Resgatar
Jovens e Crianças.
Por Padre Rufus Pereira
[A
Palavra fala sobre a crucificação iminente de Jesus]
Hoje
nós celebramos a festa de um dos grandes santos da Igreja Católica, a festa de
São Vicente de Paula. O que foi mais evidente na sua vida foi apenas uma coisa,
o amor de Deus partilhado com cada pessoa perto dele.
E o
que ele foi é o que cada cristão deve ser: nominalmente, “missionários e
evangelistas da caridade no amor”.
Normalmente
a obra de caridade começa em casa. É mais fácil fazer um trabalho social para
pessoas de fora do que trazer o amor e a cura de Deus para dentro da sua
própria casa.
Muitas
vezes o trabalho de assistência social é um escapismo, uma fuga da obrigação de
fazer isso dentro de casa.
Você
sabe que o inimigo tem atacado o matrimônio e a vida de família.
Quando
eu estava assistindo TV em Londres, todos os programas ou se referiam a sexo ou
à violência e os que estão sendo afetados por isso são as nossas crianças e a
nossa juventude.
Com
freqüência, a gente enfrenta problemas que ninguém consegue entender ou
resolver e muito menos uma solução para esses problemas. As nossas crianças e
nossos jovens estão sofrendo e pais e mães e avós têm sofrido.
Por
isso eu partilho com vocês casos em que quando o homem nada pode fazer, Deus realiza.
Não são problemas extraordinários, mas problemas comuns em cada família, em
todas as famílias.
Caso: Hábito Compulsivo do Jogo.
Eu
estava dando um retiro no sul da Índia.
Uma
freira, uma irmã, trouxe o seu sobrinho para receber oração. O sobrinho dela
era casado e o problema maior dele é que ele tinha o hábito compulsivo do jogo.
Nós
sabemos que um dos problemas que afetam o casamento e as famílias é quando
alguém tem esse hábito compulsivo do jogo. Muitas vezes, com freqüência, as
finanças da família vão à ruína.
Então
essa irmã, essa freira, trouxe o seu sobrinho com a sua esposa para receber
oração.
E eu
fiz a ele somente uma pergunta: “por que é que você joga? Você não está vendo
que você está destruindo seu casamento? Você não percebe aqui você era uma
pessoa rica e agora você uma pessoa pobre?”
E ele
me disse: “é só ver um maço de cartas que eu já estou jogando. E eu jogo até
terminar todo o meu dinheiro”.
E ele
até tirava a camisa para colocar na aposta e voltava para casa sem a camisa.
Eu
raramente tinha visto um caso de uma pessoa tão compulsivamente enraizada no
hábito do jogo.
Então
eu fiz a ele uma segunda pergunta. Como foi a pergunta? “Você quer se libertar
do vício do jogo?”
E ele
disse sim.
E
quando ele disse “sim” eu sabia que ele estava mesmo dizendo “sim”.
Quando
rezei por ele, ele experimentou o que nós chamamos, em termos técnicos, de “libertação”.
Eu
nunca entendi e nem tinha percebido o quanto tinha sido completa essa
libertação, até que, alguns meses depois, eu encontrei aquela irmã, a que tinha
trazido o sobrinho.
E ela
mesma me disse: “padre, você se lembra do meu sobrinho que eu trouxe para o
senhor porque ele era viciado em jogo?
Ela
me contou que, a partir daquele dia, ele havia sido completamente liberto do jogo.
Agora, quando ele vê um maço de cartas, ele sente ânsia de vômitos.
É o
serviço do Espírito Santo, como São Paulo disse, o Espírito atrai para nós
coisas que a gente não queria e aquelas coisas que a gente não gostava, agora,
com o Espírito se tornam atraentes para nós.
E
mais do que isso, ela me disse: “ele se tornou o mais rezandor da família,
começou um grupo de oração em casa, ele fica percorrendo a cidade com a sua Bíblia
embaixo do braço evangelizando através da escritura. E ele se tornou uma nova
criatura”. Aplausos ao Senhor por isso. Aplausos.
