023 A Cura Interior é Necessária

A Cura Interior é Necessária

Por Padre Rufus Pereira
Tradução: Vinicius Adamo
Transcrição e adaptação: Carlos S. Gushiken

Para resumir o primeiro ensinamento de hoje, a pergunta de introdução sobre esse aprofundamento, que é para saber por que é que nós precisamos fazer um retiro de cura interior. E nós precisamos fazer esse aprofundamento porque não é suficiente nascer do espírito, mas é necessário crescer no Espírito.
E nós precisamos crescer no espírito, especialmente na nossa vida emocional, porque com frequência nós temos visto que o maior bloqueio para o nosso crescimento são os bloqueios emocionais e naturais, e o que nós precisamos mais dessa experiência de cura interior muito mais em os nossos relacionamentos, porque nós percebemos que, especialmente no nosso relacionamento de marido e mulher e até no nosso relacionamento familiar acontece tanto sofrimento e tanta dificuldade. E nós sabemos que todos esses problemas são quase todos de origem exclusivamente emocional.
Portanto nós precisamos fazer esse aprofundamento de cura interior, mas por que é um retiro, um aprofundamento? Porque problemas que são muito sérios precisam de tempo para serem curados, tempo para ouvir a palavra de Deus, a palavra que nos cura e nos liberta, tempo para estar em fraternidade com outros que têm os mesmos problemas que os nossos, e então com eles nós podemos nos identificar. Então podemos nos sentir que não estamos sozinhos e só isso já nos traz um grande conforto, uma grande cura.
Tempo de encontrar com pessoas que têm o dom da cura, e que tenha experiência da cura, e tempo, acima de tudo, para estar com Jesus, o nosso Curador e nosso Libertador.

Tipos de problemas
Dizendo de outra maneira, as pessoas têm todos os tipos de problemas.
Há pessoas que não tem problemas nenhum, nunca ficaram doentes, sempre foram os primeiros na vida escolar, tem um lindo casamento, uma linda vida familiar, tem um bom emprego e ganham bem, e dessa maneira não podem entender como as outras pessoas têm problemas. Então eles não conseguem entender por que é que as pessoas vão para aprofundamentos de cura interior e acampamentos de oração. Essas pessoas são afortunadas, mas, como os fariseus dos Evangelhos, eles se sentem auto-suficientes e vão olhar os outros de cima para baixo, aquelas que têm problemas.
E têm as pessoas que parecem que têm todos os problemas do mundo, tem de 20-25 doenças, nunca tiveram sucesso nenhum na escola, a sua vida familiar e o seu casamento estão em ruínas. Foram atrás de ajuda no espiritismo, na magia negra, nos feiticeiros, acabaram se tornando piores ainda. E às vezes, quando encontro esses tipos de pessoas, eu mesmo fico chateado com Deus. E eu digo: "Deus, como é que o senhor permitiu que essa pessoa tivesse tantos problemas?"
Eu estava dando um retiro para os líderes da Renovação Carismática na Escócia, tinha cerca de 300 pessoas. E as pessoas chegavam com seus problemas, quase todos tinham tantos problemas que muitas vezes eu não sabia nem o que dizer. E quando eu começava a ler as os relatos, eu começava a sublinhar os problemas mais sérios, aí algumas vezes cada frase estava sublinhada: foi um dos fins de semana mais tristes de toda a minha vida, porque não era gente de fora da igreja, era gente que era da Renovação, eram líderes da Renovação. Se esses tinham então tantos problemas, o que dizer dos outros? O que dizer dos outros que nem cristãos eram?
Então você tem um terceiro grupo de pessoas entre esses dois extremos: existe outro grupo de pessoas entre esses dois problemas extremos, que tem seus problemas, alguns maiores e alguns menores. E é nesse grupo, no meio, que está a maioria de nós, com problemas que também necessitam de tempo para serem tratados.

