CASO: A vida de Paulinho (série PEQUENO PENSAMENTO)
Paulinho era um rapaz feliz.
Encontrava no seu salário fonte de sustento.
Ele não tinha muita coisa.
Era atrapalhadinho para com seu dinheirinho.
Gastava praticamente tudo que recebia pois tinha alguma inexplicável carência interior que lhe trazia a compulsão de gastar. Ele nunca soube o motivo disso, de ser gastão.
Gastava em coisas não tão úteis: refrigerante, salgadinho, revistas, jornais, restaurantes caros, viagens, roupas caras, todos os lançamentos de celular e computadores...
Então...
Certo dia o banco ligou para o Paulinho oferecendo um pacote incrível: cheque especial, crédito barato e um cartão de crédito.
Coitado do Paulinho!
Ele, que se contentava em gastar quase tudo o que recebia, agora passou a poder gastar ainda mais, podia comprar tudo que desejava sem ter que esperar para juntar grana!
Uau!
E naqueles meses seguintes comprou roupas e mais roupas, sapatos, um celular novo - o velho era 2G, ele queria o da "nova geração" -, trocou de carro pagando a prazo em 60 vezes.
Que felicidade!
E então...
De repente, nos meses seguintes, Paulinho percebeu que começaram a aparecer débitos além dos juros: "taxas de sobreuso do cheque especial", "IOF", tra-la-lá.
E aquela euforia de Paulinho foi-se embora, pois chegaram as aflições: conta negativa, todo mês sendo descontado as prestações, que passaram a ser crescentes, pois ele havia negociado que os juros seriam conforme a inflação.
O salário dele não subia conforme a inflação, mas os gastos sim, inclusive juros.
E Paulinho se enrolou todo! Nome sujo na praça, começou a pedir dinheiro emprestado aos parentes e depois aos amigos.
E todos lhe emprestaram, pois Paulinho era muito considerado na comunidade e na roda de parentes e amigos que frequentava.
Ele tentou manter o nome limpo, mas chega uma hora que não conseguiu mais, os recursos que entravam não lhe eram suficientes para cobrir as prestações.
Os amigos? Desapontados.
Os parentes? Desapontados.
Todas as tentativas que o Paulinho fez foram infrutíferas: rolar a dívida não estava adiantando, a dívida assumiu proporções monstruosas. Paulinho agora só gastava o necessário, não tinha mais dinheiro para comprar nada e passou a viver muito, mas muito apertado.
E o pior! Sabe aquele carro? Foi roubado e ele, como tinha deixado atrasar várias prestações, o seguro não lhe pagou, pois a prestação do seguro estava embutida na compra efetuada! E depois encontraram o carro totalmente destruído, queimado e abandonado.
Paulinho nem saía de casa pois não tinha dinheiro para ônibus, pedia o passe escolar do filho do vizinho para economizar.
Livrou-se de tudo o que era inútil e mudou radicalmente seu modo de viver.
Mesmo assim os amigos pararam de ajudar e ele entrou em depressão.
Sentiu-se envergonhado de tudo o que fez e se recolheu em profunda meditação.
Nesse momento de recolhimento, Paulinho percebeu que precisava de ajuda e procurou um advogado famoso na sua região.
Esse advogado não lhe cobrou honorários, ele também havia passado por uma situação parecida antes de se tornar advogado.
O advogado, já quase por se aposentar, era especialista em ler corações e viu que Paulinho era boa gente e ele estava naquela situação por questão de circunstância, ele foi envolvido por uma situação sem saída.
O doutor chamou o seu melhor amigo, que é multimilionário, e os dois combinaram que iriam ajudar Paulinho, já que Paulinho tinha tentado se ajudar, mudou o seu comportamento de consumir tudo o que lhe via na frente e ser mostrou verdadeiramente arrependido.
Passou a separar um dinheirinho todo mês para pagar ao advogado, pois tudo o que lhe foi dito tinha sido um simples "pague quando puder".
O doutor e o multimilionário saldaram todas as dívidas de Paulinho.
Hoje, com a vida estabilizada, Paulinho só gasta o que tem, guarda parte do dinheiro para pagar ao multimilionário e ao advogado, que ele tem em mais alta conta.
Trabalha 12-14 horas por dia para pagar o que deve, exclusivamente com o sentimento de gratidão, pois foi lhe dado uma segunda chance.
Paulinho voltou àquela vida feliz que tinha, antes de conhecer o cartão de crédito e o crédito fácil.
Todos nós temos um Paulinho no nosso coração.
Mas, não é só por culpa de Paulinho que ele é gastador: existe alguma causa-raiz que ele não chegou a identificar e que estava oculto.
O salário é o tempo de Deus.
Não é aconselhável querer mais do que Deus lhe concede a Seu tempo, em Sua sabedoria.
O salário variará à medida que Deus julgue, em Seu amor, que lhe seja necessário, então trabalhe confiando Nele.
