você mesmo e diz: "eu estou aqui porque Deus me criou a partir do
amor", isso é o suficiente. (aplausos.)
E isto é só o
começo. A partir do homem é que eu vou dizer para vocês mais coisas, vocês vão
começar a aplaudir cada vez mais alto.
Como é que eu
sei que Deus me ama? Porque ele me criou na sua própria imagem e semelhança. Se
você olhar no espelho, o que é que você vê? Você não vê a sua face, você vê a
face de Deus, que criou você à sua imagem e semelhança. (aplausos.)
Existe alguma
religião que ousa dizer alguma coisa como essa? Com a exceção
da religião cristã?
Novamente, como
é que eu sei que Deus me ama?
Porque ele me
criou por uma única e exclusiva razão, ele me criou para a felicidade, para ser
feliz com ele, não somente no céu, mas também neste mundo, em meio ao
sofrimento e à dor. (aplausos.)
Novamente, como
é que eu sei que Deus me ama?
Porque ele
mesmo disse na profecia do profeta Jeremias, que ele é o nosso mestre, não
precisa o irmão ensinar irmão, o vizinho ensinar vizinho, ou eu mesmo ensinar vocês.
Deus diz: “eu mesmo os ensinarei”. É que nós entendemos como a voz da
consciência, que está sempre falando comigo em minha mente. Deus me ama tanto
que está constantemente falando comigo dia e noite. Aí sim, aplauda o Senhor
por isso. (aplausos.)
Novamente, como
é que eu sei que Deus me ama?
Porque ele me
corrige. A Bíblia diz: "se um pai não corrige o seu filho, você não pode
chamá-lo de um bom pai". Um bom pai sempre corrige o seu filho, porque ele
quer que o seu filho seja bom, seja perfeito. E na Bíblia Deus está
constantemente corrigindo o seu povo. Ele até os testa, às vezes até parece que
ele está punindo a eles. Mas estas punições são para o bem, para a melhora; ele
nunca se vinga. A única vingança que ele toma é a “vingança de amor”. Ele quer
nos mudar e nos fazer cada vez melhor. Por isso é que ele nos corrige, por isso
é que às vezes ele nos pune. Muitos aplausos ao Senhor por isso. (aplausos.)
Mas, para
resumir, a principal razão pela qual eu creio que Deus nos ama é porque ele
quer ter um relacionamento pessoal com cada um de nós. Como é que eu sei disso?
Porque quando ele nos criou, ele nos criou como iguais, à imagem dele. Mas cada
um de nós, nós diferentes uns dos outros. Nós somos semelhantes, somos seres
humanos, somos homens, ambos temos dois olhos, doi ouvidos, uma boca, um nariz.
Mas nós parecemos iguais? Você sabe quem é o Rufus e quem é o Vinícius. Se você
for olhar para 7 bilhões de pessoas que existem no mundo, você não vai
encontrar nenhuma pessoa exatamente como você. Deus criou cada um de nós
diferente e você é único.
Existe somente
o Vinícius e só tem um Rufus. Só tem uma Maria. Só tem um João. Deus criou cada
um de nós como sendo único. Aplausos ao Senhor. (aplausos.)
Novamente, como
é que eu sei que Deus me ama?
Como eu disse,
ele quer ter uma relação pessoal com cada um de nós. Para nós, Deus é uma
pessoa. Para muitas religiões do mundo, incluindo a religião do meu amado país,
a Índia, Deus não é uma pessoa. Deus é uma divindade impessoal. É uma energia
pura. É uma força divina. Mas, para nós, Deus é uma pessoa. E Deus quer falar
conosco face a face.
Deus é infinito
e nós não somos nada. Deus é todo santidade e nós somos pecadores. E ainda
assim, Deus quer se sentar diante de nós, face a face, e falar conosco. Deus
quer ter um relacionamento pessoal com cada um de nós. A forma como Deus se
relaciona comigo é diferente da forma como ele se relaciona com o Vinícius ou
com qualquer um. E esta é a glória da nossa fé cristã. Aplaudamos ao Senhor por
isso. (aplausos.)