O que
eu fiz? Nada, exceto o que a Bíblia e Jesus nos dizem para fazer.
E
Jesus disse: “aqueles que crêem em mim imporão as mãos sobre os doentes e os
viciados e eles serão libertos”.
Eu
ponho em prática aquilo que eu li na Bíblia. Isso você pode fazer na sua
própria família: você não precisa ir a uma pessoa especial ou a um padre
especial para ele ouvir seus problemas, isso pode ser feito por você mesmo.
Caso: os Irmãos Briguentos.
Eu
estava dando um retiro para padres no sudoeste da Índia e uma mulher veio me
ver com um problema, uma dificuldade que ela tinha.
Ela
pediu que eu rezasse por seus filhos porque eles eram muito violentos. Eles
tinham 12, 10 e 8 anos de idade. Ela me dizia que o dia inteiro eles ficavam
brigando. Os pais sabem o que acontece na família quando os filhos brigam, eles
ficam muito perturbados, eles não sabem o que fazer. Então começam a gritar e
aí começam a bater neles e isso não resolve o problema, e isso só faz ficar
pior.
E ela
me disse: “os meus três filhos brigam o dia inteiro, até mesmo com violência e
até mesmo com canivetes”. E todos os dias ela precisa fazer ataduras para eles.
O
marido não conseguia resolver, ele começou a beber, perdeu todo o seu interesse
na família. E ela também não conseguia resolver a situação, ela até mesmo
queria cometer suicídio.
Então
ela me disse: “padre, reze por eles, para que eles possam mudar”.
Então
eu perguntei a ela: “você quer que os seus filhos mudem?”
Ela
disse sim.
Então
a minha resposta foi muito simples: “primeiro: mude você mesma”.
Ninguém
pode mudar a outra pessoa, nem mesmo Deus. A única pessoa que nós podemos mudar
é a nós mesmos. E aí está o poder do Espírito Santo.
Eu
disse a ela: “eu vou dar um retiro na semana que vem. Por que é que você não
vem para esse retiro?”
Na semana
seguinte ela estava naquele retiro. Logo a primeira pregação já abriu os seus
olhos, com Jesus tendo mostrado como aquele que pode mudar o ambiente ao nosso
redor, mudando primeiro a nós mesmos.
E aí,
naquele retiro, quando o Senhor falava com ela através dos meus sermões, ela
fez esta oração: “Senhor eu vim para mudar-me com a sua ajuda, com o seu
espírito. E eu não vou pensar nos meus filhos. Quem sabe eles já estão até se
matando em casa, mas esse problema é seu, você que deu a eles para mim. É
melhor que você tome conta deles. Eu quero entregá-los a você. E ajude-me a
fazer um bom encontro, porque eu percebi que primeiro eu preciso mudar a mim
mesma antes que eu mude os meus três filhos”.
E ela
fez um excelente retiro.
Eu
ainda me lembro de uma carta que ela escreveu para mim uma semana depois: que
quando ela chegou a sua casa encontrou uma tremenda mudança nos seus três
filhos. Eles ainda se agrediram finalmente, mas nunca mais violentamente com
socos e menos ainda com canivetes.
Muitos
anos mais tarde eu fui dar um retiro na mesma região durante a Semana Santa e
na vigília do sábado santo um jovem veio falar comigo.
Ele
disse: “padre, eu posso trazer a minha mãe para que o senhor reze por ela?”
E eu
disse: “mas a sua mãe está muito longe daqui da casa de retiros. Como é que
você vai conseguir ir até lá e voltar?”
E ele
disse: “eu vou dirigir durante a noite e eu vou trazê-la até você antes que
você volte para Bombaim”.
E, no
domingo de páscoa, pela manhã, ali estava ele com a sua mãe e ela olhou para
mim e o rosto dela me pareceu familiar.