Cura interior
Então a partir de agora eu quero falar especificamente sobre a cura interior. Então você pode colocar no cabeçalho do seu papel "Cura interior", e eu quero jogar começando a responder quatro questões sobre cura interior.
Primeira questão: sem a cura interior dificilmente ocorre a cura espiritual e física
Minha primeira questão é por que é que a cura interior não é só importante, mas também é necessária? Eu repito: “Por que a cura interior não só é importante, mas também necessária?”
Não é uma questão muito prática e nem muito teórica, mas muitas pessoas querem saber a razão das coisas, especialmente padres e bispos. Eles frequentemente gostam de pensar sobre o porquê das coisas.
Então, a primeira razão pela qual a cura interior não é simplesmente importante, mas necessária, é a seguinte: porque cada ser humano precisa, o homem precisa disso. Para colocar de maneira bem prática: a cura interior é como se fosse a porta principal, a chave para a cura total do homem.
Com frequência uma pessoa não vai ser curada fisicamente, a menos que ela passe por cura interior. Muitas das nossas doenças físicas não são, de fato, doenças físicas, mas elas são sintomas físicos de um problema espiritual e emocional profundo. Uma vez que eles experimentam a cura emocional o sintoma físico desaparece: são como dores físicas de vários tipos, asmas, por exemplo, úlcera no estômago e tantas outras.
Da mesma forma uma pessoa não vai ser curada espiritualmente, a menos que ela passe por uma cura emocional porque mesmo que ela queira se libertar, ela vai estar presa por alguns hábitos compulsivos de pecado, tais como: o vício em drogas, o alcoolismo, ou qualquer tipo de hábito compulsivo, como por exemplo, a homossexualidade e tantos outros.
E a pessoa diria: "Eu quero sair desse hábito, eu até vou à igreja todos os dias, eu já fiz uma boa confissão, mas eu ainda não consigo me libertar", ou seja, ele não vai se libertar de nenhum desses vícios, a menos que ele tenha uma cura interior das causas daquele vício.
Da mesma forma ninguém vai ser curado de uma opressão diabólica, a não ser que ela tenha uma cura interior. De outra forma, cada vez que eu fizesse uma oração a pessoa fará barulho, vai se jogar e cair no chão, e com frequência a gente vai gastar dias, semanas, meses, às vezes até anos, mas ele não vai se libertar desse poder do demônio, a não ser que ele tenha cura interior.

