Queira ser curado por Jesus
25/09/2000
Por Padre Rufus Pereira
Tradução: Vinícius Adamo
Transcrição e Adaptação: Carlos S. Gushiken
Esta manhã nós somos
fazer uma oração que consiste numa meditação, uma meditação genuinamente
cristã, e, por isso, uma meditação da palavra de Deus. Não é como outras formas
de meditação, uma oração de um “eu vazio”,
é uma oração do eu mais íntimo, que reconhece a onipotência de Deus,
Emanuel, por isso mesmo, “Deus conosco”, Deus conosco, através das nossas
vidas.
Sentados, vamos relaxar,
sem contato físico com a pessoa do lado. Temos que fechar os nossos olhos para
que Jesus nos ajude a lembrar das nossas vidas desde o primeiro momento que
consigamos recordar.
Oremos ao Espírito
Santo para que Ele nos ajude a lembrar o que Deus quer que nos lembremos, as
coisas boas, as coisas más, tudo aquilo que é necessário para a nossa cura
interior.
Sião
dizia: "O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-me. Pode uma mulher
esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas?
E, mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca. Eis que gravei o seu
nome na palma da minha mão.”
Sião
dizia: "O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-me. Pode uma mulher
esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas?
E, mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca. Eis que gravei o seu
nome na palma das minha mão.”
Vamos
nos lembrar dos incidentes mais importantes nas quatro fases da nossa vida.
Em sua infância: talvez que você
se lembre de ser levantado do chão por sua mãe, por sua pai, por seu avozinho,
depois de uma queda feia que te magoou e te fez chorar. Talvez você se lembre
de uma inesperada visita de um tio ou uma tia, ou um primo que te trouxe um
presente.
Gravei
o vosso nome na palma de minha mão.
4 anos de idade: Progredindo
nas nossas memórias, talvez por volta dos 4 anos de idade, altura em que
ganhamos consciência de nossa posição na família, isso é, que somos
primogênitos, o único filho, o último filho ou algures do meio, ou talvez sou a
única menina dessa família, ou único rapaz...
Talvez
nem todas as memórias sejam boas ou de felicidade.
Talvez
recordemos até uma morte: o avô, a avó, um vizinho, ou alguém bem próximo da
família.
Talvez
recordemos o ambiente triste em que todo mundo estava dorido, mas não eu. E
essa tristeza, a minha confusão por não conseguir entender o que estava se passando
e essa tristeza ficou comigo.
Eu gravei
o seu nome na palma da minha mão.
Idade escolar: Na idade
escolar, no primeiro dia, toda essa ansiedade. “Será que minha mãe está aí fora
depois da aula?” Pequenos incidentes que me embaraçaram, por exemplo, a minha
pobreza, o não ter tantas roupas para vestir uma diferente todo dia como os
meus colegas, alguns professores parecem nunca me perguntar nada, ou sequer me
olhar, ou pior ainda, sempre castigam a mim.
Talvez
eu demorasse entender as matérias, porque esse é o caso quando os pais estão
separados e nossa casa, nossa família, nosso lar está desfeito.
Eu gravei
o seu nome na palma das minhas mãos.
8 a 10 anos: Nas nossas memórias nós
temos agora entre 8 e 10 anos de idade, uma idade em que começamos a nos
aperceber da justiça e da injustiça, especialmente se existiu violência nossa
casa, se fomos vítimas de abuso mentalmente, sendo chamados de nomes feios
fisicamente se nos sobrecarregaram com trabalhos pesados, tarefas próprias de
adultos, ou até sexualmente. Diante da injustiça nós nos sentimos indefesos
sozinhos, especialmente se nossa mãe não levou a sério o que estamos lhe
dizendo, ou se abusaram de nós até mesmo quando tentamos lhe falar.
Eu
gravei o seu nome na palma da minha mão.
Agora
entramos na idade de nossa adolescência. Temos cerca de 12 anos de idade, uma
idade em que geralmente se experimenta uma grande solidão, uma solidão de quem
está procurando um verdadeiro amigo, porque não podemos revelar a nossos pais o
segredo em nosso coração.
É uma
idade em que se instala em nosso uma grande confusão acerca de nós próprios.
