E Eles Foram Curados de Suas Enfermidades.
23/09/2000.
Por Padre Rufus Pereira.
Tradução Vinícius Adamo.
Adaptado por Carlos Sadao Gushiken.
Padre Rufus:
Meus queridos irmãos de irmãs
no Senhor Jesus...
O tema de ontem foi o
capítulo 4º de São Lucas onde nós pudemos ver que Jesus dizia: "O Espírito
do Senhor está sobre mim". Ele estava sendo enviado para proclamar a boa
nova para os pobres, para curar os doentes, para perdoar os pecadores e para
libertar aqueles que estavam sendo oprimidos pelo Mal.
Hoje, novamente, o tema é o
mesmo evangelho, o de São Lucas, mas um pouco mais para frente, no capítulo 9,
especificamente no versículo 11.
“Logo que a multidão o soube, o foi seguindo; Jesus recebeu-os e
falava-lhes do Reino de Deus. Restabelecia também a saúde dos doentes.” Lc
9,11.
Quando eu li esse versículo,
eu me lembrei de uma coisa que aconteceu comigo há mais de 20 anos na Índia. E,
enquanto eu me lembrava desse caso, eu percebi que aquilo não era uma coisa que
simplesmente havia acontecido, mas percebi que naquele ato era o próprio Jesus
que estava não somente curando um doente, mas anunciando também a boa nova.
Portanto, eu não quero que
você pense que eu estou somente contando uma história. É verdade que eu estou
lhes contando uma história, mas a finalidade dessa história é para pregar a
palavra de Deus, é para proclamar a boa nova, a boa nova de que Deus nos ama,
que Deus nos cura, que Deus nos salva, que Deus nos dá uma vida nova.
Caso: O Jovem Leproso.
Fonte: E Eles Foram Curados de suas Enfermidades, 2000.
Eu estava dando um retiro num
estado ao sul da Índia, num estado chamado Kerala, o estado mais católico, esse
local é o local mais católico da Índia.
Nesse local a fé era
proveniente da passagem do apóstolo São Tomás. Então, portanto, o cristianismo
veio na Índia antes até mesmo de chegar na Europa, portanto, séculos antes de
chegar ao Brasil.
Então os cristãos são
chamados de cristãos de São Tomás, de ritos orientais. Os cristãos de lá não
são somente muito fervorosos, mas pertencem a uma classe social elevada.
Então certo dia eu fui
chamado para orar por um jovem pertencente a uma das famílias mais proeminentes
e católicas de Kerala. Eu percebi que se tratava de uma família muito
proeminente porque a casa à qual fui convidado se tratava de uma enorme mansão.
Fui conduzido de aposento em aposento até o final da casa. Eu iria rezar pelo
filho mais jovem dessa rica família.
Finalmente eu cheguei a um
pequeno quarto onde esse rapaz estava acamado. O quarto estava escuro e eu mal
podia ver quem estava deitado naquela cama. Quando eu cheguei na soleira da
porta do quarto, forcei a vista na escuridão e eu percebi que ali havia um
jovem naquela cama.
E, para um choque meu, eu
percebi que se tratava de um leproso.
Seu rosto estava desfigurado
pela doença, seus dedos estavam retorcidos por causa da lepra. Então toda a aversão
que eu sentia desde criança, com relação à lepra, voltou à minha mente.
Por muitos e muitos séculos,
a lepra era considerada a pior doença que poderia ocorrer a um ser humano, não
somente da Índia, mas no mundo inteiro. E, além da morte ocorrer lentamente,
havia o problema do ostracismo social, da exclusão social.
Essa é a razão pela qual Jesus
aparece tanto curando leprosos no evangelho, porque naquele tempo havia a noção
de que as pessoas que sofriam dessa doença eram espiritualmente impuras, não
podiam entrar no templo, qualquer pessoa portadora dessa doença era considerada
como pessoa impura. Se uma pessoa tocasse um leproso ela também se tornaria
impura.
Os leprosos não podiam entrar
nas cidades, nos povoados. O leproso sempre tinha que carregar um sino para
sinalizar aonde estava, para que as pessoas soubessem aonde ele estava, para
avisar aos outros que um leproso estava por perto.
Portanto, por séculos, a
lepra era uma doença que excluía a pessoa socialmente, até mesmo as pessoas sendo
consideradas como tendo sido amaldiçoadas por Deus.