Caso: a jovem carismática de Uganda
Fonte: A Cura Interior é Necessária (2000)
Eu estava dando um retiro em Uganda e uma jovem veio se aconselhar. E ela me disse como nunca ninguém rezou por ela. Qualquer um que rezava por ela em público, ela se jogava e ela caía no chão, e fazia toda aquela agitação e barulhos, ela se sentia muito mal quanto a isso porque ela era bem conhecida naquele local, ela era uma líder da Renovação Carismática.
E aquilo foi acontecendo por muito tempo, mas depois que ela ouviu minha palestra, ela veio se aconselhar comigo e então ela pôde descobrir qual foi a abertura emocional para aquela atividade demoníaca, então nós oramos pela cura emocional. Então quando ela voltou para o público, para a pregação, a oração teve toda a unção e não acontecia mais nada com ela.
Então com frequência a pessoa não se vai ser curada, não vai ser liberta espiritualmente da opressão demoníaca, a não ser que ela passe por uma profunda cura interior.
Segunda razão: Jesus nos quer perfeitos, curados profundamente
A segunda razão pela qual a cura interior é importante e necessária: é porque Jesus nos quer curados na totalidade, e não parcialmente. Jesus quer que nós sejamos curados em profundidade e não superficialmente.
Na primeira carta de São Paulo aos tessalonissenses, capítulo 5, versículo 23-24, São Paulo faz uma oração: "Que o Deus da paz - paz significa cura total - cure-o perfeitamente em santidade”, em espírito, mente e corpo, para as três características da personalidade humana.
Portanto, quando Jesus vem, ele quer encontrá-lo sem faltas, sem nenhum ferimento, sem nenhuma culpa, em perfeição.
E então São Paulo nos assegura que Deus vai fazer isso porque ele acredita na sua fé.
Então esta é a segunda razão pela qual nós precisamos de cura interior, porque é muito importante e necessário, não é somente porque nós precisamos, mas é porque, acima de tudo, Deus quer.
Nós sabemos que Jesus veio e curou as pessoas no seu físico: "Eu vim para abrir os olhos dos cegos, para fazer os surdos ouvirem, para os aleijados andarem". Nós sabemos que Jesus também veio para curar as pessoas espiritualmente, ele não disse que veio perdoar os pecadores, mas, de alguma maneira, a gente acha difícil entender que Jesus veio para nos curar também emocionalmente, porque a gente imagina que isso não seja um assunto religioso, isso é assunto para psicólogos e psiquiatras.
Quando eu estava estudando teologia em Roma, o meu professor de teologia moral, que era perito e expert no Concílio Vaticano, um padre redentorista, costumava dizer aos seminaristas: "Quando vocês forem padres, que o penitente vier para o confessionário com um problema emocional, não mexam com isso, mandem-no para o psiquiatra, não mexam com esses problemas emocionais ou mentais, mande-os para o psiquiatra".
Mas nós sabemos que Jesus está interessado na pessoa como um todo, e ele veio para nos curar fisicamente, espiritualmente e até emocionalmente, mentalmente e psicologicamente, em todas as esferas. Portanto, de certa forma, esta é uma maneira a mais de entender o ministério de Jesus, claramente falado assim na Bíblia.
Por exemplo, em São Mateus, capítulo 11, versículo 28, onde Jesus diz: "Venham a mim todos vós que estão cansados, eu vou lhes dar descanso". A palavra hebraica "mish barlev" significa "de coração quebrado" e Jesus não veio só para curar o nosso físico, mas também o nosso coração ferido. Por exemplo, tome o salmo 147, quando o salmista diz que Deus cura os corações feridos e tampa as feridas.
Todos os anos eu dou um curso na Índia, no Pontifício Instituto Salesiano, e o curso é sobre as histórias do Evangelho, sobre libertação. E o objetivo daquele curso é mostrar a aqueles padres que vêm fazer o curso que toda a história de cura dos Evangelhos é uma história de cura interior e a cura física é só o resultado da cura interior, são histórias de curas interiores profundas.
Terceira Razão: as limitações da medicina e da psiquiatria
A terceira razão pela qual a cura interior não é só importante mas também necessária, é por causa das limitações dos tratamentos médicos e da psiquiatria. Nós sabemos que os remédios e os médicos são um dom de Deus para os homens, e nós não estamos dizendo que a oração deva ser um substituto da medicina e de medicamentos. Mas o que nós estamos dizendo é o seguinte: quando nós nos deparamos com as limitações dos melhores remédios e médicos, o Senhor, em seu amor, toma o controle.
Haverá um tempo em que não existirão doenças e nem necessidade de cura, mas enquanto encontrarmos pessoas doentes neste meu ministério os médicos vão sempre dizer duas coisas: "Nós não podemos curar essa pessoa" e "Nós nem sabemos qual é o seu problema". É em casos como esses é que Deus vem ao auxílio dessa pessoa através da fé das pessoas, é nesses casos que Deus ajuda essa pessoa através de uma oração efetiva de cura.
Frequentemente a psiquiatria leva um longo tempo, podem-se levar meses, às vezes anos. Como é que pode uma pessoa pobre ter condições de ter aquele tempo e aqueles recursos? Frequentemente a psiquiatria custa muito caro. Como é que uma pobre pode enfrentar essa dificuldade? Será que quer dizer que somente os ricos poderão chegar ao tratamento psiquiátrico? Será isso quer dizer que Deus estaria interessado somente nos ricos?
Por isso nós podemos dizer que a cura interior é a boa nova para os pobres.
Ontem eu estava rezando por um dos participantes por um problema muito, muito sério. Que eu creio que essa pessoa voltou para casa totalmente liberta e curada, e eu disse a ela: "Comprei este livro que a Canção Nova editou - Passos para a cura - para ajudar você". E ela me disse: "Padre, eu não tenho dinheiro para comprar o livro", portanto nós temos um livro de graça para ela. (aplausos)
