Eu vos darei um coração novo
27/09/2000
Por Padre Rufus Pereira
Tradução: Vinícius Adamo
Transcrição: Carlos S. Gushiken
Tendo ouvido a
palavra de Deus agora, o Senhor continua a falar conosco através deste
ensinamento que nós vamos ter agora.
Então, neste
primeiro ensinamento da manhã, vou falar algumas coisas sobre o terceiro
ensinamento de ontem, falando de uma outra maneira, são aquelas questões,
aquelas questões importantes, como se fosse o coração do aprofundamento do
retiro de cura interior, ou seja: como
rezar por cura interior? E como experimentar cura interior?
Como
rezar pela cura e como experimentar a cura interior
Primeiro
passo: orar para o Espírito Santo
E nós dissemos que o
passo básico é orar para o Espírito Santo, para que seja refletido no nosso
passado, de modo que nós possamos encontrar as causas-raiz de nossos problemas
emocionais mais importantes.
Primeiro estágio da
vida: genealogia
Nós dissemos que o
primeiro estágio da nossa vida que precisamos iluminar com a luz do Espírito
Santo, é toda a nossa genealogia, a nossa árvore de família, a nossa árvore
ancestral. Nem é necessário dar novos testemunhos dessa fase da nossa vida,
porque nós ouvimos o testemunho do padre Jonas ontem na missa.
Caso:
o falecido não rezado por 50 anos
Fonte: Eu vos darei um coração novo (2000)
Mas eu me lembro que
quando estava dando uma palestra na conferência nacional na Inglaterra e uma
senhora veio até a mim. E ela me disse: "Padre, depois que eu ouvi o seu
ensinamento sobre a cura da árvore genealógica, de repente eu me lembrei que eu
não tinha rezado pelo meu marido que já está morto. Meu marido morreu a 50 anos
atrás, ele era capitão de um submarino, e o submarino tinha sido torpedeado
pelos inimigos, e ele e todos os marinheiros morreram.
Em todos esses 50
anos eu nunca tinha rezado pelo meu marido, nem sequer tinha rezado uma missa
para o repouso de sua alma, mas, depois de ouvir o seu ensinamento, a primeira
coisa que eu fiz foi mandar rezar uma missa, e rezei por ele, pelos
companheiros que foram mortos e também pelo inimigo que fez aquele ataque. E
ela, então, dizia: "Agora eu sinto uma tamanha paz, uma paz que eu nunca
tinha sentido antes".
Segundo estágio da
vida: concepção e gestação
E nós dissemos ontem
que o segundo estágio da nossa vida que precisa de cura interior é o período em
que nós ficamos no ventre de nossas mães, pela qual nós percebemos que também
podemos rezar retrospectivamente.
Caso:
a mulher do capitão morto e o bebê
Fonte: Eu vos darei dar um coração novo (2000)
Eu estava andando na
rua onde eu moro, lá na Índia, e eu encontrei uma senhora com o seu filho de 15
anos. E nós começamos a conversar, que ela disse: "Padre, talvez o seu não
esteja me reconhecendo, mas eu estive com o senhor pedindo oração há quinze
anos atrás, quando o senhor estava naquela outra paróquia, e eu vim porque eu
tinha mesmo uma situação difícil na minha vida, o meu marido, a quem eu amava
tanto que, tinha acabado de falecer. E ele era capitão de um navio. Esse navio tinha
afundado numa tempestade, não muito longe de Bombaim.
Eu me lembrava daquele
desastre, porque esteve em todos os jornais naqueles dias, e eu lhe disse,
naquela época, que a maior tristeza é que eu estava com cinco meses de
gravidez. Eu já tinha duas filhas, que então o senhor me disse que o bebê
estava no meu ventre precisava de mais oração do que eu, e fiquei com raiva do
senhor. e o senhor rezou por mim e rezou pelo meu bebê.