Podemos observar as mudanças em nosso corpo, nós nos sentimos embaraçados em
perguntar para alguém sobre nós próprios. Sentimos que não somos bonitos, nos
sentimos mal em nossa pele.
Eis que
gravei seu nome na palma de minha mão.
A
nossa juventude, uma idade emocional e turbulenta, fortes sentimentos de culpa
começam a se desenvolver à medida que começamos a experimentar com o nosso corpo,
mais fortes são esses sentimentos de culpa. Se nossas experiências se passam com
sexo oposto, é mais ainda se essas experiências acontecem na companhia de
amigos ou com amigos do sexo oposto, sobretudo se fomos causadores de um
aborto, se praticamos em nós um aborto.
Eis
que gravei seu nome na palma de minha mão.
Agora
chegamos à nossa idade atual, adulta, enfrentamos as nossas relações humanas
imperfeitas. Alguns de nós nos sentimos rejeitados aonde quer que nós vamos,
outros se sentem em especial inferiores, outros sofrem de inexplicáveis medos,
outros ainda se sentem culpados em especial se for não crianças, em especial se
foram abusados em criança, porque uma criança pequena carrega em si toda a
culpa, já que ele pensa, ela presume que a gente graúda deva estar certa,
portanto teve a ver algo de errado conosco próprios: “o defeito deve ser meu.”
Eis
que gravei o seu nome na palma de minha mão.
Sião
dizia: "O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-me. Pode uma mulher
esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas?
E mesmo que ela te esquecesse, eu não te esqueceria nunca, porque eis que gravei
o vosso nome das palmas de minhas mãos".
Essa é a palavra de
Deus para nós, hoje.
E para podermos
aprender a ganhar o Ceu da única forma que é possível, pela misericórdia de
Deus, vamos fazer um curto canto, dizendo as palavras que o bom ladrão disse a
Jesus no Calvário: "Senhor Jesus, recorda-te de mim quando chegares no
Paraíso".
(- música)
Padre
Rufus:
Na oração de cura
interior ontem à noite e com essa mediação de cura interior hoje de manhã, tudo
é para preparar você para escrever, preparar você para o aconselhamento
individual.
Mas também com a
oração de ontem à noite e com essa meditação desta manhã, você certamente já
estaram cura interior em diferentes áreas da sua vida.
Mas o mais
importante é também para que você saiba o que fazer depois do aprofundamento,
porque, é claro, esses três dias é muito pouco. Talvez fosse suficiente para um
pequeno grupo de até 50 pessoas, portanto para um grupo grande, é claro, talvez
não haja tempo para um aconselhamento longo a cada um. Portanto você é
convidado a continuar o seu aprofundamento, o seu retiro, quando você voltar
para casa, em gastar pelo menos um dia inteiro, talvez duas ou três manhãs e
duas noites, somente refletindo em tudo o que você está passando aqui.
Esta manhã nós temos
dois ensinamentos, e a tarde e à noite estamos ainda discernindo como é que vai
ser.
Ontem nós falamos
sobre a segunda pergunta que nós temos que fazer sobre a cura interior. Então, “como
saber que nós precisamos de cura interior, e aonde precisamos?” E dissemos que
nós precisamos ir além dos sintomas para as verdadeiras doenças e problemas
emocionais. Então nós fomos um passo além, e dissemos que nós temos que ir além
também desses grandes problemas emocionais que temos, até descobrir as
verdadeiras causas-raiz desses problemas emocionais.
Então por que é tão
importante conhecer essas causas-raiz? E como encontrar as causas-raiz?
Eu espero responder
a essas duas perguntas nesse primeiro ensinamento.
É importante
conhecer as causas raiz exatamente da mesma maneira como um médico, assim como
o médico precisa descobrir os germes e os vírus que estão causando uma doença.
Então ele vai atacar esses vírus escondidos, essas bactérias escondidas, mais do
que atacar os sintomas.
Quando nós fazemos esse
esforço de buscar as causas-raiz dos nossos problemas, é como se nosso
estivéssemos dizendo a Deus: "Eu quero, Senhor, ser curado".