Então, todos esses tipos de
pensamentos vieram à minha mente quando eu vi aquele leproso naquela cama.
Eu me lembrei de quando eu
era um menino e estava indo para a igreja. Havia um leproso que estava andando
na mesma calçada que a gente, vindo em nossa direção. Os meus pais nos levaram
para a outra calçada, atravessando a rua, para que nós não cruzássemos e
mantivéssemos uma distância segura daquele leproso. Nós até mesmo éramos
proibidos de falar a palavra lepra em casa, porque meu pai nos ensinava que até
mesmo a palavra lepra era contagiosa.
Então, quando eu vi aquele
rapaz na cama, toda aquela aversão de infância veio à minha cabeça. E quando eu
estava para entrar no quarto eu me lembrei disso tudo. Então, do lado de fora da
porta eu fiz uma oração, não entrando no quarto, mantendo uma distância segura
entre mim e aquele jovem.
E, enquanto eu estava fazendo
a oração, parecia que Jesus estava dizendo para mim, parecia que ele falava:
"Rufus, se eu estivesse no seu lugar, o que você acha que eu faria?"
Então veio à minha mente o
capítulo 9, versículo 11, de São Lucas, a palavra que o padre Jonas me disse no
café da manhã que viria a ser o tema de hoje. E o que diz esse versículo?
Que quando Jesus viu as
multidões que vinham até ele, que é o que a gente vê hoje, multidões, onde
temos pessoas até mesmo ali fora, lá no fundo, para o lado de fora do rincão.
E quando Jesus via aquela
multidão, Jesus era tomado por uma verdadeira compaixão por eles.
É como nós lemos, eram como
se fossem ovelhas sem pastor, aquelas pessoas não sabiam o que fazer com as
suas vidas, não tinham ninguém para guiá-las, ninguém para cuidar de seus
problemas, sem qualquer esperança para o futuro.
E Jesus, cheio de compaixão
por eles, o que Jesus fez? É por isso que eu quero lhes contar essa história
nesta manhã.
Jesus fez três coisas, é
muito importante que a gente se lembre dessas três coisas.
Mais para frente, no mesmo
capítulo, Jesus dirá a seus apóstolos e discípulos, e também às multidões, no
milagre de multiplicação dos pães e peixes: "Se alguém quer me seguir, se
quer fazer o que eu estou fazendo, seguir os meus passos, se alguém quer tomar
o meu lugar, precisa negar a si mesmo."
Ele precisa dizer não para
todas as coisas no mundo e dizer sim para a cruz, dizer sim para a boa nova de Jesus, por mais doloroso e difícil que possa
ser. Então ele vai estar seguindo Jesus, estará imitando o Jesus, então será um
outro Jesus.
E como ser esse outro Jesus?
O evangelho de São Lucas,
capítulo 9, versículo 11, nos diz o que Jesus fez.
Se você quer ser um discípulo
de Jesus, se você quer segui-lo, se você quer tomar o lugar dele no mundo, em
um versículo nos está sendo dado o segredo do que nós deveremos fazer.
Nós precisamos fazer
exatamente o que Jesus fez no evangelho de São Lucas, capítulo 9, versículo 11.
Jesus fez três coisas:
Primeiro de tudo, ele acolheu
as pessoas, o que significa que ele as trouxe para o seu coração, não havia a
distância entre Jesus e a multidão, ele era um com eles, e essa é a razão pela
qual as pessoas tocavam as suas vestes e tocavam nele, porque ele estava no
meio do povo.
Ele também se aproximava
deles, tocavam nele, beijavam o rosto dele, as crianças, os pequenos, Jesus
acolhia a cada pessoa que chegava para ele.
E esta é a primeira coisa que
Jesus fez. Ele não começou imediatamente a pregar e curar as pessoas. Primeiro
ele tratava-as como pessoas, como gente, e ele não o olhava as pessoas como de
uma possível conversão. Ele não queria experimentar as pessoas, ele olhava as
pessoas como seres humanos.
E a segunda coisa que Jesus
fez foi que somente depois disso é que ele começava a falar. Ele não falou sem
antes se aproximar das pessoas, abrir um sorriso, acolher as pessoas. E somente
depois disso é que ele começava a falar. E o que é que ele começava a falar
para eles? De acordo com os evangelhos ele falava com ele sobre o Reino de Deus,
o que significava as coisas mais importantes em suas vidas.