E ela
disse: “padre, o senhor não me reconhece? Eu era aquela mãe que veio para que o
senhor rezasse pelos meus três filhos. A partir daquele dia eles foram
completamente mudados e este é o meu filho mais velho. Agora ele é quem está
trazendo a mim para que o senhor reze por mim. Ele é o líder da Renovação
Carismática na sua diocese”.
É o
que o Senhor faz. Aplausos. Quando o Senhor realiza a sua obra ele a realiza
com perfeição, não deixa escapar nenhum detalhe.
Caso: “Aquela” Menina.
Às
vezes é difícil saber como lidar com as crianças porque elas não se comunicam
bem conosco. Mas ali, no profundo deles, existe o grande desejo de crescer e de
florir na vida e, especialmente se não tem ninguém na família que a ajude,
então o inimigo está pronto para tomá-las de nós.
Eu
era diretor de uma escola secundária em Bombaim e no começo do ano eu fiz a
admissão de três crianças na escola.
Então
eram duas meninas, uma no terceiro ano, uma no segundo ano e o irmãozinho no
primeiro ano. E a mais velha, que estava no terceiro, com freqüência vinha ao
meu escritório e trazia o seu irmãozinho.
E ela
dizia: “padre, ele é muito bagunceiro, e muito chato. Bata nele!”
Então
eu pegava minha a régua, e eu batia no menininho bem fraquinho.
Um
dia eu disse a ela: “mas você está agindo como se fosse a sua mãe! Você não
deveria trazer o seu irmão para ser punido. Cadê a sua mãe?”
- A
minha mãe saiu de casa foi embora com outro homem para Dubai.
- E
onde está o seu pai?
- Ah,
ele saiu com outra mulher para Doha.
E eles
foram deixados com seus avós.
Eu
disse para eles: “eu achava que vocês deveriam ir para uma escola melhor e mais
perto da sua casa”.
Ela
disse: “nós não conseguimos a matrícula lá porque nós somos pobres. E as
pessoas disseram para vocês que se a gente não conseguisse se matricular em
nenhuma escola que a gente viesse para sua escola”.
Porque
a minha escola era formada justamente para os pobres.
Eu disse
para ela: “você gostaria de ir para que a boa escola?”
-
Sim.
Então
eu a coloquei naquela outra escola, eu falei com a diretoria, e com todos da
escola.
Alguns
meses depois, quando eu estava na minha paróquia, eu vi crianças brincando no
jardim e ela estava lá. Eu a chamei e eu disse:
- Suas
férias já começaram?
- Não.
- Então
por que é que você está fora da escola, fora do internato?
-
Eles me mandaram embora da escola.
- E
como é que isso poderia ter acontecido?
Naquele
momento a sua tia chegou e eu disse:
- Você
está vendo que a sua sobrinha está dizendo? Que ela foi solicitada a deixar a
escola? Por que é que aconteceu isso?
- Porque
a minha sobrinha, todos os dias, caía no chão como uma pessoa possuída.
A irmã,
diretora daquela escola, acabou vindo me ver naquele momento e eu perguntei a
ela:
- Você
viu o que esta jovem está dizendo? Que ela caía todas as tardes no chão, como
que possuída? E ela foi mandada da embora da escola?
- Sim,
padre, é a verdade. Nós tivermos que pedir a ela que deixasse a escola, porque
todos os dias a tarde ela caía como alguém possuída e brigava com todas as
jovens.
Quando
eu ouvi isso eu fiquei muito triste e eu perguntei a tia dela:
- Por
que é que vocês não me contaram?
- Nós
tentamos muitas vezes encontrá-lo, mas os padres da paróquia nos disseram: “nós
não sabemos onde está o padre Rufus, nem o Espírito Santo sabe onde ele está”.
Então
eu disse para ela: “então eu vou rezar por você”.
No
momento em que eu comecei a rezar por ela a menina começou a reagir
violentamente, e ela começou a gritar dizendo que tinha uma dor terrível na
cabeça, então eu parei de rezar para não perturbar os outros padres.