Com frequência tenho
ouvido esse testemunho, que quando uma pessoa toma a decisão de fazer um
aprofundamento ou um retiro como esse, a cura já começa. Quando ele faz a sua
inscrição no acampamento, no retiro, a cura progride. E quando ele chega na
casa de retiros, no local, a cura avança ainda mais. E quando ele se decide no fundo
do seu coração fazer uma confissão, fazer um aconselhamento, fazer tudo o que
está sendo orientado, a cura vai além
das expectativas. E quando ele termina de escrever tudo aquilo que foi
orientado a ser feito, muitas vezes a cura já está completa, até mesmo antes
dele ver o padre, de ser atendido pelo padre, de ser atendido em confissão, de
ser atendido num aconselhamento.
Como diz a Bíblia, o
homem vê as aparências, o Senhor vê os corações, Ele vê as intenções dos
corações.
Às vezes as mulheres
dizem: "Padre, reze pelo meu marido", "Ele está aonde?",
"Ele está em casa", "Ele está paralítico?", "Não, que,
ele está bem, mas não quer vir", "Se eu for até ele talvez ele vá
ficar pior". Mas quando ele toma a decisão de vir até o padre, metade da cura
já acontece. Também é importante conhecer as causas-raiz porque a oração tem
uma direção, tem um objetivo.
Se eu estou com uma
dor no meu dedo, eu não vou por pomada no dedo do pé, vou pôr a pomada no dedo
certo.
Então eu tenho que
dirigir minha oração exatamente para aquele ponto de personalidade, ou aquele
problema que precisa de cura e também acaba aumentando a minha gratidão a Deus.
Se eu vou ao um
médico com uma dor de cabeça, ele descobre que eu tenho câncer e eu não sei que
ele me curou do câncer, eu não vou ficar cheio de gratidão para com ele. Mas se
eu fico sabendo que era câncer que eu tinha, que o médico me curou, eu vou ser
muito mais grato a ele a minha vida toda.
Por isso a Bíblia
diz: "Saiba que o Senhor te cura e te liberta".
Ou seja, quando eu
sei o tamanho dos meus problemas e recebo a cura, tão grande também será a
minha gratidão. Mas mais importante é como encontrar as causas-raiz, e esta é a
coisa mais importante no retiro.
De certa forma tudo
o que eu disse até agora foi uma introdução.
Então, como
encontrar as causas-raiz?
De duas maneiras.
Número um:
Em primeiro lugar, orar
ao Espírito Santo, porque o Espírito é chamado por Jesus de "Espírito da
Verdade". O seu trabalho é revelar a verdade não somente a respeito de
Deus, mas também a respeito de nós mesmos. Infelizmente as pessoas têm ido a
espíritos errados para encontrar respostas sobre si mesmas. De certa forma todo
mundo quer saber seu futuro, vai a um feiticeiro, a um cartomante, a alguém que
tire a sorte, e essa pessoa vai dizer: "Nossa! Aquele visionário, aquela
pessoa que lê o futuro, falou tudo sobre o meu passado e foi exatamente o que
aconteceu". Então essa pessoa acaba tendo fé agora na aquele feiticeiro,
naquele mágico que falou sobre o passado, então acredita que ele vai saber
falar sobre o futuro.
É claro que a
pessoa, nesse instante, não pode confirmar aquilo que ele vai falar sobre o
futuro, e é claro que esses feiticeiros podem falar sobre o passado através de
feitiçaria ou através mesmo de adivinhação. Mas, normalmente, o conhecimento
que eles darão a vocês é conhecimento corriqueiro, até mesmo conhecimento
destrutivo. É somente o Espírito Santo que vai te dar da sabedoria que você
precisa ter.
Com frequência as
pessoas vêm me dizer: "Mas, padre, aquela pessoa que está falando sobre o
meu passado está falando de uma maneira tão pura e santa, ou mesmo falando
sobre o meu futuro. O que há de errado com ele?" eu digo: "OK, pode
ser uma coisa santa, mas o ponto central é se Deus quer que nós saibamos sobre
o nosso futuro". Você imagine a confusão que seria o mundo se cada um de
nós soubesse o nosso futuro? É muito bom que Deus esconda o futuro de nós e nos
deixe saber somente o que nós precisamos saber para o dia de hoje, é bom que Ele
não nos satisfaça a nossa curiosidade sobre o amanhã. Isso porque nós temos que
criar nele, Ele quer que nós acreditemos nele e que não tenhamos ansiedade pelo
amanhã.