Se essa pessoa não tinha dinheiro para comprar um livro, será que ela teria dinheiro para ir para o psiquiatra? Especialmente quando a psiquiatria não é atendida pelo serviço público de saúde? Talvez ela nem tivesse a possibilidade de pagar por uma pequena consulta. É por essa razão que eu acredito que a cura interior é a boa nova para os pobres, para os países do terceiro mundo, para as pessoas pobres do mundo inteiro.
Novamente, dentro da psiquiatria, às vezes alguns problemas são realmente curados, mas alguns efeitos colaterais acabam por acontecer.
Eu estava rezando por um jovem na Índia que tinha alguns problemas. Infelizmente sua mãe o levou para um psiquiatra, que tinha me dado medicamentos muito fortes. Os problemas sessões, mas aí ele começou a ficar manco de uma eterna, ficou com dificuldade de falar. Em então eu percebi que o problema era pequeno, que poderia ser curado por uma simples oração de cura.
Eu estava assistindo um programa de TV em Londres que havia três psiquiatras famosos debatendo, e um deles dizia: "Nosso sabemos que só choques elétricos e medicamentos não curam, mas o que mais nós podemos fazer? Precisamos manter o paciente calmo, nós temos sedar a pessoa".
É por isso que a cura interior é um presente tão importante de Deus.
Eu estava dando um retiro em Bombaim, e uma jovem foi trazida para o retiro. Esse retiro era somente para médicos e enfermeiros, que era justamente para ajudar os médicos a trazer cura interior e priorizar no seu trabalho auxiliar no seu trabalho. E um psiquiatra hindu veio para ver o que a gente estava fazendo.
Esse psiquiatra trabalhava para aquele laboratório famoso, a Pfizer.
Uma das pessoas que estavam me ajudando a dar um retiro também era um psiquiatra, mas ele era o vice-presidente da equipe nacional da Renovação Carismática. Ele tinha sido por muito tempo um psiquiatra e consultor das forças armadas do país, portanto era um homem importante, ele estava me ajudando a dar esse retiro.
Nós dissemos aos participantes que se alguém tivesse algum problema, precisava primeiro que ir ao médico para ver se conseguiria uma cura física, depois tinham que ir até os psiquiatras para verem se tinham algum problema emocional, e depois viriam até mim se tivessem um problema espiritual.
Era um treinamento para médicos e enfermeiras no processo de cura total.
Então uma jovem que foi trazida para aquele retiro, porque a sua família estava dizendo que por dois meses ela tinha estado muito doente.
Ela tinha ataques epiléticos 4-5 vezes por dia, caía no chão, rolava no chão com aquela espuma na boca, gritando e fazendo com ruídos. Então eles trouxeram a moça naquele retiro, e ela era muito forte e muito violenta. Eles não conseguiam fazê-la passar pela porta, deixaram ela na soleira da porta, e eu tive que pedir para os meus seguranças trazê-la para dentro. Esses seguranças não são seguranças contra as pessoas, mas são contra o demônio.
Então eles trouxeram a moça para a minha sala, o psiquiatra que estava junto. E o tal psiquiatra hindu perguntou: "Posso entrar em ver o que você está fazendo?", eu disse: "Pode entrar, sim".
E eu pedi que as outras pessoas que estavam participando do retiro intercedessem rezando por nós. Então esse psiquiatra que estava me ajudando fez algumas perguntas, fez alguns testes e exames para ver se ela estava doente fisicamente, fez alguns testes para saber se ela estava emocionalmente ou mentalmente doente, e então ele se voltou para mim e disse: "Padre, reze por ela, porque é um caso de libertação".
E foi uma das maiores surpresas da minha vida, eu fiquei surpreso, porque é ali estava um psiquiatra me dizendo que aquilo não era um caso de cura física ou emocional, mas um caso de libertação.
Mas ao mesmo tempo era um era um risco, porque supunha que se eu rezasse por ela e não acontecesse nada? Então todos os médicos e enfermeiras e iriam dizer: "Bom, esse negócio de cura interior não funciona". Mas, claro, eu estava cheio de fé no Senhor, eu sabia que o Senhor estava comigo, e o Espírito Santo também. Então eu só conversei com aquela jovem por dois minutos, para acalmá-la. Falei com ela no poder do Espírito, então eu rezei por ela por quase dois minutos, trazendo a cura. Então eu tive uma certeza tão grande que o Senhor tinha feito o seu trabalho, que eu disse para ela: "Pode se levantar, vá lá fora e agradeça a todos que estavam rezando por você. E amanhã você vai voltar para o trabalho".
No dia seguinte ela voltou para o trabalho e nunca mais sentiu doenças. (aplausos)
Então o psiquiatra hindu começou a contar o caso aos seus psiquiatras e amigos de Bombaim: “Nós tivemos um caso que necessitaria de duas semanas de sedação pesada para manter a pessoa calma e nós vimos que ela ser dada e ser acalmada somente 2 minutos”. (aplausos)
Eu prefiro o frio ao calor, mas esse é um exemplo do ministério de serviços. (aplausos) E nós agradecemos a Deus por este maravilhoso casal, José e Ana, que tem me ajudando nesse ministério por muito tempo na Inglaterra, em Portugal e no Brasil e eles têm um grande ministério de compaixão e, portanto, de cura e libertação. (aplausos)
Então eu estava dizendo que esse psiquiatra foi contando para os seus outros amigos psiquiatras de um caso que eu sei que precisaria de seis meses de medicamentos fortes para acalmar, para curar. E eu vi a pessoa a ser curada na minha presença em apenas dois minutos, e essa é a tremenda força da cura interior. (aplausos)
Nós temos testemunho de muitos casos de pessoas que estavam internadas em hospitais psiquiátricos e que vieram participar de um retiro de cura interior e ficaram curados, mas nós temos que continuar.
Quarta razão: a forma como a personalidade humana se desenvolve
A quarta e mais importante razão que a cura interior não é só importante e necessária, mas é a forma como a personalidade humana se desenvolve desde o momento que nós nascemos.