Ele não falava sobre política
ou esporte com a multidão, ele falava com eles a respeito deles, de seus próprios
problemas particulares, ferimentos e dificuldades.
Ele falou com eles que Deus
os amava e queria lhes dar uma vida nova, ele falou para eles sobre o plano de
Deus a respeito da salvação, da sua cura e da sua libertação. Por isso é que as
pessoas ficavam entusiasmadas, ouvindo Jesus.
As multidões queriam ouvir Jesus
todos os dias.
Portanto, quando Jesus estava
falando na praia, as multidões eram tão grandes que Jesus teve que entrar num
barco e se afastar um pouco para poder falar para todos. Ele teve que usar o
pequeno barco como um púlpito porque falava de coisas que as pessoas precisavam
ouvir.
E eu tenho certeza que cada
um de vocês que aqui está, veio porque está esperando ouvir algo que venha de
Jesus. Talvez, de certa maneira, você nunca tenha ouvido Jesus falar com você.
E, em terceiro, o que é que
Jesus fez? Então ele foi e direção às suas necessidades, o evangelho e disse
que Jesus “os curou em suas necessidades”.
Primeiro ele descobria,
através do Espírito Santo, quais eram seus problemas e as suas dificuldades.
Ele não começava a falar sem
antes saber, por unção, dos seus problemas mais profundos. Essa é a razão pela
qual o evangelho diz que "Jesus os curou das suas necessidades".
Todos nós temos muitas
necessidades mas, de certa maneira, cada um de nós tem uma coisa em especial
que gostaríamos de receber de Deus. Cada um de nós, talvez, tenha um vazio no
coração, que é talvez o local que mais dói quando sofremos e experiências
dolorosas. Esta é a razão pela qual o evangelho diz tão lindamente: que Jesus
curava a o seu povo como pessoas individualmente, atingido a sua necessidade
pessoal, individual.
Então, tudo isso veio à minha
mente, enquanto eu orava para aquele jovem deitado na cama, porque Jesus me
dizia no coração: "Rufus, se eu estivesse no seu lugar, qual estaria sendo
o meu comportamento?", e eu sabia que a primeira coisa que Jesus teria
feito, é acolher essa pessoa em seu coração.
Portanto eu entrei no quarto
do leproso, olhei para ele, abri um sorriso na minha face, fiz uma saudação
carinhosa para ele e somente então eu impus a minha mão sobre a sua cabeça, um
toque repleto de amizade e de amor. No momento em que eu fiz aquilo todas as
minhas lembranças de infância de aversão à lepra desapareceram e o meu coração
foi tomado por um sentimento de tremenda compaixão e de amor por aquele
leproso.
Por isso é que eu não gosto
de chamar esse dom de "dom da cura", mas prefiro chamá-lo de
"dom do amor". Somente Jesus é quem cura, ninguém mais. Mas Deus quer
usar o meu amor como um canal da Sua cura, então eu fiz como Jesus, eu amei
aquele leproso.
Então, quando eu tive esse
gesto de amor, percebi que ele começou a sorrir, ele começou a se abrir e ele
teve um fio de esperança.
Eu me lembro daquelas mães
trazendo as crianças para serem abençoadas por Jesus e os apóstolos, aborrecidos,
diziam às mães para que tirassem as crianças de perto deles. E o que é que
Jesus fez? Foi uma das poucas vezes em que lemos que Jesus se zangou com os
seus apóstolos dizendo a eles: "Nunca impeçam as crianças de chegarem até a
mim".
Ontem uma mãe me trouxe uma
criancinha de quatro anos para eu rezar, mas ela não queria que eu impusesse a
minha mão sobre a sua cabeça. Logo depois o Senhor começou a tocar o seu
coração através da sua oração, então ela começou a aceitar a minha oração sobre
ela mesma, e isso eu posso imaginar que também é Jesus quem faz.
E somente então eu comecei a
falar com aquele jovem que estava na cama. E quando eu comecei a falar com ele,
ele também começou a falar comigo. Mas, muito mais importante do que o que eu
falava para ele, era o que ele me dizia:
Ele começou a falar comigo sobre
a sua vida, como se eu não fosse mais um estranho para ele. Ele começou a abrir
o seu coração para mim.
Cada ser humano precisa
encontrar alguém com quem ele possa se abrir, abrir o seu coração em total
confidência e sem qualquer condenação.
Este é o chamado ministério “de
ouvir”.