Caso:
O diretor e o quiromante
Fonte: Queira ser curado por Jesus (2000)
Eu estava dando um
retiro numa certa universidade católica lá na Índia, era para o pessoal que
trabalhava na universidade, era para os professores. E o diretor geral da
universidade veio para aconselhamento. Era um leigo, e qual era o seu problema?
Ele tinha ido a um quiromante, o quiromante que leu a sua mão falou que ele ia
morrer com a idade de 55 anos, ele agora estava com 54 anos. (risos)
Quantos anos ele
tinha de vida? Apenas um ano. Então eu disse para ele: "Não se preocupe,
você não vai morrer com 55 anos". Isso aconteceu há uns vinte anos atrás
que aquele diretor da a universidade está vivo até hoje. (aplausos)
Mas o quiromante já
morreu. (riso)
Você viu tantas
coisas que se ouve que ocorreu nesse tipo de ocultismo, e o conhecimento que
eles mostram é sempre destrutivo. Se houver tempo suficiente eu vou contar mais
uma ou outra história sobre isso.
Mas o Espírito Santo
nos dá somente o conhecimento que nós precisamos hoje, é o conhecimento que nós
precisamos para a nossa salvação, para a nossa cura, para a nossa libertação e
para a nossa vida nova.
Portanto, quanto
mais eu oro ao Espírito Santo, mais claro vão ficando para mim as causas-raiz e
aonde eu preciso realmente de cura.
Caso:
a bolsa com uma bolsinha
Fonte: Queira ser curado por Jesus (2000)
Eu estava dando um
retiro em Bombaim e uma das pessoas da equipe e estava dando um testemunho. De
repente um dos participantes veio falar comigo no corredor.
Ela disse:
"Padre, enquanto o seu colega de equipe estava falando como as pessoas
podem por uma maldição sobre as outras, de repente, eu me lembrei que eu tenho
algo comigo: uma bolsa para dinheiro que tinha sido dada para mim pela minha
irmã. E eu me sentia mal sobre essa bolsa que eu estou carregando há cinco
anos."
Então ela me disse:
"Essa bolsa, eu me lembrei que foi dada para a minha irmã por uma pessoa
que hoje eu percebo que não é uma boa pessoa. E quando a minha irmã ganhou essa
bolsa, ela tinha outra, então ela a deu para mim. Mas eu não quero mais essa
bolsa, estou sentindo uma coisa estranha com relação a ela."
Ela me deu a bolsa,
eu abri aquela bolsa e havia dois ou três compartimentos ali dentro. Examinei
tudo que tinha nos compartimentos e tirei um pequeno pacote. Quando eu vi
aquele pacotinho percebi que havia um pouquinho de pó lá dentro. E eu reconheci
que aquilo era um pó utilizado em bruxarias.
E ela me disse:
"Padre, é impressionante, mas nesses anos todos eu nunca tinha visto esse
negócio ali dentro. Eu fiquei surpresa."
De alguma forma Deus
a protegeu para que ela nunca abrisse aquele pacote.
Então ela disse:
"Padre eu imagino, então, que essa pessoa talvez tenha dado essa bolsa
para a minha irmã para lhe trazer uma maldição e a minha irmã acabou dando essa
bolsa para mim". E foi o Espírito Santo que revelou a ela que ela tinha
que se desfazer daquilo.
Então o Espírito
Santo vai revelar a você as coisas que você precisa saber, através de sonhos, visualizações, de
palavras de ciência, através de você ouvir palestras e testemunhos.
Nos últimos 4-5 dias
a forma como o Espírito Santo tem me ajudado a orar e a libertar as pessoas é
incrível, coisas aconteceram aqui que talvez não vão voltar a acontecer, nunca.
Quando você tem em sua mente o desejo de só ajudar as pessoas, como São Paulo
diz na Carta aos Romanos, capítulo 8, versículo 26, São Paulo disse: "O
Espírito Santo vai lhes revelar porque rezar, pelo que rezar”. Ele vai te dizer
exatamente o porque rezar, como aconteceu à noite passada e também como rezar.
Então, o Espírito Santo
faz as coisas de uma maneira incrível.