Agora nós sabemos que até mesmo no tempo da nossa concepção e, mais recentemente, percebemos, mesmo desde o tempo de nossos ancestrais, da nossa árvore familiar, coisas aconteceram, mas não foram simplesmente acontecimentos sem resultados, mas que aconteceram e permaneceram, trazendo consequências não na nossa consciência, mas no inconsciente. Eles não estão ali sem fazer nada, esses acontecimentos, mas estão afetando a minha personalidade de uma forma muito negativa e muito perturbadora.
E isso não é somente uma questão de psicologia, é o que São Paulo diz na sua Carta aos Romanos, capítulo 7, versículo 14 a 25. São Paulo diz: "Eu estou certo da minha salvação - claro, nós estamos interpretando as escrituras - eu sei que quando morrer vou para o Ceu" porque São Paulo está tão cheio de amor por Jesus, que a sua salvação é absolutamente certa, "Mas eu estou lutando pela minha santificação com dores e dificuldades, para que o dia a dia me torne perfeito, porque eu experimento em mim mesmo uma batalha, uma luta interior entre o santo que eu quero ser e a pessoa ruim que eu sou, que eu me vejo", é o que ele diz, "há um conflito interior em mim, uma batalha que começou no pecado original."
De certa forma cada um de nós é esquizofrênico. E esquizofrenia significa que existe uma divisão interior na pessoa. Somente quando a coisa se torna doentia é que o médico dá o nome, diagnóstico de esquizofrenia. E São Paulo diz: "Por que é que existe essa batalha, essa luta interior? Porque eu me vejo fazendo as coisas erradas que eu não quero fazer, e as coisas boas que quero fazer, eu não me vejo fazendo".
Não é o nosso cotidiano? Todos os dias nós estamos nos pegando fazendo as coisas erradas que nós não queríamos fazer, e todos os dias nós constatamos que todas aquelas coisas boas que nós sabemos que deveríamos fazer, mas nós não sabemos porque é que nós não fizemos.
E São Paulo grita com isso: "Que homem infeliz eu sou! Quem vai me libertar dessa condição que me leva para a destruição?" e São Paulo mesmo dá a resposta: "Graças ao Senhor, que vai fazer isso através de Jesus". Essa é a razão pela qual nós precisamos de cura interior, por causa do nosso passado que está nos levando a fazer coisas erradas, não permitindo que façamos as coisas certas.
Suponha que eu tenho que entrar num quarto escuro para pegar um livro, e a minha mentalidade de adulto diz que eu posso entrar, que não existe nenhum problema aí. Então eu não preciso crescido, não tem ninguém. Mas a minha mente infantil passada me diz: "Tenha cuidado, lembre-se de quando você tinha 4 anos, o que aconteceu: que a sua mãe pediu que você pegasse um livro naquele quarto escuro da casa, e você entrou lá todo feliz da vida para fazer um favor para a sua mãe. E você não sabia que atrás da porta o seu irmão mais velho estava escondido, e quando você entrou no quarto ele te deu um susto e você chorou morrendo de medo? E que, a partir daquele dia, você não foi mais capaz de entrar num quarto escuro. Quem decide agora por você?”
Nem sempre vai ser a sua mente adulta racional que vai decidir que vai te dizer: "Não seja bobo, não tem ninguém lá", ou talvez seja sua mentalidade irracional e infantil, de criança, que pode dizer: "Ah, eu tenho certeza que eu vou tomar um susto".
Ou às vezes existem coisas da nossa vida que nos levam a fazer coisas erradas.
Suponha que eu esteja fazendo um trabalho e um amigo veio para pedir ajuda, e eu me percebo bronqueando com ele: "Não me perturbe agora, saia daqui". E muitas vezes eu me pergunto: "Nossa! Por que é que eu fiz isso?", eu me sinto triste, eu me sinto muito mal, chateado por isso.
Mas isso aconteceu porque quando aquela pessoa era muito pequena, ela era muito tímida, todo mundo tirava vantagem dela, mas havia esse rancor dentro dela, que ela não conseguia expressar para as outras pessoas, porque todo mundo ficava em cima dela, suprimindo-a, porque ela era tímida.
E agora, quando ela se tornou adulta, que, numa posição de alguma autoridade, ela distribui essa raiva, essa mágoa para qualquer um.
Padre Rufus era tímido no seminário
Quando eu era seminarista em Roma eu tinha a reputação, entre os colegas seminaristas, de ser uma pessoa muito calma, todo mundo dizia: "Bom, o Rufus nunca vai estourar com ninguém". Um dia, depois de três anos, eu fiquei nervoso e todos os seminaristas diziam uns para os outros: "Nossa! O Rufus ficou nervoso", mas eles não sabiam que havia aquela raiva interior, que só se manifestou depois de três anos.
Existem três tipos de vulcão: tem aqueles que são vulcões ativos o tempo todo, que está com o tempo todo cuspindo fogo. Outros vulcões e estão mortos, e inativos. Outros são aqueles que nós chamamos de vulcões dormentes. Os vulcões dormentes aparentemente estão mortos, mas a qualquer momento eles podem explodir. Da mesma forma nós somos vulcões dormindo, nós não sabemos quando nós vamos explodir, por isso é que nós precisamos de cura interior, por causa das razões das nossas vidas que nos fazem fazer as coisas erradas e as coisas que nos fazem não fazer as coisas certas.
Vou terminar dando dois exemplos práticos.
Suponha que eu tenha nascido depois de um trabalho de parto difícil, ou até de forma prematura. É o que nós chamamos de uma experiência traumática, o que porque pode trazer uma ferida psicológica, um vazio que nós não vamos ver exteriormente, mas que está lá bem profundo, e que pode afetar toda a minha vida.
Suponha que eu fui concebido fora do casamento, ou que eu foi concebido sendo resultado de um estupro. É outra experiência traumática.
Suponha que há 40 anos atrás meu avô tenha cometido suicídio. Essa é uma experiência traumática que pode me afetar agora. Talvez o meu avô possa ter morrido na guerra, é outra experiência traumática.
Suponha que quando eu estou com quatro anos de idade e o meu pai morreu de repente, é outra experiência traumática. E, ainda mais porque eu era muito jovem quando o meu pai morreu.
Esses dias eu encontrei uma jovem que o pai tinha sido morto recentemente e mesmo ela sendo uma pessoa adulta e madura, ela começou a chorar lembrando-se da morte de seu pai.
Quanto mais se meu pai morreu quando eu tinha quatro anos apenas.