E eu
disse para a irmã: “eu vou voltar amanhã para rezar por ela no convento” porque
as irmãs conheciam bem a questão da libertação, eu tinha dado a elas um retiro.
Então,
quando eu estava rezando por esta jovem, o espírito do mal começou a falar e
começou a revelar como é que ele tinha entrado nela. Uma jovem da vila tinha
morrido na mesa de operação e parecia que aquele espírito dela tinha entrado
nessa menina. E por quê?
É o
que o espírito do mal falou:
“Porque
essa menina costumava ficar sentada no mesmo lugar embaixo da árvore onde
aquela outra também costumava a ficar sentada e ficava pensando os mesmos pensamentos
que aquela outra pensava”.
E eu
perguntei para ela:
- Por
que é que durante o recreio você ficava sentada de baixo daquela árvore? Você
não brincava com as outras meninas?
-
Nunca, eu gostava de ficar sozinha sentada debaixo daquela árvore.
- Mostre
o lugar onde sentava.
E ela
me mostrou exatamente o lugar que o espírito do mal me havia falado que a outra
menina sentava.
E eu
perguntei para ela:
- O
que é que você costuma pensar quando está sentado ali?
E aí
ela começou a falar que ela era uma menina muito feliz, muito faladeira, agindo
sempre como se fosse uma mãe dos menores.
Mas
agora ela era como um bebezinho, colocando para fora os ferimentos do coração.
Eu
falei:
- O
que é que você ficava pensando?
- Eu
pensava: “por que é que a minha mãe me abandonou?” “Por que é que o meu pai me
abandonou?”
E era
aquilo que ela ficava pensando o dia seguinte inteiro, todos os dias.
A
gente acha que ela poderia estar brincando com os outros, mas somente Deus sabe
o que se passava no coração dela.
E ela
não falava nem aos pais. Muitas vezes as crianças não falam com os pais porque
acham que os pais não os escutar, ou vão culpá-los, vão brigar com eles. Então
eles mantêm aquilo no coração: como feridas, como feridas em carne viva,
fazendo-se sofrer.
Então
o que é que eu fiz? Eu comecei a conversar com ela. Comecei a dizer a ela:
“Todos
nós fazemos coisas erradas.
“A
sua mãe fez uma coisa errada em deixando vocês e ir embora com outro homem.
“O
seu pai também fez algo errado.
“Mas
eu acho que eles agora estão se sentido muito tristes porque fizeram coisas
erradas.
“Eles
devem estar se sentido muito tristes por terem abandonado vocês.
“Quem
sabe eles já não se arrependeram? Talvez eles precisem de mais cura do que você
precise.
Então
eu quero que os perdoe, eu quero que você louve a Deus, mesmo pelo fato dos
seus pais têm de deixar porque Deus está
no controle total das faquir. Existe 0um propósito em toda a sua vida”.
Então
eu rezei por ela e que isso foi o final.
Mas
não o final! Alguns anos depois, depois que os coloquei de volta à
escola, eu adverti às irmãs que elas tomassem cuidado para que ela não
repetisse, dizendo que se ela falhasse seria uma vitória de satanás.
Ela
precisa receber a promoção este ano, e de forma justa.
Alguns
anos mais tarde eu fui para outra escola de convento, e ali existia uma
recepcionista.
E ela
disse: padre, o senhor não me reconhece?
E eu
disse não.
- Eu
era “aquela” menina naquela escola.
- Ah,
você é “aquela” menina?
E
então ela me contou que tinha terminado a escola, tinha conseguido aquele
emprego temporário, estava buscando um emprego até melhor e ela me disse:
-
Padre, o senhor pode conseguir um bom emprego para mim?
- Sim,
eu vou tentar.
- Vocês
padres só prometem e não fazem as coisas.
Puxa!
Eu fiz tanto por ela e ela esqueceu? Mas eu também me esqueci disso.