(Nota: “Ministery of Listenning”
são as palavras do Pe. Rufus)
Ontem uma jovem veio nos ver,
veio partilhar um pequeno problema físico. Mas, quando o Espírito Santo começou
a se mover ela começou a abrir seu coração. E o que ela começou a falar era um
milhão de vezes mais importante do que ela tinha começado. Talvez ela nunca
pudesse sequer imaginar que ela diria aquilo a alguém, talvez nunca tenha dito
aquilo a ninguém.
Quantas pessoas dizem para
mim falando: "Padre, eu nunca pensei que ia dizer isso a ninguém! E nunca
mais vou ser capaz de dizer a alguém."
Então aquele jovem começou a
abrir o seu coração. Eu percebi que a sua doença emocional era muito pior do
que a sua doença física. Ele havia sido profundo, mas profundamente ferido
pelos seus pais, por seus familiares. O rapaz, eu percebi, precisava muito mais
de cura emocional do que cura física. Ele contou para mim sobre todas as coisas
horríveis pelas quais passou durante a sua infância, durante a sua adolescência
e durante a sua juventude.
Em todas as viagens que tenho
feito pelo mundo tenho visto que todo ser humano tem feridas provocadas por
seus pais. Perceba bem, não estou querendo culpar os pais, porque eles mesmos
também foram bem feridos na infância por seus pais e por outros familiares.
Então esse jovem começou a
falar comigo sobre as práticas ocultas que tinham sido feitas sobre ele.
Ele me contou que essa sua
casa, sua mansão, havia sido construída em um terreno onde antes era um templo
em que se adoravam cobras e as pessoas diziam que aquela família estava
sofrendo as consequências disso.
Os negócios da família
estavam decaindo e o pai daquele jovem disse a ele que fosse a vários
feiticeiros em busca de uma solução para aqueles problemas financeiros.
Quantas pessoas eu tenho
encontrado aqui no Brasil, na vez anterior e desta também, que me disseram que
foram os seus próprios pais, o seu pai ou a sua mãe, que os levaram para
feiticeiros, para práticas ocultas.
E esse jovem me disse que
exatamente naquele momento, embaixo de sua cama, havia um objeto que tinha sido
trazido da feitiçaria para tentar trazer uma solução para os problemas da casa.
Então eu percebi que aquele
jovem precisava muito mais, além da cura emocional, era, realmente, de uma
libertação do poder de Satanás.
Eu não teria recebido todas
essas informações se eu não tivesse em primeiro lugar falado com ele a respeito
do Reino de Deus, a respeito da necessidade do arrependimento, a necessidade de
perdoar as pessoas que o feriram, a respeito da necessidade de renunciar às práticas
ocultas e somente então vem a terceira coisa.
Então fiz o que Jesus fez,
orei por sua cura.
E eu não me lembro de ter
rezado pela sua cura física, mas eu lembro muito bem que rezei por ele pela sua
cura emocional, para a cura de seus ferimentos e vazios emocionais. É claro, lembro
muito bem que orei por ele, com poder, pela sua libertação.
E então eu deixei aquela casa,
os pais me acompanhavam, me levaram até o jardim para que eu pudesse gravar a
minha mão com desinfetante, porque eles sentiam também que a lepra era
perigosa, era por isso que tinham colocado seu filho naquele último cômodo da
casa.
Seis meses depois eu estava
dando outro retiro naquele mesmo estado de Kerala, e na primeira noite daquele
retiro um jovem veio para falar comigo. Ele disse:
- Padre, o senhor não está me
reconhecendo?
- Não.
- Eu sou aquele leproso de
seis meses atrás. E eu vim para lhe dizer que depois de uma semana eu estava
totalmente curado. (aplausos)
Bem, achei difícil acreditar
naquilo, então eu olhei para o seu rosto com atenção. E em suas mãos e não
havia nenhum sinal de distorção, de desfiguração, de nada. Não havia mais nenhum
sinal de lepra. Então ele me disse:
- Mas, padre, eu gostaria de
me casar, mas nenhuma jovem vai querer se casar comigo sabendo que eu já tive
lepra no passado. Então, padre, reze por mim para que eu encontre a garota
certa, alguém que me aceite.
- Você quer que eu reze para
isso? - eu disse.
- Sim. - ele disse.
E então eu rezei por isso.
Alguns meses mais tarde... eu
o encontrei em uma outra ocasião. E ele me apresentou a sua esposa. (risos) (aplausos)
Ele disse:
- Padre, reze por mim e pela
minha esposa para que a gente tenha um filho. (risos) Porque, padre, nas minhas
condições, pode ser que eu não consiga a fertilidade.