Caso: o homem da Croácia
Fonte: A cura interior é necessária (2000)
Encontrei um homem na Croácia. Ele estava me contando como é que foi a morte do seu pai quando ele tinha apenas quatro anos. Havia uma guerra na Croácia há 40 anos atrás, eu acho que foi na época da segunda guerra mundial. E os guardas comunistas mataram o seu pai na presença dele e largaram o corpo de seu pai, nu, na rua. E foi levado dali e nunca mais viu o seu pai. Agora ele é uma pessoa adulta, com uma alta posição na sociedade, ele estava me dizendo que a partir daquele dia todos os dias ele chora. No mesmo quando ele me contava a história, ele chorava. E ele precisava de cura interior.

Suponha que com 12 anos eu fui mal numa nunca exame de escola, e eu sei que eu tinha estudado muito. Mas pode ser que o professor, por vingança por alguma coisa que eu possa ter feito, me deu uma nota baixa. Pode ser uma experiência traumática.

Caso: jovens noivos de Bombaim
Fonte: A cura interior é necessária (2000)
Suponha que com 19 anos, uma garota que estava comprometida para casar com outro jovem, que depois de 2-3 anos namorando. E depois, já próximo do noivado, o rapaz chegue e fale: "Eu vou deixar você se casar com outro". Teve um caso na Índia que o rapaz veio dizer isso para a namorada e entregou o convite de casamento que já estava marcado com a outra, você pode imaginar como essa experiência foi traumática. Nesse caso a moça ficou tão chocada que acabou internada num hospital psiquiátrico.
Suponho que depois de dois meses de casamento, duas pessoas que estavam juntos há oito anos entre namoro e noivado, e o casamento foi um grande evento em Bombaim, onde as pessoas olhavam para eles como sendo o casal perfeito. Apenas dois meses depois a mulher deixou o marido e vai para a América atrás de um outro homem, vai para os EUA com esse homem, e o marido nem sabe o que aconteceu. Ele não sabe nem mesmo porque ela o deixou. Tentamos ajudar, mas esse jovem não abriu o coração, imagine a experiência traumática desse jovem.

Essa é a razão pela qual nós precisamos de cura interior, porque é através da nossa vida passamos por más experiências, saímos cheios de dores e ferimentos, que a minha vida pode ser afetada de maneira muito forte. E eu não sei porque eu estou agindo de certa maneira hoje.
Hitler e Stalin
Tome por exemplo dois ditadores do século passado, os dois mais importantes, Hitler e Stálin: é muito claro a partir das biografias que foram escritas sobre eles, que ambos eram esquizofrênicos. Devem ter sido tão profundamente atacados em sua infância, de forma emocional, que o que eles fizeram foi um tipo de compensação de tudo o que eles receberam de mal. Todos os dois eram satanistas, com muita clareza estavam sob o poder de satanás, e vejam só: o que aconteceu? Eles destruíram todo um continente, o continente europeu. Por causa deles cerca de 100 milhões de pessoas morreram na miséria.
Princesa Diana
Tome por exemplo o caso da princesa Diana, da Inglaterra. Uma vez eu fui para a Inglaterra e eu li sobre ela no jornal, eu sempre imaginei que ela precisava de cura interior. E quando o seu irmão falou aquelas palavras do seu funeral, o que ele disse foi muito claro: ele estava dizendo em outras palavras que a sua irmã tinha sido muito ferida e que precisava de cura interior. Se ela tivesse participado de um dos nossos retiros de cura interior da Inglaterra, ela não terminaria na sua vida daquela maneira. Infelizmente ela foi à pessoa errada, ela foi até uma pessoa que estava fazendo coisas através da parapsicologia, uma pessoa que provavelmente está envolvida em movimentos da Nova Era, talvez uma pessoa que estava sob alguma influência demoníaca. Por isso que todos nós precisamos de cura interior pelo poder e pelo amor de Jesus.