Muitos
anos mais tarde, havia alguém batendo à minha porta. Era dia 8 de setembro, a
festa da natividade de Nossa Senhora que é a patrona de Bombaim. E quando eu
abri a porta havia uma jovem.
- Quem
é você? – perguntei.
- Eu
sou “aquela” menina que você rezou por mim lá no convento. Agora sou casada, tenho
um emprego em Dubai, este é meu marido, esse é meu filho. Todo ano que volto
para Bombaim volto para agradecer a Maria e a você. Maria a gente sempre
encontra, mas você, padre, a gente nunca encontra. Aplausos.
É
assim que Deus cuida das crianças.
Como
eu posso me esquecer daquele dia que eu a vi possessa? Que ela já tinha deixado
a escola? Ela tinha me contado que, como não tinha me encontrado, tinha ido a
um curandeiro muçulmano e já tinha dado um monte de dinheiro para ser liberta?
E eu perguntei “você ficou melhor?” “Não, eu fiquei muito pior”? Como eu posso
esquecer do dia em que essa pequena menina estava na rua, sem escola? Talvez a
única forma pela qual estaria vivendo seria na rua? Ali, sem pai sem mãe? E
agora ela estava com uma linda família com a esposa e filhos. É o trabalho de Nosso
Senhor Jesus Cristo! E um exemplo disso é uma Santa Família! Aplausos.
Então,
uma das coisas que nós estamos fazendo quase todos os dias e todas as semanas é
resgatar as nossas crianças do poder de satanás.
É
incrível como o que nós precisamos fazer é tão pouco... O Senhor faz tudo!
Nós
precisamos fazer só duas coisas: ter fé. Quanta fé? Um pouquinho de fé.
Tão pequeno como um grão de mostarda. Você não precisa ter uma grande fé. Uma
pequena fé é suficiente para fazer do impossível o possível.
E o
que nós precisamos ter é amor, um pouquinho de amor: amor que sobrepõe
todos os obstáculos. A gente nunca sabe qual pode ser o resultado de nosso “confiar
totalmente em Deus”.
Com
freqüência o pior peso das nossas crianças é a questão do suicídio. Com
freqüência as pessoas vêm me contar que fulano cometeu suicídio, tal pessoa da
família cometeu suicídio. E o suicídio só acontece quando a pessoa está em
desespero, e não encontra solução.
Caso: a Estudante Repetente.
Eu
estava dando um encontro em outra paróquia em Goa. Toda noite eram
feitas pregações e toda manhã eram as
orações.
E, de
repente, quando terminei a oração e aconselhamento com uma pessoa na minha sala
e estava esperando a próxima pessoa entrar, vi três mulheres arrastando uma
jovem para a minha sala. Uma jovem em idade escolar, talvez com 14 anos.
Eu
perguntei: “o que é que está acontecendo?”
Elas
eram as líderes da Renovação naquela cidade e disseram:
- Nós
estávamos indo para a igreja, passando pelo cemitério, e nós vimos essa jovem
perto de um túmulo, com uma lâmina em sua mão querendo cortar seus pulsos. E
nós corremos, impedimos e a trouxemos para o senhor.
E essa
jovem estava gritando: “Deixe-me ir! Deixe-me ir lá!”
Eu
perguntei a essas mulheres: “onde é esse lugar? Onde ela está querendo ir?”
- Padre,
ela está apontando para o cemitério, ela quer ir para o cemitério para se
matar.
Então
que foi que o fiz? Sempre sob a condução do Espírito Santo, eu segurei a sua
mão, eu disse: “eu não vou te largar até você me falar porque é que você quer
se matar”.
Por
um longo tempo para não falou nada e finalmente, com força da oração, ela foi
forçada a colocar para fora a sua vida.
Três Coisas Perturbam Nossas Crianças.
Esse
caso nos mostra que há, principalmente, três causas que prejudicam as nossas
crianças, especialmente aqueles adolescentes.