E depois, a
parte mais importante pela qual eu creio que Deus me ama é que ele quer que eu seja
cada vez melhor, assim como todo pai que aqui seu filho seja melhor. Tudo o pai
quer se orgulhar de seu filho.
Vinícios, você
não quer se orgulhar de seu filho? Claro que sim.
Você não quer
que o seu filho seja melhor? Claro que sim.
É exatamente o
que Deus quer para cada um de nós.
Como é que eu
sei disso?
Porque está
escrito na bíblia. Mesmo no Antigo Testamento, Deus diz: “sede santos como eu
sou santo”. Você pode imaginar isso? A santidade de Deus personificado em você?
(aplausos.)
E nós todos
somos pecadores! E ainda assim Deus diz: “eu quero que você seja tão santo
quanto eu”. Agora, o maior aplauso para o Senhor. (aplausos.)
Quando eu leio
as frases desse versículo eu fico pasmo, a cada vez. Mas Deus disse isso, e
Deus repete isso no Novo Testamento, através de seu filho Jesus, quando Jesus
diz no sermão da montanha: "sede perfeitos como o seu Pai do céu é
perfeito".
E Deus não olha
para nós como rivais. Deus olha para nós como semelhantes. Você pode imaginar
Deus dizendo “sede perfeitos como eu sou perfeito”? “Sejam amáveis e
compassivos como eu sou amável e compassivo”?
De muitas
maneiras, esta frase, é a frase mais importante da Bíblia, quando Jesus disse
“sede perfeitos como o seu Pai do céu é perfeito”. Aplauso ao Senhor por isso.
(aplausos.)
O Outro Lado do
Amor de Deus.
E aí nós vamos
para o outro lado do amor de Deus. Talvez eu não chegue até a aquilo que Deus
quer, talvez não me sinta tão santo e tão perfeito como ele é. Mas eu cometo o
que nós chamamos de pecado. Esse pecado não se resume a atos maus e nem a ações
más. O significado do pecado é “não chegar à vontade de Deus”.
É perder aquela
marca. É não chegar à santidade e a perfeição de Deus.
Então, se eu
não chego, se eu não alcanço aquilo que Deus tem para mim, se eu cometo aquilo
que a Bíblia chama de pecado, Deus não me elimina. Deus não diz: "não, eu
não quero saber mais de você".
Como Moisés
disse: "Senhor, eu falhei contigo, destrua-me e escolha outro líder no meu
lugar".
Deus disse:
"não, você ainda é meu amado, você ainda é meu amado! Você ainda é meu
líder"!
Então, se a
gente não chega até o objetivo de Deus, Deus me dá uma segunda chance.
Deus me dá uma
terceira chance.
Deus me dá
centenas de chances.
Deus me dá
milhares de chances, por perdoar meus pecados, dando-me um novo começo.
Este é o outro
lado de Deus.
Um lado de Deus
é a sua perfeição, a sua exigência, ele quer que nós sejamos como ele.
E do outro lado
nós temos um Deus que é perdão, é um Deus generoso, é um Deus de amor. Como se
fosse uma mãe.
Deus é ambos: é
um paí exigente, e é também uma mãe que perdoa. Esse é o nosso Deus. Aplausos
para ele. (aplausos.)
Como é que eu
sei disso?
Tudo na bíblia
nos fala sobre isso. Deus é tão orgulhoso de nós que ele quer que nós sejamos
os melhores, quer que sejamos perfeitos.
E Deus é tão
amoroso, tão misericordioso, tão amável, que ele nos diz: "se seus pecados
forem tão vermelhos quanto o escarlate, e os farei brancos como a neve".
Quando Deus nos diz através do profeta Jeremias: "perdoarei os pecados dos
meus filhos, perdoarei os pecados de meus filhos, como se eles nunca tivesse
acontecido, nunca me lembrarei deles". Incrível. Aplausos ao Senhor.
(aplausos.)
Como é que eu
sei disso?