Introdução à próxima palestra
Antes de terminar eu quero fazer a introdução da próxima palestra.
A segunda questão que eu quero responder em detalhes nesta tarde, eu quero que você responda em detalhes e isso é, de muitas maneiras, o ensinamento mais importante do retiro.
Como sei que preciso de cura interior?
Uma vez que eu me convenci que a cura interior não é simplesmente importante, mas necessária, então o ponto é: como eu sei que eu preciso de cura interior? E também aonde eu preciso de cura interior?
Depois nós vamos falar sobre isso com calma e detalhadamente, mas eu quero antecipar um pouco sobre o que eu vou falar hoje à tarde dizendo o seguinte: como eu posso saber que eu preciso de cura interior e onde eu preciso de cura interior?
E eu vou dar todos os detalhes depois, mas a prática deve ser o escrever, por que escrever? Eu vou explicar depois, mas para economizar tempo vocês podem ir se preparando. Lembre-se que você vai estar escrevendo para você algo confidencial seu, é entre você e Deus, só pode ser dado ao padre que está no lugar de Deus, ou se é alguma coisa que não for extremamente confidencial, para alguém que vá aconselhá-lo, mas é para você escrever para você mesmo.
As principais coisas que você tem que escrever são fatos da sua história, fatos importantes.

Dados do relatório
Primeira parte
Nome
Portanto, em primeiro lugar, sobre você mesmo, pessoalmente, exemplo: começando com o seu nome, não porque eu queira saber o seu nome, mas porque muitas vezes até mesmo o nome pode ser a causa de um problema.
Eu estava dando um retiro em Medjugorje no ano passado, um padre eslavo trouxe uma pessoa para oração, era um jovem muito perturbado, eu descobri que a razão para seus problemas era o seu nome. Ele foi batizado pelo seu pai com o nome do irmão do pai, o seu tio, porque o seu tio, irmão do seu pai, era muito amado pela família, mas acabou cometendo suicídio. Então ele deu o nome para o filho porque ele amava o irmão, não percebendo que de certa forma estava construindo uma ligação entre o seu filho e o tio suicida. E quando eu rezei por esse jovem e pedi que Deus cortasse qualquer ligação entre ele e o suicídio, ele imediatamente se sentiu curado e livre.
Portanto o nome é importante. E algumas pessoas não gostam do nome que tem é tem problemas com isso.
Sexo
Também o seu sexo. É claro que se você vier falar comigo, eu sei se você é homem ou mulher. Mas também é para que você perceba que também os seus problemas podem estar conectados ao seu sexo. Quantas mulheres não gostam de ser mulheres e gostariam de ter nascido rapazes? E, especialmente, se seu pai queria um menino? E tanto mais...
Idade
E depois você coloque a sua idade. Não que eu queira saber a sua idade, se você vier a até mim eu vou saber se você é jovem, maduro o idoso. É para você também perceber que com muita frequência o nossos problemas estão ligados à sua fase de vida.
Profissão
A sua profissão também, o que você tem efeito. É a sua ocupação.
Por exemplo, em um caso uma senhora veio até a mim com um problema, por quê? Uma das razões é porque o seu pai era coveiro. E essa senhora trabalhou toda sua infância e juventude ajudando o pai nas funerárias, e eu percebi que uma das causas dos seus problemas era o tipo de trabalho que ela tinha feito.
Ou seja, é tudo que é relacionado a você para identificar, e quando você estiver refletindo em oração, o Espírito Santo vai mostrar se aí tem alguma coisa.
Segunda parte
Família
Em segundo lugar você vai falar sobre a sua família, quantos irmãos e irmãs você tem, o que é que o seu pai faz, qual é a sua história de vida.
Por exemplo: na Alemanha as pessoas, muitas delas eram refugiadas de seus países. Se a história da sua família, a história de uma família muito pobre ou não, se você veio de uma história que na sua família muita gente mexeu com o ocultismo, até mesmo o satanismo. E qual era a sua posição na sua família, se você está como um dos mais velhos, se você é mais jovem, se alguém morreu, como é que morreram as pessoas da sua família, de que maneira. Se houve algum suicídio, se houve algum aborto e tantas outras coisas.
Só você, somente você pode saber sob o poder do Espírito Santo, o que, de fato, é importante.
Terceira parte
Árvore Familiar
O terceiro é sobre a sua árvore de família, falar sobre os seus ancestrais. Também aqui, sob o poder do Espírito Santo, você vai tentar descobrir se tem um ancestral que precise de cura e libertação.
Vamos falar sobre isso mais tarde, mas é importante, se você é capaz, descobrir se tem alguma coisa no seus ancestrais que está te afetando hoje.
Por exemplo, eu tive um caso na Austrália em janeiro. Eu estava dando um retiro de libertação e um padre veio para a missão. Fique cada vez que eu orava por ele, ele caía pelo chão, como que possuído. Foi porque a dois séculos atrás os seus ancestrais, que vieram da Irlanda como prisioneiros, foram enforcados na Austrália. E antes de serem enforcados, amaldiçoaram a sua descendência, e esse padre estava afetado por uma coisa que aconteceu há 200 anos.
Parte central
1.    Confissão
Então nós vamos para a parte central do que você precisa escrever, que tem duas sessões. São as coisas que você fez errado e que precisam que sejam perdoados por Deus, e também precisam de perdão das pessoas que você feriu. Isso daí é assunto de confissão, as coisas que você fez de errado.
2.    O que os outros fizeram contra você
E a segunda parte são as coisas que outras pessoas fizeram de errado com você. O propósito principal de um retiro de cura interior.
Fazer a confissão é uma parte do processo de cura interior, mas o principal é escrever cada coisa que alguém te fez e te feriu, e escrevendo ambas as coisas, o que você fez de errado e o que fizeram de errado com você, sempre é bom destacar duas coisas.
Uma são as coisas na área da sexualidade, porque isso muitas vezes nos faz sentir culpados, e quando você simplesmente bota isso para fora, mesmo psicologicamente acontece, já há alguma cura. E a segunda coisa muito importante é com relação às práticas ocultas, não é somente de ser que eu fui a um feiticeiro, mas para dizer quantas vezes, o quê que ele fez, o que aconteceu.
Todos os detalhes possíveis.
Então nessa área da sexualidade e das práticas ocultas, é preciso ser jogado, precisa dar detalhes, porque nós precisamos vez por aí escuridão da nossa vida sob a luz de Cristo.
Tivemos de Portugal, em Fátima, um dos casos mais difíceis. Foi somente quando essa jovem colocou tudo para fora, tudo o que estava machucando e ferindo, e depois, quando eu fui perguntando ela foi falando todas as coisas ocultas que tinha feito, foi só assim que ela se libertou.
Parte final – males físicos
Então, no final, você vai falar sobre os seus problemas físicos, não porque a gente quer que você seja curado fisicamente, não somente isso, mas é como o final do trabalho de Deus. Quando a pessoa experimenta cura interior, a cura espiritual, a cura emocional, a cura física acaba acontecendo.