Mas agora, quinze
anos depois, eu quero lhe agradecer por aquela oração, porque quero dizer que
em todos esses quinze anos o meu filho nunca ficou doente, sequer uma vez, sempre
está em primeiro lugar na escola, é um rapaz de muito bom comportamento.
O ano passado ele
fez até um retiro com o senhor, é claro que talvez o senhor não se lembre, e
naquele retiro ele me contou que Jesus apareceu para ele, ele viu Jesus no
último dia do retiro. Então eu percebi o quanto aquela oração, feita há quinze
anos atrás, tinha tido resultados tão bons daquele rapaz.
Terceiro estágio da
vida: infância e adolescência
O terceiro estágio
no qual nós precisamos de cura interior na nossa vida é o tempo da nossa
infância e da nossa adolescência.
Caso:
O demônio e a aluna morta
Fonte: Eu vos darei dar um coração novo (2000)
Quando era diretor
de uma escola, entraram na escola três crianças, eram duas irmãs e um irmão.
Uma estava na terceira série, outra na segunda e outro no primeiro.
E a menina que
estava no terceiro ano sempre trazia o menor para mim, apenas o mais jovem, o
pequenininho. Então a menina tinha um bom comportamento, o menino era sapeca. e
ela vinha e dizia para mim:
- Padre,
bata nele.
- Mas,
por quê?
- Ele
não está se comportando bem, ele está fazendo isso, e ele está fazendo aquilo.
E
eu dava umas palmadinhas, é lógico que bem de leve. E aí um dia eu perguntei
para ela:
-
Por que é que você está trazendo o menino para mim? Os seus pais é quem
deveriam estar trazendo para mim. Aonde estava a sua mãe?
- A
minha mãe se apaixonou por outro homem foi embora para outro país.
- E
onde está seu pai?
- Ah,
ele se apaixonou por outra moça e foi para outra cidade.
E
agora essas três crianças tinham sido deixadas com seus avós.
- E
por que é que vocês vieram para esta escola? Vocês poderiam ter ido para outra
escola que é dirigido pelas irmãs, que é melhor do que esta.
- Ah,
porque disseram para nós que se a gente não conseguisse ser admitida na escola,
era para a gente ser admitida na sua, que tinha uma reputação muito boa.
- Obrigado
pelo elogio, mas vocês não querem ir para a outra escola, particular, que é
melhor?
-
Nós queremos, sim.
Então eu entrei em
contato com a irmã que era diretora daquela escola. Então as duas irmãs foram
admitidas na escola, mas em período integral. Seis meses mais tarde, enquanto
eu estava na minha paróquia olhando pelos cantos do jardim, e vi que essa menina
estava brincando com outras crianças. E eu perguntei:
- Por
quê que você não está na escola? Por acaso é feriado ou alguma coisa?
- Não.
- Por
que é que você não está lá, então?
- É
que lá me mandaram embora.
- Mas
eu tive tanto trabalho de colocar vocês naquela escola, e você agora me diz que
você saiu?
-
Não, mas é porque todo dia, durante as aulas, eu desmaiava. Eu ficava possuída
e um espírito do mal vem sobre mim.
E
ela só tinha 9 anos. E eu disse:
-
Eu não acredito nessas coisas.
E naquele
momento a tia dela apareceu e eu disse:
- Veja
a sua sobrinha, o caso dela.
- É
mesmo, padre, nós tivemos que tirar ela da escola porque todas todos dias ela
desmaia, se sentia atacada pelo inimigo e assustava todas as pessoas.
Naquele
momento também a diretora da escola veio falar comigo, eu disse para ela:
- Escute
o que essa menina está dizendo.
-
Padre, é verdade. Eu tive que tirá-la da escola porque ela caía, desmaiava, tinha
ataques todos os dias e assustava os outros.
Então
disse para a menina e para a tia:
-
Por que é que vocês não vieram me chamar?