Pegue o exemplo
de Davi. Deus amava David antes dele cometer aqueles dois pecados. E Deus
continuou amando Davi mesmo depois dele cometer o pecado do adultério e do
assassinato. Ele não escolheu outra pessoa para colocar no lugar de Davi.
Ele disse:
"Davi, você ainda é o meu escolhido".
Como é que
Jesus tratou Pedro, quando Pedro negou a Jesus? Jesus falou para Pedro: "não,
não te amo mais, você não vai ser mais o meu primeiro Papa, você não vai mais
ser o chefe dos apóstolos"? "Eu vou escolher João" ou "eu
vou escolher Tiago"? Não. Jesus ainda amou a Pedro e o confirmou como
chefe da Igreja. Ele disse: "Pedro, você é o meu escolhido. Você é a minha
rocha. E nesta rocha eu construirei a minha igreja. E os poderes do inferno não
prevalecerão sobre você".
E então Jesus
disse a Pedro algo tão lindo, ele disse essas palavras para mim e para você.
Ele disse a Pedro: "satanás vai tentá-lo. Ele quer esmagá-lo. E, na sua
fraqueza você vai cair. No seu orgulho, achando que você é bom, você vai cair.
Ao colocar mais esperança em você do que em mim, você vai cair. Você vai
cair".
E Jesus diz:
"mas, Pedro, eu orei por você. E apesar das suas falhas, mas por causa das
suas falhas, você vai ajudar outras pessoas. Você vai se humilhar. Eu rezei por
você, e você não vai permanecer caído no chão. Mas você vai se levantar. Você
vai se levantar como eu ressuscitei no terceiro dia e eu vou usar você para
começar a minha Igreja. Para fortalecer os outros irmãos, para ser o corpo
visível da minha Igreja".
É assim que Jesus
falou com Pedro. Não é maravilhoso? É incrível! Aplauda o Senhor por isso!
(aplausos.)
A Primeira
Mensagem.
Hoje o Senhor
está falando a mesma coisa para mim e para você. E esta é a nossa primeira
mensagem. O Senhor sabe que nós somos fracos. O Senhor sabe que nós somos
pecadores. Mas o Senhor sabe que nós queremos nos levantar de novo. Como é que
o Senhor sabe que você quer se levantar novamente? Porque você veio do Brasil
inteiro para este lugar causa disso. (aplausos.)
E o Senhor quer
que você volte para casa mudado, uma pessoa diferente, um apóstolo de Jesus.
Você não está aqui por acaso! (aplausos.)
O Senhor o
chamou e o trouxe aqui pelo nome.
O Senhor o
chamou para estar aqui este final de semana na Canção Nova.
Porque ele tem
um plano lindo para cada um de vocês: ele quer te perdoar, e te quer
transformar, ele quer te preencher com seu Espírito Santo, ele quer que você
seja outro Cristo, para que você volte para sua casa e para sua cidade e seja
um apóstolo do amor dele. E seja perfeito como ele é perfeito. Para ser santo
como ele é santo. E ser amável e compassível como Jesus é amável e compassivo.
Por isso você está aqui. Aplausos ao Senhor por isso. (aplausos.)
Caso: o Jovem
na U.T.I.
Fonte: Este é Meu Filho Amado (2010).
E para você
ficar ciente disso, eu quero fazer o que Jesus fez. Ele contou histórias,
portanto eu vou contar histórias. Talvez eu tenha contado já, eu não consigo me
lembrar.
Mas essa foi a
primeira coisa que aconteceu na minha vida, quando eu entrei para a Renovação
Carismática, que mudou a minha vida, me fez perceber o que as pessoas querem, e
o que a Igreja pode dar as pessoas, em nome de Jesus, através dos ministérios
dos seus sacerdotes.