E todo meu trabalho,
todo este ministério, não tem acontecido por causa do meu conhecimento humano,
é muito mais por um contínuo agir do Espírito Santo.
Então, quanto mais
você rezar, o Espírito Santo mais claramente vai revelar qual é o seu problema,
como você vai rezar por ele e como conseguir a libertação. Está bem claro o que
eu disse? Muito bem.
Então, ao mesmo
tempo que eu rezo para o Espírito Santo eu preciso também refletir sobre o meu
passado, eu preciso fazer a minha parte e o Espírito Santo vai fazer a parte
dele. É preciso haver uma cooperação entre o meu espírito e o Espírito Santo.
Nós vimos esses dias
de uma maneira maravilhosa isso acontecendo, como o Espírito Santo e o espírito
da pessoa cooperaram juntos para destruir o espírito do Mal.
Então eu preciso
refletir toda minha vida passada, como nós fizemos ontem à noite e nesta manhã.
Primeiro
estágio da vida: árvore de família
O primeiro estágio
da minha vida aonde o Espírito Santo vai me revelar as causas-raiz dos meus
problemas é na minha árvore de família. Como eu já é lhes disse que, se existe
algum ancestral que já morreu de repente, com violência, ou ainda ancestrais
que entraram em falsas religiões ou práticas ocultas, ou maçonaria, ou se
existe qualquer maldição ou trabalho feito por qualquer ancestral, então eu vou
precisar de ambos, cura e libertação dessa árvore de família.
E você pode me
perguntar: "Mas por que as coisas acontecem? Por quê que é necessário
rezar pelos ancestrais?"
É por causa da
doutrina católica do pecado original. Por causa do pecando original, não o
pecado em si, mas os efeitos do pecado afetaram e nos afetam até hoje. Como nós
lemos no livro de Êxodos, quando Moisés diz: "O nosso Deus é um Deus cheio
de misericórdia e abundante compaixão", Deus também é um Deus que permite
que as consequências do pecado tenham os seus efeitos, que permite que os
efeitos do pecado tenham as suas consequências nas outras gerações até a
terceira e quarta gerações.
Então é por isso que
nós temos que rezar pela cura dos nossos ancestrais.
Você sabe que mesmo
fisicamente doenças podem ser transmitidas dos pais para os filhos. Por
exemplo, a Aids no mundo de hoje. Se um dos pais tem Aids, é provável que aqui
criança vá ter também.
Muito mais
espiritualmente e emocionalmente, muito mais os efeitos podem ser carregados de
geração em geração. Por exemplo, se há um padrão de suicídio na minha família,
ou se existe um padrão de doenças, tipo câncer ou diabetes, ou se existe um
padrão de adultério ou de prostituição na minha família, de certa forma isso
pode afetar a minha geração.
Então o que nós
precisamos fazer? Nós precisamos de uma maneira muito simples orar por libertação,
especialmente se for possível celebrar uma missa pela cura da árvore de
família, algumas vezes, até, se for possível, na própria casa da família. Eu
vou dar um de centenas de exemplos disso.
Caso:
a árvore de família e os casamentos
Fonte: Queira ser curado por Jesus (2000)
Eu estava dando um
retiro em Bombaim e a pessoa que estava me ajudando a dar um retiro era um líder
muito importante da Renovação em Bombaim. Ele era também uma pessoa que tinha a
coordenação de um grande grupo de oração.
Então, quando ele me
ouviu falar sobre essa cura dos ancestrais, da árvore de família, ele disse:
"Padre, será que você poderia vir até a minha casa, para celebrar uma
missa pela cura da minha árvore de família?"
E ele me disse o
porquê que ele achava que era necessário isso. Ele disse que tinha quatro irmãs
e nenhuma delas tinha se casado ainda. Na Índia os casamentos acontecem mais
por negociação. E não havia nenhuma proposta para casamento para as suas irmãs,
as moças estavam se tornando mais adultas, os pais estavam ficando preocupados.
Todas as tentativas dos familiares de arranjarem casamentos para essas meninas
não estavam tendo sucesso.
Então nesse retiro
ele percebeu que havia uma maldição no local contra a família, pelos vizinhos.