- Ah,
nós viemos várias vezes aqui e na paróquia tentar localizá-lo, mas um padre da
paróquia nos disse que nem mesmo o Espírito Santo sabe onde estava o Padre
Rufus. (risos)
- E
o que é que vocês fizeram?
-
Ah, nós fomos a um feiticeiro.
- E
vocês pagaram para ele algum dinheiro?
- É,
nós pagamos um dinheirão para ele, para que a menina fosse libertada, para que
ela pudesse continuar estudando na escola.
- E
ela ficou melhor?
-
Não, agora o espírito daquele feiticeiro é que vem sobre ela. (reação da
plateia)
É, e isso realmente
acontece: quando você vai a essas pessoas, pedindo que essas pessoas removam algum
espírito do mal de vocês, o que é que eles vão fazer? Eles vão tirar naquele espírito
pequeno de vocês e vão colocar um espírito demoníaco maior.
Mas quando nós vamos
para Jesus, ele vai tirar de você aquele coração de pedra e vai lhe dar um
coração de carne, um novo espírito. É o oposto. Então eu falei:
- Tudo
bem, vou rezar por ela.
E quando eu coloquei
a mão na cabeça dela, ela começou a pular e a gritar, da mesma forma que vocês
estão ouvindo nesses dias aqui.
- Eu
acho que é melhor não continuar a oração agora, porque todo mundo vai ficar
perturbado, eu vou arrumar um problema.
Então eu saí da sala,
deixei ela na sala e cada vez que eu passava pelo corredor ela gritava com dor
de cabeça. Então eu disse à irmã que nós vamos rezar por ela no convento no dia
seguinte. E quando a menina estava saindo com a sua tia, ela ia me dizendo
palavras horríveis, a mesma menina que me amava tanto.
Então, no dia
seguinte nós fomos rezar com ela, e quando eu comecei a rezar por ela o demônio
começou a falar:
-
Eu entrei nela, a menina gostava de se sentar sob uma determinada árvore na
escola durante o intervalo da tarde. Nesse mesmo lugar outra menina da escola
também se sentava, e essa menina que sentava anteriormente nesse mesmo lugar
tinha morrido numa cirurgia de apendicite. E essa menina ficava pensando na
mesma maneira de que é outra aluna ficava pensando. - disse o demônio.
Era como se o
demônio que estava naquela menina que morreu, tivesse sido absorvida por aquela
nova, por essa que estava sentada no lugar. Então nós oramos por ela e ela foi
liberta. E eu perguntei a ela:
- Quando
tem o recreio, o quê que você faz? Você brinca com as outras meninas?
-
Nunca brinco. Eu costumo sentar debaixo de uma árvore.
- Muito
bem, em que lugar você se senta?
Aí
ela me mostrou exatamente aonde o demônio me havia dito, e eu perguntei:
- O
quê que você ficava pensando quando você fica sentada nesse lugar?
E ela começou a
contar. Até esse momento eu sempre pensei que esse essa menina fosse alegre e
feliz, cheia de vivacidade. Mas, com frequência, isso tudo é uma máscara que a
gente tem para a gente esconder os sentimentos mais profundos. E ela disse que
debaixo da árvore ela ficava pensando:
- Eu
costumo ficar pensando por que é que a minha mãe me abandonou, por que é que
meu pai me abandonou. Eu sempre tenho uma tristeza muito profunda no meu
coração, as pessoas tem impressão que eu estou feliz, que eu estou brincando,
que eu estou alegre, mas no meu coração há muita dor, há muita raiva do meu pai
e da minha mãe.
Então eu percebi que
mais importante do que rezar por ela, era necessário rezar por ela agora pela
cura interior e libertação do seu coração. E como ministrar isso para uma
pequena menina? Não é tão fácil. Então eu comecei a dizer para ela:
- Veja:
todos nós fazemos coisas erradas e isso acontece porque não somos Deus, nós
somos pessoas humanas, e o demônio está sempre nos tentando. Portanto seu pai
fez uma coisa errada, a sua mãe fez uma coisa errada. Mas talvez agora eles
estejam se sentindo muito tristes, com remorsos, e talvez eles precisem de mais
cura do que você. Talvez, nos seus corações, eles estejam pedindo perdão para
você?