É a
primeira coisa que ela me disse: “eu estou na 8ª série da escola, e dois anos
atrás eu repeti nos exames. E tive que repetir o ano. No ano seguinte, na hora
do exame, novamente eu falhei e tive que repetiu o ano. E agora chegou a hora
do exame novamente, e eu sei que eu vou repetir”.
Primeiro:
Falta de Sucesso e Comparações (inferioridade).
Com
freqüência o que prejudica as nossas crianças é a falta de confiança, a falta
de sucesso, que fica muito pior quando os pais ficam comparando aquela criança
com outras crianças:
-
“Olhe para sua
prima, como ela está indo bem”.
-
“Você é uma desgraça
para nós”.
-
“Esperava que
você nunca tivesse nascido”.
Falta
de sucesso na escola pode ser uma carga pesadíssima para as nossas crianças. Eu
sei porque eu fui um diretor de quatro grandes escolas em Bombaim.
Segundo:
Rejeição, Condenação, Reprimendas sem Amor.
Em
segundo, o que mais piora as coisas? É o que o seu irmão mais velho, que era
como um pai para elas, começou a falar: “se você repetir pela terceira vez eu
não quero mais o olhar no seu rosto”.
É como
uma maldição: “eu não quero mais olhar no seu rosto”.
Então
ela disse:
- Padre,
ele disse: “você pode ir se matar”.
É uma
maldição ainda mais forte.
O que
normalmente faz à vida das crianças muito mal é quando, ao invés de receber
amor e encorajamento, eles recebem dos mais velhos e de seus pais somente
condenação. Isso é como uma espada que perfura o coração da criança.
Terceiro:
Práticas Ocultas.
E
terceiro, a sua mãe costumava levá-la a todas as benzedeiras para que ela
passasse nos exames. Apesar de serem que famílias católicas, aliás de origem
portuguesa, a sua mãe, no desespero, a levou para todos esses benzedeiros e
curandeiros.
Quando
ela me contou tudo isso, então disse:
- Agora
eu vou rezar por você. Mas antes de rezar por você eu quero lhe dizer que
passar nesse exame não é a coisa mais importante da sua vida. E eu estou
falando isso com você não como padre, mas como um diretor de escola. Existem
muitas coisas mais importantes na vida do que simplesmente passar no fim do
ano. Eu quero que você louve-se o Senhor se você falhar no exame deste ano.
É
claro que ela não faria isto, ninguém quer louvar a Deus por ter falhado pela
terceira vez. Mas ela entendeu que o queria dizer. Porque quando você está
louvando a Deus você está dizendo: “Senhor o senhor está com toda a minha
situação em suas mãos, você permitiu que essas coisas aconteçam para mim
somente porque você me ama e você tem um propósito até mesmo nas minhas falhas”.
Então
ele começou a louvar a Deus, que ela poderia falhar a terceira vez.
As
pessoas vão fazer o que em você diz quando elas vêem que existem autoridade e amor
em vocês. As
crianças vão obedecer aos pais quando os pais mostram autoridade e amor. E
depois de louvar a Deus, eu rezei por ela, foi o final.
Mas
ela estava ali ainda sentada.
Eu
disse: “agora você pode ir. Vai vir mais alguém para receber”.
Mas
ela não queria se levantar.
Eu
disse: “você tem que ir”. Ela se levantou, mas não para sair.
Eu
disse: “você tem que sair”. E ela não queria sair.
Eu
disse: “o que mais você quer?”
Ela
disse: “eu quero chorar”.
Ela
se ajoelhou aos meus pés e começou a chorar tão alto que os outros padres da
paróquia vieram ver o que estava acontecendo, eu fazendo a jovem chorar daquele
jeito. Mas o próprio choro dela era a cura.
Então
ela saiu do local.
Naquela
noite, no encontro com todas as pessoas da igreja, ela teve a coragem de chegar
até a mim e dizer: “eu quero da o meu testemunho”. Uma jovem escolar.