- Você quer que eu reze por
isso? - eu disse.
- Sim. - ele disse. (risos)
E então eu rezei por isso. (risos)
Alguns meses mais tarde...
(risos) (aplausos) - vocês estão aplaudindo sabendo o que eu vou dizer! (risos)
(aplausos)
Alguns meses mais tarde eu o
encontrei em outro retiro. Os carismáticos sempre se encontram em retiros e
acampamentos como esse... (risos)
E então eles me deram a boa
nova que a sua esposa estava grávida. (aplausos)
Então eles falaram:
- Padre, a gente queria que o
senhor rezasse por nós para que a minha esposa tenha uma boa gravidez. (risos)
E que ela possa dar nascimento a uma criança normal, porque, por causa da minha
condição de lepra anterior a criança poderia nascer não sendo perfeita.
- Você quer que eu reze por
isso? (risos)
- Sim. - ele disse.
E então eu rezei por isso.
(risos)
Alguns meses mais tarde...
(risos) (aplausos) eu os encontrei em outro retiro. (risos) E desta vez não
eram mais dois, eram três! (risos) (aplausos)
E isso aconteceu há muitos
anos atrás, 15-16 anos atrás.
Mesmo por muitos anos
trabalhando por Deus e pela igreja nunca mais os encontrei. Mas, no ano
passado, na última semana de dezembro, de 26 de dezembro a 1º. de janeiro,
houve um grande retiro do milênio no sul da Índia. Era um retiro para as
famílias, a família inteira vinha para fazer o retiro, todos os membros. Então
havia lugares separados para ocorrerem seminários para os pais, para as
crianças e para os jovens. E havia seminários em várias línguas diferentes:
inglês, francês, hindi...
Eu era um dos muitos
pregadores e havia 25.000 pessoas naquele retiro, todos ficando no retiro por
seis dias.
No segundo dia ouvi alguém
falando no grupo que falava inglês, para os pais, numa grande multidão como
esta. E eu escutei pelos alto-falantes uma pessoa que falava com poder, ele
estava falando sobre pecado e arrependimento, e eu fiquei surpreso porque era
um leigo fazendo aquela pregação. Então eu entrei naquele recinto e olhei para
aquele que estava falando.
Então, com surpresa, eu
percebi que era aquele jovem que havia sido curado há tantos anos atrás.
(aplausos)
E enquanto eu o escutava falando
lágrimas pulavam dos meus olhos.
O que eu me lembro muito
vividamente era daquele jovem que estava à beira da morte na cama, e lá estava
ele, através daquela cura, tendo se transformado num poderoso pregador para
aquela convenção. Ele e sua esposa passavam boa parte do seu tempo no
ministério de oração e pregação para rezar pelas pessoas.
E eu estava lá no fundo
daquele recinto, olhando para aquele rapaz, incapaz de me mover e de tirar meus
olhos dele. E, enquanto as palavras saíam da sua boca, eu me lembrei do que as
pessoas falavam de Jesus, do quanto elas ficavam maravilhadas com as palavras
de Jesus e eles davam glória a Deus por aquilo que viam Jesus fazer.
E, no tempo em que eu fiquei
lá no recinto, então eu percebi aquilo que o evangelho diz, percebi o que Jesus
disse no último capítulo da bíblia: "Contemplem, faço novas todas as
coisas", tenham certeza, tudo se faz novo. (aplausos)
Meus queridos irmãos, eu
mesmo sinto dificuldade em crer em tudo que estou falando para vocês, mas é
aquilo que eu tenho visto e ouvido que eu tenho falado. Ainda me parece difícil
como Deus pode fazer uma coisa dessas, tirar alguém que estava tão próximo da
morte para lhe dar uma vida tão nova. Mas o que Deus fez com Antônio, o nome
dele é Antônio, ele quer fazer com cada um de nós. (aplausos)
Então eu posso acreditar na
promessa de São Paulo, então posso crer no versículo de São Paulo, na famosa Carta
aos Coríntios: qualquer um que está em Jesus torna-se uma nova criatura. Para
usar a tradução bíblica em inglês, “qualquer um que é tocado por Jesus se torna
uma pessoa novinha em folha”.
Qualquer um que está em
Jesus, se torna uma nova criação.
Amém!
(aplausos)
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