Procedimentos para a tarde
Então agora mesmo você já começa na oração e comece a escrever, e eu vou dizer à tarde o que nós vamos fazer.
Haverá padres e pessoas da equipe disponíveis, e os papeis que você vai escrever para você. Você pode, se quiser, mostrar para o padre ou ao conselheiro.
Por exemplo, quando dou retiros em Bombaim, é lógico que o grupo é bem menor, porque aí, nesse caso, quando o grupo é pequeno, eu posso ver um por um. Mas aqui vou conseguir atender no máximo de 100 a 120 pessoas, quando há muitas pessoas é preciso trabalhar com limites.
Quando há poucas pessoas cada pessoa é entrevistada pessoalmente. Claro, só que tem muitos problemas, nesses casos desses retiros, é que vão vir. É então, naquele caso, que eu passo 5 minutos com cada pessoa, que então vem com o seu papel, eu não falo com eles, não permito que falem comigo, eu leio aquele papel muito rapidamente, oro pela pessoa, é assim que termina.
Eu estava dando retiro para padres da República Tcheca, e eu disse para todos: "Vocês podem escrever essas coisas todas, mas não vá escrever sua língua natal porque eu não vou entender. Você pode escrever em latim ou inglês, alemão, francês, português ou espanhol, porque essas são essas são as que eu consigo ler, pelo menos eu consigo entender".
E aqueles padres fizeram confissões tão bonitas, tão lindas e importantes, se eles só soubessem escrever tcheco, eu ia pedir para outros padres transcreverem para inglês para mim. Eles tiveram tanta humildade, que depois do retiro eu vim para Praga, e eu queria só encontrar com o arcebispo para dar o meu agradecimento, mas ele me disse: "Não, eu que vou aí visitar você", e ele veio me ver.
Ele disse: "Olha, depois que terminou retiro vário padres ligaram para mim para dizer que foi o retiro o melhor retiro da vida deles”. É essa a razão pela qual vou estou voltando para República Tcheca, para dar um retiro para todos os padres do país. E então é por isso que naquele ano, o bispo, que é o cardeal, me deu essa informação. Ele disse assim: "Primeiro, antes de você dar esse retiro para os padres, eu quero que você dê um retiro pequenos só para os bispos". (aplausos)

Conclusão
Então, façam agora um momento de oração. Podem começar a escrever. Nós somos um grupo grande, mesmo que você não consiga ser atendido por ninguém, o Senhor já está lendo as palavras que você escreve, antes mesmo que elas vão para o papel. O próprio escrever e falar com o Senhor já promove a cura.
Quando as pessoas às vezes vem para mim com os papeis, eu leio e rezo. E às vezes eu digo: "Vá até a capela e leia o seu papel para Jesus baixinho, então você vai ter o seu tempo. Leia sentença pensa por sentença, acreditando que a cada frase que você lê o Senhor já está curando”
E você pode levar um tempo, porque infelizmente o padre Rufus não vai ter tempo, mas Jesus vai ter todo o tempo.
Amém.

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