E ela
disse três coisas:
1. Quando o padre estava rezando por mim eu percebi que
minha mãe tinha quebrado o primeiro mandamento, ao me levar a esses feiticeiros
e benzedeiras. E eu renunciei a tudo isso em nome da minha mãe e em meu nome.
Eu renunciei de ela ter me levado a esses espíritas e esses curandeiros.
2. Quando ela estava chorando todo o seu amargor contra
os irmãos desapareceu. E ela foi preenchida por um tremendo amor por eles.
3. Quando ela estava na minha sala eu dei água benta para
ela beber porque estava com sede. E quando ela levou a água benta aos seus
lábios, ela havia jogado a água benta fora. Tinha dito: “é veneno, é ruim”. E
eu disse para as irmãs que ela tinha que tomar aquela água, mesmo à força.
Então ela começou a beber avidamente e eu perguntei: “como está agora?” Ela
falou: “eu nunca bebi água tão doce”.
Então
outra coisa que ela disse: quando ela saiu novamente ela tinha sede e encheu
copo de água e veio a mim pedindo que eu abençoasse, mas havia outra pessoa
comigo. Então ela levantou o copo para Jesus e pediu: “Jesus abençoa esta água”.
E
quando ela bebeu aquela água, ela era tão doce, mais doce do que aquela água
que eu havia abençoado. Era o sinal de que ela estava totalmente curada. Agora
ela é uma evangelizadora daquele lugar. Um grande aplauso ao Senhor por isso.
Aplausos.
Essa
é somente uma história que eu partilho com vocês, mostrando os tremendos
sofrimentos por que os jovens e crianças passam.
E, ao
obedecer a alguém, quem é melhor do que Jesus para os acolher? Falando a eles
palavras de cura e amor?
Eu
vou terminar agora com este incidente que aconteceu.
Caso: “Ele é um Demônio” e o Dia da Sagrada Família.
Depois
de dar um retiro na Índia estava conduzindo uma grande reunião de cura. Era a
festa da Sagrada Família, depois do Natal, um bom dia para rezar pela cura.
E as
pessoas vinham na fila um a um.
Havia
uma mãe com o seu filho de dez anos e eu perguntei para ela: “o que é que você
quer que eu reze pelo seu filho?”
E ela
disse: “padre, reze para que ele seja um bom menino, porque ele é um demônio”.
Eu
fiquei surpreso. Eu olhei para o jovem, olhando se tinha chifes, ou se tinha
rabo, não vi nenhum rabinho e nem chifres.
Eu
disse para a mãe: “ele parece que ser um bom jovem”.
-
Não, padre, reze por ele para que ele se torne um bom menino, porque ele é um
demônio.
- Mas
eu pensei que você ia pedir para que eu rezasse pelos seus estudos ou pela sua
família ou pelo seu marido ou pelo seu emprego. Ou talvez para a saúde, uma
doença do filho.
- Não,
padre, reze por ele para que ele se torne um bom menino, porque ele é um
demônio.
- E então
por que é que você diz que ele é um demônio?
- Porque
quando nós estamos rezando o rosário em casa ele nunca está conosco para rezar. Ele derruba as estátuas, ele apaga as
velas e ele se torna tão violento que nem quatro homens conseguem segurá-lo. Às
vezes foge casa e volta depois de casa depois de dois ou três dias. A gente
fica cheio de ansiedade e de medo.
Portanto:
- Não,
padre, reze por ele para que ele se torne um bom menino, porque ele é um
demônio.
Eu
disse: “ok, eu vou rezar por ele”.
E
quando eu estava rezando por ele, eu percebi que a sua mão direita estava
torcida e deformada. E depois da oração para disse essa mulher:
- Eu
teria esperado que você dissesse que eu rezasse pela mão dele. Por que é que a
mão dele está assim?
- A
mão dele é assim desde que nasceu. Por isso ele nem usa sua mão direita. Ele
escreve com mão esquerda, ele joga com a mão esquerda, ele até come com a mão
esquerda.