Eles eram naquela região, naquele bairro, a única família católica. Seus
vizinhos, todos eram hindus. Todos os vizinhos hindus tradicionais daquela
região estavam com medo que aquelas moças pudessem se casar com os seus filhos
hindus.
A mais velha
daquelas quatro irmãs estava apaixonada por um rapaz hindu. E, muito
estranhamente, de repente, um dia, esse jovem se suicidou. Ambas as famílias
estavam contra esse casamento e quem sabe se essa família não pôs uma maldição
para quebrar aquele noivado?
Algum tempo depois o
pai desse jovem morreu de repente, então esse homem percebeu, depois da
palestra, que havia necessidade de cura interior de árvore de família daquela
casa. Eu fui naquela casa, eles prepararam muito bem, que eu rezei a missa pela
cura da árvore de família.
E o que aconteceu?
Depois de dois meses as duas mais velhas receberam propostas de casamento muito
boas de jovens do grupo de oração. Um mês depois a mais velha contraiu um
casamento, e dois ou três meses depois da segunda estava casada, e as coisas
começaram a acontecer de uma forma incrível naquela família. (aplausos)
Esse jovem era líder
de um grupo de oração naquela paróquia, agora se tornou um palestrante
internacional que viaja para a África, a Europa e a América. E ele disse em
testemunho que todas as bênçãos da sua família tiveram uma origem naquela missa
de cura interior. (aplausos)
É por isso que nós
vamos rezar: para que o Espírito Santo revele se alguma coisa na sua árvore de
família precisa de cura, de coisas que estão te afetando hoje.
Segundo
estágio: os nove meses no ventre de nossa mãe
Vamos falar agora do
segundo estágio da nossa vida que precisa de cura interior. Depois dessa
segunda fase na nós vamos ter nosso intervalo.
A segunda fase da
nossa vida que precisa de cura são os nove meses de gestação no ventre de
nossas mães, desde a concepção até o nosso nascimento. Eu percebo que cada um
de nós tem as causas-raiz de algum mal ali, durante a gravidez. Isso tem sido
confirmado até mesmo pelas técnicas modernas como a psicanálise.
Existe uma livro escrito
por um psiquiatra americano chamado "Cantos escuros" e ele diz que as
maiores experiências que nós passamos é justamente durante a gravidez. E os
nossos maiores machucados e feridas são justamente nos três primeiros meses da
gravidez. Desde o início do meu ministério tivemos muitos casos que confirmaram
isso.
Caso:
o bebê que não dormia
Fonte: Queira ser curado por Jesus (2000)
Eu me lembro de um
caso há vinte e cinco anos atrás. Eu estava dando um retiro para irmãs, e a
madre superiora trouxe uma mulher com um bebê para que rezasse por ela. Ela me
disse que esse bebê não dormia desde que nasceu há 4 meses atrás.
É incrível, mas foi
o que ela me disse. E, mais do que isso, durante esses quatro meses ele só
chorava e gemia o tempo todo, ele ficava se contorcendo... E os pais tinham
levado aquele bebê para muitos médicos, psiquiatras, pediatras e já tinham
levado a igrejas e santuários, mas não havia melhora nenhuma, então nós rezamos
por aquele bebê. E ela disse que tinha uma pequena melhora, o bebê conseguia
dormir uma hora por dia.
Então essa irmã me
disse que quando a mãe estava grávida, ela havia passado por um grande susto,
tinha passado por um grande medo. E eu disse para a madre: "Mas por que é
que você não me disse isso antes? Essa criança vai ser curada somente pelo
poder da oração. Chame essa família de volta daquele vilarejo remoto".
Eu ia dar em um
retiro para irmãs em outra cidade, e no último dia do retiro essa família veio,
a mãe, o pai e o pequeno bebê. Então o quê que eu fiz?
Eu disse para uma
das irmãs segurar o bebê num outro lugar e eu coloquei a mãe no meio, no centro
das 100 irmãs que estavam no retiro. Eu disse para as irmãs: "Nós vamos
rezar não para o bebê, mas para a mãe, melhor ainda, vamos rezar para o bebê
através da mãe". E eu lhes disse: "Vamos rezar pelo susto que ela
tinha tido durante a gravidez".