Falei para ela:
- E
quero que você perdoe o seu pai e a sua mãe, porque eles são sabiam o que eles
estavam fazendo. Você pode rezar para que eles sejam curados, e reze para que
um dia eles voltem.
Então eu rezei pela
cura interior dela, então eu disse para a diretora da escola:
- A
senhora tem que admiti-la de volta na escola.
Ela estava há seis
meses sem receber aulas, os exames estavam próximos que eu disse para a
diretora:
- Dê
um reforço escolar para ela, ela precisa passar nos exames, senão eu mesmo vou
dar o reforço para passar nos exames, porque se ela repetir vai ser uma vitória
para Satanás.
Muitos anos mais
tarde eu fui para um convento e havia uma jovem na recepção e ela disse:
- Padre,
o senhor não está me reconhecendo?
- Não.
- Eu
sou aquela menina que o senhor rezou por mim, eu consegui entrar na escola,
consegui esse emprego.
- Agora,
padre, me ajude a conseguir um emprego melhor.
- Tudo
bem, eu vou tentar arrumar um emprego melhor para você.
-
Eu sei que vocês, padres, gostam de prometer, mas nem sempre cumprem o que
vocês prometem. (acha graça)
E eu pensei comigo
mesmo: “Já fiz tanto por ela e ela falando desse jeito comigo!” (risos)
Mas, para dizer a
verdade, eu esqueci mesmo. (a plateia se diverte)
Muitos anos mais
tarde, quando eu estava nesse centro pastoral onde vivo hoje, exatamente em
frente ao santuário mariano mais importante da Índia, como se fosse Aparecida,
no dia da festa do santuário, dia 8 de setembro, alguém bateu à porta, e quando
fui atender a porta, havia uma jovem com o marido e um marido. E ela disse:
- Padre,
o senhor não está me reconhecendo?
-
Não.
- Eu
sou aquela menina pela qual o senhor rezou. E este é meu marido e este é meu
bebezinho. Nós estamos vivendo em Dubai e estamos indo muito bem. E todos os
anos a gente vem para Bombaim no dia da festa no santuário, a gente vem todos os
anos para agradecer a Nossa Senhora o que ela fez por mim, e a gente vem todos
os anos agradecer a você pelo que o senhor fez por mim. A Nossa Senhora, sempre
encontramos. O senhor, a gente nunca encontra. (risos)
E então ela terminou
dizendo:
- Padre,
todas as noites, eu e o meu esposo, nós nos ajoelhamos e rezamos pelo senhor
para que o senhor faça a muitos o que fez por mim.
E esse é o exemplo
de como uma jovenzinha, que estava até mesmo sem ter escola mais, nem possibilidades
de estudo, pôde ser curada, estar com o seu esposo, se tornar mãe e seguir a
vida. E a sua mãe voltou para casa. Então, aplausos para o Senhor. (aplausos)
Então, esse exemplo
que eu dei é para vocês perceberem como a gente tem que ir além dos sintomas
para descobrir bem profundamente a razão do problema.
Segundo
passo: remover os bloqueios da cura interior
Primeiro bloqueio:
falta de perdão
O segundo passo,
como eu disse para vocês, é remover os bloqueios para a cura interior. E o
primeiro bloqueio é a falta de perdão. Como lhe disse para vocês, a falta de
perdão é um bloqueio, e sem a falta de perdão a possibilidade de cura é zero.