Foi no começo
da minha vida na Renovação Carismática, nos meados dos anos 1970, eu estava
dando um dos meus primeiros retiros em Bombaim, na Índia. E um casal de pais
veio me ver. Eles eram líderes de um grupo de oração em Bombaim e veio o homem
e a sua esposa e eu os conhecia muito bem. E eles também me conheciam muito
bem. Eles vieram me perguntar, vieram me pedir para que eu viesse e rezasse
pelo filho deles que estava no hospital.
Eu disse para
eles: “eu não posso sair da casa de retiros agora, procurem outro padre”.
E eles me
disseram: “não, o nosso filho quer que o senhor venha”.
E eu disse:
“por que”?
E veja o que
eles me disseram: o filho deles estava doente por duas semanas lá no vilarejo
deles, perto de Bombaim. Ele deveria acompanhar os seus pais, que eram líderes
do grupo de oração, para todos os grupos de oração que eles iam. Ele talvez
tenha ouvido alguma palestra minha a respeito do amor de Deus e do perdão de
Deus. E o filho deles estava doente, estava na cama fazia duas semanas, na
cidade deles.
Mas, depois de
duas semanas de tratamento, os médicos da família disseram para ele: “nós não
temos mais como curar o seu filho. Nós nem sabemos qual é a enfermidade que ele
tem”.
E foi a
primeira vez que eu ouvi essas duas afirmações. E tenho, então, ouvido milhares
de vezes essas duas afirmações, também aqui, na Canção Nova.
E então, os
médicos da família disseram a aquele casal: “vocês devem internar o seu filho
no melhor hospital de Bombaim”.
Ali ele ficou
por mais duas semanas, sob os cuidados dos melhores especialistas da Índia, que
fizeram todos os tipos de exames com ele. Raios X, ultrassonografia, todos os
tipos de exames.
Depois dessas
duas semanas de diagnósticos e tratamentos com médicos famosos, eles falaram
aos pais as mesmas duas afirmações. “Nós não podemos curar seu filho, e nós nem
mesmo sabemos qual é enfermidade que ele tem, nós não sabemos o que há de errado
com ele”.
Você pode
imaginar o que sentiram aqueles pais? E aconteceu que o jovem ouviu aquilo que
os médicos estavam dizendo. Então ele disse aos seus pais: “eu quero ver o
padre Rufus. Eu quero vê-lo hoje”.
Por isso é que
eles vieram para mim. Eu disse que eu não poderia ir naquele momento.
Eles disseram
ao filho: "olha, o padre não pôde vir".
E ele insistiu:
"eu preciso vê-lo, e eu preciso vê-lo hoje".
E eles me
disseram: "seja lá que horário for, mas o nosso filho está insistindo que precisa
vê-lo ainda hoje".
Portanto, às 10h30
da noite, depois que terminou aquele dia de retiro, eu fui ao hospital. O
hospital mais famoso de Bombaim. Eu fui até a Unidade de Terapia Intensiva
daquele hospital, e eu vi aquele jovem na cama com todos aqueles tubos e ao
redor dele aquelas máquinas.
E eu disse a
mim mesmo: “por isso é que ele está me chamando, porque ele está muito, muito
doente”.
Então eu
perguntei a ele a minha pergunta mais comum: "o que é que você quer de
verdade, realmente"?, assim como aquele cego quando chegou até Jesus,
trazido pelas pessoas para Jesus. Jesus sabia que ele era cego, mas Jesus nunca
força ninguém, e ele perguntou: "o que é que você quer"?
Foi a mesma
pergunta que eu fiz a aquele jovem. "por que é que você me chamou"?
Não perguntei isso, mas perguntei do jeito que Jesus pergunta: "o que você
realmente quer"?
E, para minha
surpresa, qual foi a resposta dele, que ainda me surpreende hoje? "Eu
quero me confessar".
Então eu ouvi a
confissão dele, eu sabia que era isso que ele queria, porque ele fez uma
confissão sincera de toda sua vida. Por isso é que ele me chamou.
No princípio
fiquei um pouco chateado, por que pensei comigo: "puxa, ele poderia ter
chamado o padre que mora aqui na paróquia aqui perto do hospital. E não ter me
trazido de longe, da casa de retiros".