- Eu
pensei que você ia pedir para rezar pela cura da sua mão direita.
- Não
padre, reze por ele para que ele se torne um bom menino, porque ele é um
demônio.
Eu
disse para ela: “eu já rezei para que ele se torne um bom menino. Mas agora eu
quero rezar para que também ele seja curado da sua mão”.
Enquanto
estava rezando por ele, para minha grande surpresa, a mão começou a ficar reta,
boa e forte. Eu não conseguia acreditar no que estava vendo, e assim terminou.
Mas
não terminou!
No
dia seguinte, a mãe veio me ver novamente com o menino.
Ela
me disse: “padre, desde ontem já houve uma mudança total no nosso filho. Foi
ele que nos lembrou que estava na hora do rosário. Foi ele que acendeu as
velas. Ele nos conduziu no rosário. Ele se tornou um completo bom menino. E
esta manhã ele ficou me chamando para eu ir para a igreja e acabamos de passar uma
hora diante do Santíssimo Sacramento. Agora ele se tornou completamente um bom
menino”. Aplausos.
E eu
perguntei para ela: “e a mão dele?”
- Ah,
ontem ele começou a escrever com a mão direita. Começou a comer com mão
direita. Começou a jogar com a mão direita.
O Senhor
diz: “busquem primeiro do reino de Deus e tudo o mais virá”.
Então
ela veio até a mim e sussurrou no meu ouvido: “meu filho estava me dizendo que
quando o senhor estava rezando por ele ontem para que ele se tornasse um bom
menino, e quando o senhor sugeriu que queria rezar para sua mão direita, Jesus-menino
apareceu para ele e disse: “agora que a sua mãe pediu ao padre que ele rezasse
para que você se tornasse um bom menino, eu fiz de você um bom menino, e eu vou
curar também a sua mão direita”. Aplausos.
Conclusão.
Então
me lembrei o que aconteceu aquele dia no evangelho. Quando Jesus viu as mães trazendo
as crianças até ele para oração de cura e os apóstolos ficaram bravos e
disseram para as mães “não tragam seus filhos, não perturbe o mestre. Ele está
ocupado com coisas mais importantes do que ficar pensando em crianças e bebês”.
E o
que é que Jesus disse? “Não impeçam as crianças de virem para mim, permitam-nas
de se aproximar de mim, porque a elas pertencem o reino dos céus”. E que é que
Jesus fez? Ele pegou uma por uma no seu colo, as abraçou, as beijou, colocou a
sua mão sobre suas cabeças e rezou por elas.
E é o
que Jesus fez. Então Jesus disse depois: “a menos que vocês se tornem como as
criancinhas, a menos que vocês, pais, também não vivam como crianças, com
confiança total em Deus, aprendendo das suas crianças quantas coisas elas
dizem, a menos que vocês se tornem crianças, não entrarão no reino dos céus”.
E
como é que Jesus viveu sua vida aqui na terra? Ele não apareceu como um homem,
ele nem apareceu como um jovem, ele veio como um bebê, veio como menos que um
bebê, veio como um feto no ventre de Maria, porque ele queria dar essa
importante lição, que como as crianças nós precisamos ter plena confiança no Senhor:
Sem
as ambições para não nos ferimos uns aos outros.
Com a
inocência de não fazer as coisas erradas.
Cheios
de amor, do amor de uma criança por Deus.
A
menos que você se torna uma criança, você não pode entrar no reino de Deus.
Amém. Aplausos.
2008
2008
- Jesus é o Centro de Nossa Vida? - 26/09/2008 - 21h00
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- Matrimônio Reflexo do Amor de Cristo - 27/09/2008 - 11h15
- Deus Cura os Casais e as Famílias - 27/09/2008 - 14h15
- Resgatar os Jovens e as Crianças - 27/09/2008 - 16h30 <== você está aqui.
- O Jovem e Sua Cura Emocional - 28/09/2008 - 09h00
- Temos um só Inimigo - 28/09/2008 - 11h15
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