Caso:
A cura da asma através do perdão ao marido
Fonte: Eu vos darei um coração novo (2000)
Para dar um pequeno
exemplo: eu estava dando um retiro no hospital para os médicos e enfermeiras,
então uma enfermeira veio me ver. E ela me pediu que eu rezasse por sua asma,
ela me disse que sofria de asma por cinco anos e quando eu rezei por ela, ela
caiu no chão. Eu percebi que aquela queda não era um repouso no Espírito, que o
repouso no Espírito é uma forma do Espírito Santo nos curar, mas ela teve como
que um nocaute mesmo. O que me mostrou que era um bloqueio, que o Senhor me
dizia para parar a oração.
Então eu cheguei até
ela e disse: "Como está o seu relacionamento com o seu marido?" e
então ela me disse que ele a tinha ferido muito, que ela estava sentindo o ódio
dele, que ela não conseguia perdoá-lo. Então eu disse a ela: "Se eu você
quer que eu continue rezando por você, pela sua asma, agora mesmo você precisa
rezar, fazer uma oração para perdoar o seu marido". E ela fez. Um ano mais
tarde, quando eu voltei para aquele hospital, ela veio me ver no corredor, e
ela veio correndo até a mim: "Padre, eu queria dizer para o senhor, que
naquele dia, quando o senhor rezou por mim e eu perdoei o meu marido, depois
daquele dia eu não tive mais nenhum ataque de asma". É só um exemplo muito
simples, mas milagres acontecem quando o perdão vem.
Segundo bloqueio:
falta de arrependimento
E o outro bloqueio é
a falta de arrependimento, quando eu realmente não peço perdão para as pessoas
que eu o feri. Então não é somente quando a gente perdoa, mas também quando a
gente pede perdão que as coisas acontecem.
Caso:
A maldição dos quinze anos
Fonte: Eu vos darei um coração novo (2000)
Um outro exemplo,
desta vez é de um jovem: eu estava dando um retiro em algum lugar, e uma pessoa
chegou até a mim com um filho de 15 anos de idade. E esse pai me contou uma
história muito estranha. Eu não sei se eu já contei essa história aqui no
Brasil, mas se eu já contei, vou contar pela segunda vez.
A história é que
quando o jovem tinha 10 anos de idade, um dia ele saiu de casa, para retornar
para casa depois de cinco anos, e no dia seguinte tomou veneno para insetos e
morreu.
Mais tarde quando o
segundo filho tinha 10 anos, a mesma idade, um dia ele saiu de casa e voltou
exatamente cinco anos depois, e no dia seguinte tomou veneno para insetos e morreu.
O terceiro filho,
quando atingiu a idade de 10 anos, um dia fugiu de casa e voltou depois de
cinco anos, e agora, os pais, sabendo o que tinha acontecido com os dois mais
velhos, ficaram vigiando ele dia e noite.
Quando eles souberam
que eu estava na região, os pais trouxeram o menino para mim. Eu olhei para
aquele garoto de 15 anos de idade, muito magro, bem descuidado, com o olhar
absorto, parecia São Domingo Sávio, um santo salesiano, eu perguntei:
- Você
quer se matar?
-
Não.
- E
por que é que o seu pai está me dizendo que você quer se suicidar?
- Eu
não sei, mas há algo dentro de mim querendo me levar ao suicídio.
E
quando eu olhei nos seus olhos eu percebi o que estava havendo. E eu disse aos
pais:
- Não
se preocupem, no dia seguinte do retiro eu passo lá.
E no dia seguinte eu
fui acompanhado de um grupo de leigos que me levou até a casa deles. Então o
homem me disse que ele sentia que a esposa do irmão mais velho tinha colocado
uma maldição na casa, para destruir a família por causa de disputa de
propriedades.
Por isso Jesus diz
que propriedade e dinheiro são coisas muito complicadas.
E por isso essa
cunhada tinha dito para eles: “Os dois mais velhos tinham morrido daquela
maneira e que o outro também iria morrer da mesma maneira.”
- Não se preocupe
por aquilo que ela disse, e se ela disse, perdoe-a.
Então que eu trouxe
toda a família ali na sala, diante do retrato do Sagrado Coração de Jesus e nós
oramos. E eu perguntei:
- Algum
de vocês estão sentindo alguma coisa?