Esse merecimento vem da vida espiritual que você tem: o arroz com feijão, o café com leite e, de vez em quando uma ida à pizzaria ou ao restaurante. Ou seja, a oração, participação nas missas...
Não é necessário jantar em Paris ou Tóquio ou no Edifício Itália. Uma refeição basta. Portanto, não é necessário peregrinar por todas as catedrais que existem por aí.
Se for da vontade de Deus você irá até mesmo ao Vaticano conhecer o Papa.
É necessário - sim - viver se contentando com o que tem, sendo muito grato a Deus por sua saúde e seu bem estar atuais.
Não se contentar com o que tem gera lixo, poluição, danos ao meio ambiente, no mundo material.
Não se contentar com o que tem gera lixo, poluição, danos ao meio ambiente, no mundo espiritual.
O cartão de crédito, a conta no banco com crédito fácil, são as tentações que o demônio nos reserva: ele afirma que você pode ter tudo e que terá todo o tempo do mundo para pagar por tudo o que comprar agora, nesta vida.
Afinal de contas, você tem até 40 dias para pagar...
Se não puder pagar em 40 dias, parcele... role a dívida para o mês seguinte.
O cartão de crédito lhe dará esse poder de consumir, basta assinar o contrato.
Deus dá, o demônio vende.
Inflação é o tempo do mundo: você pode estar em um navio que afunda, um avião que cai, sofrer um assalto ou ainda estar no meio de uma guerra, matando outros para não morrer, porque algum líder do país resolveu que algo feria o "orgulho nacional da mãe pátria". Filho da mãe!
Então, envolvido pelo mal do mundo, você acaba gerando mais juros a pagar, novas dívidas espirituais são contraídas, novos sofrimentos, quando você é envolvido numa situação dessas.
Através da influência do "mundo dos homens" acabamos por aceitando o crédito fácil.
O crédito fácil está baseada na ideia de que você tem todo o tempo do mundo para pagar, não só os 40 dias.
Jesus teve 40 dias de deserto. Todos nós teremos nossos desertos espirituais, onde nos fortaleceremos na graça do Espírito Santo.
Mas os meses e meses seguintes, o parcelamento da dívida, essa é em resumo a explicação da reencarnação, de que teremos vidas e mais vidas pela frente para pagar por nossos pecados.
Ao continuarmos nesse caminho, de acreditar que existe uma lei cármica, que ficamos preso a esse pensamento e nosso sofrimento será maior pois nos conformaremos e diremos "Tenho que passar por isso", "é o destino".
É por isso que Jesus cura. Cura o destino.
É por isso que Jesus liberta. Liberta o destino.
É por isso que Jesus faz novas todas as coisas.
E você, se aceitar, se se deixar conformar acreditando que é seu destino, a libertação não estará completa, Jesus não poderá curar a sua cegueira espiritual, o seu ouvido espiritual e nem as suas pernas ou mãos espirituais.
Acreditar que teremos muitas vidas pela frente, que não é importante o que você faz hoje, pois podemos rolar a dívida do cartão, isso se chama ilusão, o de prolongar nosso sofrimento.
Você é importante, sim, para os planos de Deus no aqui e no agora, não na vida futura.
Quantos suicídios podem não ter acontecido, porque a pessoa acha que vai ter uma nova vida?
Esta é a razão de termos que viver do que conseguimos pagar à vista.
Ao sucumbirmos à tentação, saímos da Igreja e procuramos por "outras soluções": procuramos pelo cartão de crédito e cheque especial em outros ensinamentos, buscar a felicidade fora do Jardim do Éden. A serpente ataca de novo e de novo e de novo.
O bondoso advogado é o sacerdote atento à nossa salvação espiritual. Não saberemos a origem dele, mas ele também deve ter passado por algo que o levou a esse caminho espiritual, talvez uma graça muito grande, talvez uma vocação muito forte, talvez uma profunda busca de reconciliação com Deus.
Ele está ali, de prontidão por toda uma vida, para auxiliar os aflitos. Ele não se casa para poder se dedicar a seus filhos espirituais. Deixa os encargos do lar para cuidar de encargos pesados, espirituais, sofrendo ataques por toda uma vida.
Seus filhos são os de toda a paróquia, pois ele se casou com a Igreja para dedicar toda sua vida procurando por ovelhas desgarradas, pronto para acolhê-las no rebanho de Jesus. - reconheçamos, que decisão de vida!
O multimilionário é Jesus. Ele não exige nada em troca a não ser que a acredite Nele. Ele é real, sua presença é real.
Jesus resgata todos os seus pecados espirituais, paga todas as contas, limpa o seu nome e zera o seu saldo negativo no banco. Não mais incidirão juros sobre sua dívida.
E Ele lhe dá uma nova chance de recomeçar do zero, quebrando o pacto feito com o demônio na hora da tentação.
A tentação é a maior fonte do mal "no mundo", é a forma mais comum de ação do demônio. É uma das três fontes do mal que o Padre Rufus nos ensinou em suas pregações.