Enquanto nós
rezávamos pela mãe, o bebê parou de chorar, enquanto nós orávamos pela mãe o
bebê começou a dormir. E durante aquelas duas horas de oração de encerramento
do retiro, com todas as músicas, cantos e palmas e tudo o mais, eu fiquei com
receio de que a gente ia acordar o bebê e ele ia começar a chorar de novo, mas
o bebê estava dormindo profundamente.
Duas semanas depois
os pais vieram dizendo que a partir daquele dia o bebê estava dormindo o dia
inteiro e quase que a noite toda. (aplausos)
Talvez ele estivesse
tentando recuperar o sono, ou talvez tivéssemos rezado demais. Portanto você
não pode rezar demais, também. Também você não pode rezar de menos. (risos)
(aplausos)
Eu tenho um artigo
traduzido para o português, é chamado de "Ferido e curado no ventre".
Eu adoro rezar por mães grávidas e por pequenos bebês porque essa oração funciona,
mas nós precisamos rezar por nós mesmos retrospectivamente, pela pequena
criança que era eu, lá no ventre da minha mãe, porque só Deus sabe pelo que
passou a minha mãe, e das coisas pelas quais ela passou, o quê que eu me
afetou.
E é exatamente da forma
como Jesus curou João Batista no ventre de sua mãe, Isabel, é que nós também
poderemos cremos ser curados da mesma maneira.
Caso:
o feto que não se mexia
Fonte: Queira ser curado por Jesus (2000)
Eu vou terminar
contando uma pequena história sobre isso, então vocês, mães, poderão rezando
por seus filhos, sabendo que isso tem efeito.
Certa vez trouxeram
uma jovem senhora para que eu rezasse aonde ela estava, eu já tinha acabado de
chegar de um retiro.
Então eu disse:
- Eu não tenho
tempo, você precisa voltar daqui a uns quatro dias, que eu tenho que ir para um
outro lugar.
- Padre, mas é
urgente, por favor, só um minuto.
- Sente-se, em
medida qual é o seu para seu problema.
- Padre, eu estou
grávida de oito meses e eu fui para o meu ginecologista, porque nos últimos
três dias eu não estou sentindo os movimentos do feto no meu ventre, e o
ginecologista confirmou que não havia nenhum sinal de vida: para todos os efeitos
aquele bebê estava morto. E o ginecologista me disse que eu precisava ser
operada o mais rápido possível, porque eu mesma estava correndo risco de vida.
Então ela chorou e
clamou para mim:
- Padre, eu quero o
meu filho! Eu estava indo para o meu ginecologista, eu tinha que estar no meu
hospital agora mesmo para a cirurgia, mas eu resolvi passar aqui antes.
E então eu orei por
ela silenciosamente em minha mente.
Enquanto eu estava
rezando eu me lembrei daquela história de João Batista, quando Jesus, mesmo no
ventre de Maria, entrou na casa de Isabel. Isabel mesmo exclamou: "No
momento em que eu ouvi a sua voz entrando em minha casa, o bebê em meu ventre
começou a saltar de alegria". E você sabe que João Batista foi concebido
participando daquela maldição de mudez de Zacarias, e foi disso que eu me
lembrei.
E eu rezei:
"Senhor, o que o senhor fez no ventre de Isabel a João Batista, faça de
novo". E no momento em que eu fiz essa oração na minha mente, a mãe
começou a chorar: "Padre, está se movendo!" (aplausos)
E eu disse a ela:
"Eu tenho que ir agora mesmo, mas você fique aí mesmo que continue a sua
oração. Até que o bebê no seu ventre esteja dançando como João Batista". (aplausos)
E quando eu saí,
quando eu estava saindo, ela me disse duas coisas: "Padre, quando o senhor
estava rezando, eu senti como se ele, o espírito da morte, saísse do meu ventre
pelas minhas pernas".
Quem sabe se alguém não
tinha posto uma maldição sobre ela ou sobre o seu bebê?
E qual a segunda
coisa que ela disse, para que saibamos que uma oração de libertação, mesmo que
retrospectivamente, pode nos tocar no ventre de nossas mães?
Ela disse o
seguinte: "Padre, eu sei que o meu bebê estava morto, ele simplesmente
ressuscitou".
Louvado seja o
Senhor. (aplausos)
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