O rapaz disse:
- Eu
estou sentindo dores em todo o meu corpo.
É como está
acontecendo nos nossos dias aqui. Então eu mandei que todas as mulheres e
crianças deixassem a casa, então eu fechei as janelas e as portas, os meios de
ventilação, deixei somente os homens ali comigo e nós continuamos a rezar normalmente.
Então depois de algum tempo eu fui impor as minhas mãos no jovem. Na hora que a
minha mão tocou um fio de cabelo ele foi jogado no chão com violência. E nós
tivemos que segurá-lo, dois homens na mão esquerda, dois homens na mão direita
e dois homens nas pernas, como tem acontecido aqui por todos os dias.
E eu estava sobre
ele, com o meu corpo sobre a sua cabeça. E o poder do demônio era tão forte,
ele queria levantar a nós todos, como se nós não fôssemos nada, queria nos jogar fora. E esse
homem era um homem forte, que estava segurando. E depois de algum tempo o
menino disse: "Eu estou bem", e homem que estava segurando estava transpirando
muito, então nós largamos.
De repente o jovem
correu para o poço, para se jogar ali dentro. Eu disse, gritei para esse homem:
- Corre
e pega ele! - e ele correu para pegá-lo, ele conseguiu segurá-lo antes que ele
se jogasse no poço.
Trouxeram
o garoto de volta e eu disse:
-
Não o soltem antes que eu mande, eu sei que é difícil, mas tem que ter
paciência.
Depois de mais vinte
minutos de oração, o Senhor me disse que estava tudo bem.
Agora que esse rapaz
está casado e tem filhos, e eu pensei comigo mesmo: “O que teria acontecido com
esse jovem se eu não tivesse tido aquela oportunidade de rezar por ele?”
Então esta é a razão
pela qual estou dando esse exemplo: quando nós estávamos rezando por ele,
talvez a razão pela qual os meninos estivessem saindo de casa é que talvez o
pai tenha sido muito severo com eles, e o pai estava ali, ajoelhado, rezando
por ele. O pai, mesmo que fosse muito severo, eu podia ver que era uma pessoa
boa, era um homem de princípios, era de bem, um bom católico. Então eu disse ao
pai:
- Peça
perdão para o seu filho, porque você está fazendo as coisas com severidade para
o bem do seus filhos, mas você está mais machucando-os.
E, com lágrimas nos
olhos, enquanto a gente rezava, ele ia dizendo:
- Perdoe-me
filho, perdoe-me filho.
- Cale
a boca! Cale a boca!
E o demônio naquele
garoto e não estava gostando disso, o demônio ficava gritando e eu disse a
aquele homem:
- É
uma guerra entre você e o demônio pela vida do seu filho, continue a pedir
perdão para o seu filho.
-
Cale a boca! Cale a boca!
E eu tenho certeza
que a humilhação desse pai pedindo perdão ao seu filho é que quebrou todo o
poder de Satanás, muito mais do que a minha oração, portanto nós vamos aplaudir
ao Senhor por isso. (aplausos)
Terceiro bloqueio:
ter mexido com ocultismo
E o terceiro bloco
bloqueio é justamente mexer com o ocultismo. Eu falei rapidamente sobre isso
ontem mas mais do que falar e dar testemunhos de fora, eu queria pedir que a
Lina viesse aqui falar brevemente.
Para começar, eu não
culpo as pessoas porque elas foram fazer coisas erradas. Eu fico chateado, eu
fico com pena dessas pessoas, eu fico triste porque vão a esses lugares. Eu não
tenho visto ninguém ser curado a não ser por Jesus, se eu vir alguém ser curado
por alguém que não Jesus, eu deixaria o meu trabalho imediatamente. (aplausos)
Mas eu sei que não
tem necessidade de eu deixar o meu ministério. Todas as pessoas que vão a
outras pessoas que não a Jesus, aparentemente se sentem melhor, mas acabam
ficando piores de outras maneiras. Com frequência eu pergunto:
- Como
é que você está?