As grandes lições que Paulinho teve dessa experiência, ele as levará para sempre e ensinará aos seus filhos, vivendo profundamente o seu testemunho por todos os dias da sua vida, louvando e agradecendo a Deus, pois mesmo que ele tivesse errado, Jesus o socorreu na hora mais difícil e o conduziu de volta ao seu arroz com feijão: a oração de um coração humilde e arrependido.
Ele não precisará esperar por outras milhares de reencarnações e vidas futuras. Jesus zerou todas as suas contas e dívidas: o nome dele está limpo. Nem precisou nascer de novo.
Finalmente, os juros extorsivos.
Satanás os cobra através de noites maldormidas, sofrimento emocional, perda da paz interior, da paz em casa, da paz pessoal, através da rejeição dos familiares e amigos. Ele se alimenta dos sentimentos de Paulinho: os sentimentos de rejeição, culpa, inferioridade e medo.
Satanás encontrou alguma porta de entrada em Paulinho, aproveitando-se de alguma causa-raiz por onde ele invadiu seu coração, no momento em que o próprio Paulinho desalojou o Espírito Santo visando receber um aluguel mais alto, buscando receber além do justo.
Principalmente: Paulinho pagou por adquirir um profundo sentimento de inferioridade, do que o demônio escarneceu muito. O demônio não ri, ele é muito sério nas coisas que faz. É sarcástico e inteligente, age através de novelas, filmes, até mesmo de ideias de que você está preso ao destino.
Satanás se alimenta de sua ira, do seu maltratar os amigos, maltratar os familiares, pois neles você encontra ainda o aconchego do amor e esse amor sofre.
Satanás se alimenta das decepções, da dor sua e dos que o amam. Do desespero. Esse é o principal banquete desse Espírito do Mal.
Não, Deus nos fez a cada um de nós de acordo com a Sua própria imagem e natureza espiritual perfeita.
Jesus tirou todo esse poder de Satanás lhe fazer o mal.
Jesus devolveu a paz interior para Paulinho.
O dinheirinho que Paulinho reserva é o dízimo, ou a contribuição que você deixa para que a obra de Deus seja mantida. Pense nisso.
Quando Abrão decidiu sacrificar tudo o que tinha de mais precioso em nome de Deus, ou seja, obedecer à vontade de Deus e sacrificar seu próprio filho amado, ele se tornou Abraão. E Deus abençoou todas as futuras gerações, fazendo da nação dele filhos numerosos como as estrelas.
À missa, se você não for dizimista, que tal dar por holocausto, em agradecimento ao Senhor, a maior nota que você tem no seu bolso, em vez da de dois reais? Como prova de verdadeira e sincera gratidão?
Se você acreditar que "a maior nota é muito", "que 10 reais está bom", "vai fazer falta", talvez ainda não haja fé total de que o que você dá a Deus recebe de volta com juros em dobro.
O Banco Divino é aquele que nunca deixa sua conta zerar e rende juros absurdamente estratosféricos. Cada centavo depositado ali, acontece o milagre da multiplicação dos peixes e dos pães. Até mesmo hoje esses milagres acontecem.
A Igreja ainda é o que mais faz pelos necessitados, mantém hospitais como a Santa Casa e distribui cestas básicas aos montes, não é só no natal, mas todos os dias do ano.
Que tal sair hoje de casa, ir participar da missa com esse propósito? Jesus o espera lá de braços abertos.
De nada vale o dinheiro frente à possibilidade que temos de, na nossa própria ressurreição, solicitar ajuda ao que tem o poder de eliminar todas as dívidas que temos? Porque ele perdoa todas as nossas dívidas, assim como perdoamos a quem nos deve, não nos deixa cair em tentação e nos liberta, verdadeira, definitiva e prontamente do Maligno?
Não é assim que termina "A" Oração?
Hoje Paulinho trabalha para divulgar a palavra dando seu testemunho com a força que ele recebe do Alto, escrevendo com todas as forças.
Paulinho vive o seu dia a dia aguardando com respeito o tempo do Senhor. Ele sabe que vai receber o que Deus achar necessário lhe dar. Essa segurança o torna manso.
Ele não está mais preso ao passado e nem ao futuro, pois Jesus renovou todas as coisas conforme Sua promessa divina, e espera de Paulinho que ele não volte mais a pecar.
Na fé de Paulinho, Jesus prontamente quebrou a necessidade de futuras encarnações. Isso para que:
Para que Paulinho seja capaz de ser reflexo do amor divino.
Para que Paulinho seja um novo evangelizador, como São Paulo.
Para que Maria diga dele com júbilo: "Tal Pai, tal Filho... Tu és a cara do Pai."
Paulinho vive em cada um de nós. Ele deseja evoluir para Paulo ainda nesta encarnação.
"Apenas e tão somente uma só vida, apenas uma chance." (FKY)
Jesus deseja e espera que o coração de Paulinho aceite estar sempre cheio do avivamento no Espírito Santo.
Louvado seja.
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