Mas, no segundo
pensamento, eu disse para mim mesmo: "isso era exatamente o que ele queria,
e ele queria fazer essa confissão para mim".
E quando ele
fez essa confissão sincera de toda sua vida, eu repito, uma confissão sincera e
inteira, de toda sua vida, então eu soube que era isso que ele queria. E não
como eu imaginei, erradamente, que ele queria alguma cura. Ele queria era isso
mesmo. E era muito mais importante e era aquilo que ele precisava. O que é que
ele precisava? Quando ele fez aquela confissão sincera e completa na sua vida,
eu soube que era aquilo que ele queria, e era aquilo que ele precisava.
E então eu
deixei o quarto.
Mas não é o
final da história. Como todas as histórias do evangelho, o final é muito mais
bonito do que a própria história.
Quando eu estava
deixando aquele quarto, o Senhor me parou. Ele faz isso comigo o tempo todo. Eu
não posso fazer mais nada. Ele sempre fica me parando e me dizendo o que eu
devo fazer. É como se ele tivesse me parado, e ele me trouxe na minha mente uma
linda história do evangelho. É assim que o Senhor fala conosco, ainda hoje. A
bíblia é viva, não é um livro morto. E o Deus para nós de hoje, não é o Deus de
ontem.
E veio à minha
mente aquela linda história do homem paralítico sendo trazido e descido pelo
teto diante de Jesus. Uma das histórias mais lindas da bíblia. E ele foi
colocado ali, diante de Jesus. E quando Jesus olhou para ele, o que é que Jesus
fez? Jesus disse “levanta e anda?” Como qualquer carismático hoje faria?
Especialmente os Pentecostais? E os Nascidos de Novo? Mas, Jesus é Jesus. Ele
sabia o que fazer. E Jesus sabia que aquela paralisia física não era uma doença
física. Era um sintoma físico ou talvez uma doença emocional ou, pior ainda,
uma doença espiritual.
Eu quero que você
se lembre do que eu estou dizendo: Jesus sabia pelo poder do Espírito que
aquela não era uma doença física. Mas era um sintoma físico de uma doença mais
importante, uma doença emocional, ou talvez de uma doença ainda pior, uma
doença espiritual de pecado.
Por isso Jesus
não disse simplesmente "levanta-te e anda". Jesus disse as palavras
que hoje a Igreja diz quando vem um penitente se confessar: "os seus
pecados são perdoados".
Jesus sabia que
era aquilo que o paralítico precisava mais do que a cura física. A segurança de
que Deus-pai o perdoava. Mas isso não foi tudo, mas Jesus disse algo até antes
de tudo isso. Com frequência, quando eu digo às pessoas: "o que é que
Jesus disse antes disso?", normalmente as pessoas dão a resposta errada.
E o evangelho
diz ali muito claro, que antes de Jesus dizer para aquele jovem paralítico
"os seus pecados são perdoados", Jesus disse algo que aquele jovem
precisava ouvir. Jesus olhou para ele e Jesus disse: "MEU FILHO"!
... meu
filho...(aplausos)
Por que, aos
olhos de Deus, primeiro nós somos filhos e filhas e depois nós somos pecadores,
como filho pródigo. Ele dizia: "eu vou voltar ao meu pai e eu vou dizer ao
meu pai: não me tome de volta como seu filho, dê-me um emprego como um simples
servo".
E o que é que o
pai diz a ele? Nada. O pai clama a Deus, grita para Deus e para todos aqueles
que estavam ao redor, o pai grita: "meu filho estava morto e agora vive.
Meu filho estava perdido e foi encontrado: meu filho".
O que aconteceu
na parábola aconteceu na realidade. É aquilo que aquele homem precisava ouvir,
nem mesmo "seus pecados são perdoados". Mesmo ele sendo talvez o
maior pecador do mundo, aos olhos de Deus, acima de tudo, ele era filho. E
depois, em segundo lugar, um pecador. Nunca se esqueçam disso.