- Ah,
eu estou bem, não tenho mais doenças.
- E
você tem dormido de noite?
- Oh,
não, não tenho dormido bem.
- Como
está o seu casamento?
- Ah,
eu não posso nem ver o meu marido...
E as coisas acabam
ficando sempre bem piores, vindo coisas piores.
Então vamos terminar
este primeiro ensinamento com o testemunho da Lina, bem breve, eu sei que ela
tem muita coisa a dizer, mas o tempo é curto.
Testemunho
de Lina:
Bom dia, a paz de
Jesus, salve Maria.
Eu pedi ao Pe. Rufus
que me permitisse dar este testemunho porque o que aconteceu comigo aqui,
através do poder de Jesus, foi uma coisa maravilhosa.
E, assim como a
maioria das pessoas aqui, fui procurar ajuda pelos meus problemas emocionais
que são muito profundos, feridas muito grandes de rejeição, de abandono,
principalmente de rejeição, que eu acho que esse era o pior. E eu fui procurar
na umbanda, eu fui procurar no candomblé, eu fui fazer consagrações e, por fim,
eu fui parar na parapsicologia. E na parapsicologia eu pensei que tinha todas
as respostas, a ciência me deu todas as respostas: demônios não existem, tudo
era a minha mente, e sou eu quem provoca todo, e você pode controlar qualquer
coisa, é aí eu me senti o máximo.
Comecei a estudar
profundamente parapsicologia, a me aprofundar dessas práticas, comecei a
trabalhar diretamente com elas, com pirâmides, com cromoterapia, fazendo
atendimentos, e achava que estava fazendo tudo isso para a ajudar as pessoas em
nome de “deus”. Aí não deixava de ser em nome de “deus”, mas só que não o nosso
Deus, mas sim do demônio que está por trás de todas essas práticas, e nós não
sabemos disso.
E eu disse para o
padre, para o meu povo, para a minha gente, para o meu Brasil, porque isso é
muito importante. Eu sei que existem pessoas aqui que são até muito e muito
cultas, parabéns a vocês, já até estudaram parapsicologia e já estão pensando até
pensando: "Isso são ataques histéricos, são problemas psicológicos e as
pessoas pensam que é o demônio". Então eu acho que queria dizer para vocês
que a principal missão do demônio é fazer com que as pessoas pensem que ele não
existe e, sendo assim, você é mais seduzido por ele.
Então, quando um malandro
quer enganar alguém, ele não vai se apresentar para você como um malandro, mas
ele vai se apresentar para você como uma pessoa íntegra, uma pessoa idônea, e
te engana com a maior facilidade, não é verdade? Às vezes a gente ouve no
jornal, na TV, no noticiário: “O empresário foi enganado por um vigarista que
se apresentou como um grande funcionário de uma empresa que levou todo dinheiro
dele”.
Então é assim que o
demônio age na vida da gente, e nós precisamos estar alertas e atentos a tudo. Então, muitas vezes,
você coloca lá um cristal na sua sala, que você achou bonito, e você fala:
"Mas isso é uma coisa para enfeitar", né? Eu coloquei aqui é para
enfeitar, eu não estou dando o nenhum poder a isto.
Você não está dando
poder, mas um exemplo para você: o terço é um sacramental, é uma peça de madeira, ele não tem poder em si,
mas ele se torna um sacramental no momento em que, abençoado pelo padre, ele é
usado como um instrumento de comunicação entre você e Deus, e Nossa Senhora.
Isto é um sacramental, é o modo de ligação.
Quando vocês colocam
um vaso de sete ervas na porta e dizem: "É para tirar a inveja do
vizinho", aquilo também passa a ser uma espécie de um sacramental, só que
estabelece uma ligação entre você e o demônio.
É assim com aquele
cristal, é assim com aqueles gatinhos – Yin e Yang –, para dar sorte, ou um
amuleto, ou uma figa, ou qualquer tipo de coisa que estabeleça uma ligação
entre você e o demônio.
Então, mesmo que
você tenha aquilo só como enfeite, eles sabem, eles podem entrar através
daquele objeto na sua casa e na sua vida. Então é muito importante que todos
você saibam disso e procurem cada vez mais se instruir a respeito disso.
E o meu testemunho,
gente, é que há seis meses eu estou lutando com possessões quase que diárias.
Cheguei a me machucar muito, cheguei até quebrar o nariz aqui, mas eu tive essa
bênção que foi o padre Rufus na minha vida, e a libertação só aconteceu no
momento em que eu me arrependi, sinceramente, do trabalho que eu fiz no
candomblé, e não me envergonho em dizer porque já pedi perdão a Deus, sei que
ele me perdoou e, eu sei que a partir de agora, eu vou redimir isso.
Eu fiz um trabalho e,
praticamente, com a ação do demônio, eu matei uma família inteira. Então, no
momento em que eu me arrependi profundamente disso, a libertação aconteceu. (aplausos)
Por favor, que essas palmas sempre sejam dirigidas a Jesus, por favor, sempre.
O meu único desejo é
não ser mais nada, a não ser um instrumento, a partir de hoje, nas mãos de
Deus. (aplausos)
E eu sei que o tempo
é curto, mas só para terminar, eu gostaria que vocês entendessem uma coisa:
quando a gente compra um aparelho, uma TV, um rádio, tem um manual de
instruções - né! - para poder mexer com ele. Infelizmente nós não nascemos com
um manual de instruções, mas Deus deixou a Bíblia como manual de instruções, e
quanto mais você se aprofundar na leitura, você vai ver que aqui todos os
ensinamentos de 5-6 mil anos atrás, e eles ainda são atuais. Este é o seu
manual de vida, aqui tem todas as respostas para a tua vida, como você se
comportar nos seus relacionamentos, como você se comportar no seu trabalho,
como você se comportar com as outras pessoas, está tudo aqui. Então isso se
chamava "Manual de instrução do ser humano". (aplausos)
Então, em São Paulo,
na primeira epístolas aos colonossenses, capítulo 2, versículos 4-10: Advertências
a cerca de falsas doutrinas. Digo-vos isso para que ninguém vos engane com
discursos sedutores, porque embora corporalmente distante, estou presente em vós
em espírito, e me alegro em ver a firmeza de vossa fé em Cristo. Como de nossa
pregação recebeste o senhor Jesus Cristo, vivei nele, enraizados e edificados
nele, e inabaláveis na fé em que fostes instruídos, com o coração a transbordar
de gratidão, a redenção veio por Jesus Cristo. Estás de sobreaviso para que
ninguém os engane com filosofias e vãos sofismas baseados nas tradições
humanas, nos rudimentos do mundo, em vez de se apoiar em Cristo. Pois nele habita
corporalmente toda a plenitude da divindade. Tendes tudo plenamente nele, que é
a cabeça de todo o principado e postestade.
Se você se precisa
de ajuda, se você está sem dinheiro, se você está sem emprego, se você está
doente, se você está com problema na família, a resposta está aqui, ó: só ele e
mais nada.
Guardem uma coisa, o
mandamento mais importante que ele nos deixou: amar a Deus sobre todas as coisas, e ao
próximo como a ti mesmo.
Deixe isso
constantemente na sua mente: amar a Deus sobre todas as coisas.
Então, padre Rufus é
um instrumento de Deus. Muita gente às vezes fica ali na porta: "Eu queria
encostar no padre", "Eu queria pôr a mão na roupa do padre", o
padre é um ser humano como todos nós. Ele é um instrumento de Cristo, então queira
sim, queira tocar em Cristo. E não dê poder a nenhuma pessoa, a nada.
(aplausos)
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