Então eu voltei:
voltei ao quarto. Esse é o meu problema, eu tenho mais problemas com Deus do
que com o demônio. Porque Deus está sempre me parando e dizendo o que é que eu
tenho que fazer.
Então eu voltei
ao quarto, e eu disse a aquele jovem: "agora eu vou rezar até mesmo pela
sua cura física".
Lembre-se que
ele não pediu pela cura física, não chegou nem na mente e na cabeça dele pedir
pela sua cura física. Mas eu disse: "eu quero rezar pela sua cura
física".
Mas eu tinha
tanta certeza de que aquilo que aconteceu há mais de 2000 anos atrás
aconteceria novamente, que eu disse: "eu quero rezar por você".
E eu fiz uma
oração curta a Jesus:
"Senhor, o que fizeste a aquele homem paralítico, há
2000 anos atrás, faça a este jovem agora".
Porque Jesus é
o mesmo. Ontem, hoje e para sempre. Aplaudam o Senhor por isso. (aplausos.)
Jesus nunca
muda.
Para saber o
que ele quer fazer com você hoje leia o evangelho e você vai descobrir.
Então rezei
para aquele jovem, por um minuto.
Eu tinha tanta
certeza que aquilo que aconteceu com aquele paralítico aconteceria com este
paralítico, em nome de Jesus - eu não sou curador, eu sou somente um sinal, um
canal, um instrumento - eu disse para ele: "mova o seu corpo".
Antes disso e
ele não podia se mover por causa da dor intensa. E ele moveu seu corpo. E ele
se sentou na cama.
E eu disse:
"desça da cama". E ele desceu.
E eu disse:
"abaixe-se". E ele se abaixou.
E eu disse:
"ande um pouco". E ele começou a andar.
Eu só não disse
a ele: "pega a sua cama e vá para casa". (aplausos.)
... eu não
disse a ele: "pegue a sua cama e vá para casa", mas no dia seguinte
ele recebeu alta do hospital. (aplausos.)
Agora, toda vez
que eu vou a um hospital, os médicos ficam com um pouco de receio. Eles vão
perder os pacientes. (risos e aplausos da plateia.)
Ainda não terminou,
agora é que vem o final.
Um ano mais
tarde, eu estava dando um retiro em Bombaim. E eu estava contando
para as pessoas a mesma história que estou contando para vocês.
E um jovem lá
no fundo levantou-se e disse: "padre, eu sou esse jovem que você está falando".
E eu disse:
"por que é que você não vem aqui no palco e conta para as pessoas se essa
história que estou contando é ou não é verdade"?
Ele veio ao
palco e disse somente uma frase: "no momento em que eu fiz uma confissão
sincera e completa da minha vida, eu sabia que já estava mesmo fisicamente
curado. E não precisava o padre ter rezado por mim". (aplausos.)
Conclusão.
Por isso que eu
digo que o primeiro passo para qualquer cura, para qualquer transformação, para
qualquer libertação, é o arrependimento. É a cura mais importante que eu
preciso. É a cura espiritual, a cura do meu relacionamento com Deus, onde eu
possa experimentar o amor do perdão de Deus.
Por isso que
como eu disse, o resumo de toda nossa fé está em João 3,16. “Deus tanto amou o
mundo que ele nos deu seu único filho Jesus, para aqueles que crerem nele não
permaneçam doentes fisicamente, emocionalmente ou espiritualmente. Mas vão
experimentar uma cura total, uma libertação total do poder do mal”.
Somente com uma
condição, que na verdade não é uma condição: que a gente acredite nele.
Não significa
que eu tenho que trabalhar fora da fé, mas que tenho que me render e entregar
toda a minha vida a ele, sabendo que ele vai sempre fazer o que é melhor para
mim. Deus sempre faz o melhor para cada um de nós. Porque para ele, cada um de
vocês e eu também somos seu filho, sua filha amados.
A mesma coisa
que Deus falou para Jesus, a mesma coisa que o Pai falou para Jesus dizendo:
“este é o meu filho amado”. Amém. (aplausos.)
2010
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